Unidade Escolar: Colégio Estadual Princesa Izabel
Diretor: Wattson Mamedes de Souza
Professora: Rayssa Garcia Silva
Taquaral de Goiás, 08 e 09 de junho de 2021
Série: 7 º A e B
Nome:
Conteúdo já estudado /Final
da Idade Média e Renascimento
Simulado de História referente ao 2º Bimestre de 2021
A Baixa Idade Média é
o período final da Idade Média que
se estendeu do século XI ao século XV. A Baixa Idade Média foi um momento de
muitas mudanças na Europa por conta de avanços na agricultura e do crescimento
urbano e populacional. Foi o período auge do feudalismo, mas também quando esse
sistema entrou em decadência.
Entendendo a divisão da Idade Média
A Idade Média é um período que se estendeu de 476 a 1453, de acordo com
a divisão temporal feita pelos historiadores. Essa divisão foi realizada
utilizando critérios modernos e tem fins didáticos.
No que se refere à Idade Média, os historiadores estabeleceram que o
período fosse dividido em duas fases, que são:
Alta Idade Média: do século
V ao século X;
Baixa Idade Média: do século
XI ao século XV.
Características
A Europa da Baixa Idade Média é um continente em contínua transformação,
embora as mudanças acontecessem lentamente. Ainda assim, é importante
estabelecer algumas características a respeito do período, e o conceito mais
importante, nesse sentido, sem dúvidas, é o feudalismo.
Os historiadores estabeleceram que o período clássico do feudalismo
estendeu-se do século XI ao século
XIII. Depois disso, esse sistema que estruturava a sociedade medieval
começou a enfraquecer-se, e a Europa passou a assumir novas características.
É importante estabelecermos que o feudalismo não é exclusivamente um sistema econômico,
mas um conceito-chave que engloba questões que envolvem a divisão social, a
organização política, a ideologia vigente, a cultura popular etc.
Nesse conceito, o feudo é
um dos locais de importância, mas não há somente ele. É preciso lembrar-se
também das aldeias e das igrejas, por exemplo. Focando no aspecto econômico, o
feudalismo estabeleceu o modo como aquela sociedade produzia riquezas e como
funcionavam as relações de trabalho.
Os feudos eram as terras de nobres, obtidas por riqueza familiar ou por doação do rei. Era dessa terra
que um nobre retirava sua riqueza, e isso acontecia por meio da exploração do trabalho dos camponeses.
Os nobres permitiam os camponeses estabelecerem-se em seu feudo,
oferecendo-lhes terra para trabalharem e proteção. Em troca, os camponeses
pagavam diversos impostos ao senhor feudal.
A divisão tripartite (nobres, clero e servos) da sociedade esteve vigente
até meados da Baixa Idade Média.
Essa relação de trabalho entre camponês e nobre era conhecida como servidão, e uma
das marcas mais importantes dessa relação é que o camponês estava preso à terra. Ele tinha uma série
de obrigações a serem
cumpridas, o que incluía o pagamento de impostos cedendo parte de sua produção
e trabalhando de graça para seu senhor feudal.
Essa relação de exploração que existia entre o senhor feudal e o nobre
era justificada dentro do feudalismo pela ideologia produzida pela Igreja
Católica. Entre as formas como a Igreja delimitava a sociedade e justificava
suas desigualdades, a mais conhecida foi realizada por Adalberon de Laon, quando ele
afirmou que os servos não obtinham nada sem sofrimento e que isso fazia parte
da casa de Deus.|1|
Até certo ponto da Baixa Idade Média, a sociedade europeia era enxergada
dentro de um esquema tripartite. Existiam três classes: os nobres, o clero e os servos (camponeses).
Uma das grandes marcas dessa divisão social era a dificuldade de ascender
socialmente, uma vez que filho de camponês também seria camponês.
Na medida em que a Europa passava por transformações, essa forma de
identificação social foi sendo substituída por uma muito mais complexa que via
a sociedade dividida em várias classes sociais.
Inovações técnicas
A Baixa Idade Média ficou marcada com um período de avanços técnicos,
sendo os que aconteceram na agricultura os
mais destacados. Na Baixa Idade Média popularizou-se uma série de práticas que,
provavelmente, já eram utilizadas na Alta Idade Média, mas em baixa escala. As
principais foram o uso da charrua e
da aiveca de ferro,
melhorando o arado e a preparação do solo para o plantio, e de um sistema de rotação trienal do
solo muito mais eficiente que o bienal. A rotação trienal consiste na
divisão do terreno em três partes, dentre as quais uma, fica sempre eu repouso
enquanto as outras duas recebem diferentes plantios. Durante um período de
tempo, referente ao período de cultivo, a parte de terreno que estava em
repouso passa a receber uma plantação. Um dos dois que havia sido cultivado, ficará
em repouso. Assim, cada parte do terreno terá a sua vez de ficar em repouso,
para que o solo não fique sobrecarregado. O atrelamento dos cavalos às charruas
passou a ser feito a partir do tórax do animal e não a partir de seu pescoço,
como era realizado anteriormente. Com isso, puxado pelo tórax, aumenta-se o
rendimento do animal ao puxar a charrua.
Essas melhorias podem parecer simples atualmente, mas, na época, foram
cruciais e possibilitaram um aumento
significativo da produtividade agrícola. Estima-se que a
produtividade média tenha passado de 1 ou 2 grãos por semente plantada para 3
ou 4 grãos.
Isso garantiu um excedente de alimento importante e permitiu que a
população europeia tivesse um salto considerável durante a Baixa Idade Média. O
aumento populacional também tem relação com a melhora no clima europeu durante boa parte desse período e
a pouca difusão de epidemias.
Crescimento do comércio e das cidades
O crescimento do comércio na Baixa Idade Média fez com que inúmeras
feiras surgissem pela Europa.
O crescimento populacional refletiu diretamente no crescimento das cidades, a partir
do século XI, em toda a Europa Ocidental. A partir desse século, o número de
pessoas que se arriscaram a mudar-se para as cidades a fim de prosperarem financeiramente
aumentou consideravelmente. Servos fugindo da servidão e alguns nobres
interessados em investir em comércio são grupos importantes que impulsionaram
esse crescimento.
O crescimento das cidades esteve diretamente relacionado com uma
atividade econômica que esteve em baixa durante toda a Alta Idade Média: o
comércio. O renascimento comercial é
resultado, em parte, da abertura do Oriente pelas Cruzadas, que
possibilitaram a entrada de mercadorias de luxo na Europa. Com a melhora na
produção agrícola, foi possível também comercializar o que sobrava dela.
O crescimento do comércio fez surgir duas grandes rotas comerciais, uma
conduzida pelos italianos no Mediterrâneo e outra pelos alemães e conhecida
como Liga Hanseática. O desenvolvimento do comércio espalhou feiras pela
Europa, das quais muitas se instalaram fixamente nos arredores das cidades.
Acontecimentos marcantes
A Baixa Idade Média ficou marcada por diversos acontecimentos
importantes. Um deles foi a consolidação
do Estado nacional e das monarquias europeias.
O sistema feudal entrou em decadência, uma vez que os reis passaram a investir
na centralização do poder e estabeleceram uma burocracia para auxiliar lhes em
seu reinado.
Antes do processo de centralização do poder e de surgimento dos Estados
nacionais, aconteceram as Cruzadas —
campanhas militares realizadas pelas nações cristãs da Europa contra os
muçulmanos que dominavam a Palestina. Existiu uma série de interesses por trás
delas:
Unificação o catolicismo sobre o comando da Igreja de Roma;
Abertura econômica do Oriente para a Europa;
Concentração da crescente violência da nobreza europeia para um inimigo
em comum.
No que se refere à Igreja, ainda podem ser destacados: o Grande Cisma de 1054, que marcou
a ruptura definitiva entre a Igreja de Roma e Constantinopla, e o
estabelecimento do Tribunal da
Santa Inquisição, que visava combater as heresias na Europa
Ocidental. A Inquisição foi instituída, em 1232, pelo papa Gregório IX.
Crise do século XIV
O fim da Idade Média (e, consequentemente, da Baixa Idade Média) teve
como evento precursor a grande
crise que afetou a Europa no século XIV. Esse século ficou marcado
por colheitas ruins, que causaram fome em
massa, e também por guerras —
a Guerra dos
Cem Anos é a mais simbólica — e revoltas de
camponeses e de trabalhadores urbanos.
O grande evento catastrófico do período foi a Peste Negra, um surto
de peste bubônica que atingiu a Europa em 1348 e espalhou-se rapidamente pelo
continente. Houve ciclos de peste bubônica em diversos anos no século XIV, como
em 1360-62, 1366-69 e 1374-75. O resultado da Peste Negra foi a morte de 1/3 da
Europa.
Simulado
1. Houve importantes melhorias na agricultura,
no final da Idade Média. Comente abaixo sobre:
a) A rotação trienal:
b) O atrelamento dos cavalos às charruas
(arados):
2. Observe bem a imagem abaixo.
a) Qual acontecimento típico do final da Idade
Média, está sendo retratado na imagem?
b) Como elas surgiram?
c) Elas existem até hoje? E são parecidas com
as daquele tempo?
3. Sobre as Cruzadas, marque V pra
verdadeiro ou F para falso:
( ) Foram expedições militares
destinadas a conquistar lugares sagrados do cristianismo, em poder dos muçulmanos.
( ) Foram movimentos que combatiam a
guerra santa.
( ) A mentalidade antiguerreira dos
nobres feudais foi um dos grandes obstáculos à constituição das cruzadas.
( ) A motivação religiosa, o espírito
guerreiro dos nobres feudais e os interesses comerciais podem ser citados entre
as causas das cruzadas.
( ) Foram organizadas oito Cruzadas entre os
anos de 1096 a 1270.
4. Sobre a peste negra, responda:
a) Como era transmitida?
b) Por que ela se espalhou rapidamente?
5. O que eram as rotas comerciais? E quais eram seus dois tipos?
6. O Renascimento foi um movimento da História em
que ocorreram muitos progressos e incontáveis realizações no campo das artes,
da literatura e das ciências, que superaram a herança clássica.
Considerando o texto acima a respeito do Renascimento,
escreva V para verdadeiro e F para falso:
( ) O texto diz que o
Renascimento só contribuiu para o desenvolvimento humano no campo das artes.
( ) No Renascimento o
ser humano se libertou dos fantasmas religiosos e teve a convicção de que
também tinha valor.
( ) No Renascimento a arte
deixou de ser anônima e se tornou individual, ou seja, só um artista poderia
realizá-la.
( ) A arte do Renascimento
fez com que o observador a admirasse como um todo, ou seja, com um olhar geral
sobre a obra.
7. Qual dos países abaixo é considerado o berço do
Renascimento?
a) França
b) Itália
c) Espanha
d) Holanda
8. Na Itália Renascentista quem eram os mecenas?
a) Governantes que atuavam como artistas, fazendo
esculturas e pinturas.
b) Pintores que ajudavam financeiramente os burgueses da
época.
c) Burgueses e governantes que protegiam e patrocinavam
financeiramente os artistas renascentistas.
d) Religiosos que perseguiam os artísticas que faziam
obras de arte que criticavam os fundamentos da Igreja Católica.
9. Escreva sobre as características do
Renascimento:
a) Antropocentrismo:
b) Racionalismo: