Disciplina |
Série |
Data |
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|
Língua Portuguesa |
8º ano A e B |
10-05-2021 |
Diretor:
Wattson Mamedes de Souza.
Professora:
Aline Lorrana Maia.
Aluno(a):
__________________________________________
Série: 8ª Ano A e B
Atividades
de Língua Portuguesa referente ao 2ª Bimestre de 2021
Objeto de conhecimento: Crônicas
O que é
crônica?
É
um gênero
textual muito presente em jornais, revistas, portais de
internet e blogs. Esse tipo de texto se destaca por abordar aspectos do
cotidiano, ou seja, questões comuns do nosso dia a dia
– Textos
curtos e de fácil compreensão
–
Linguagem simples e descontraída
– Poucos
(ou nenhum) personagens nas histórias
– Análise
crítica sobre contextos e circunstâncias
– Humor
crítico, irônico e sarcástico
– Linha cronológica estabelecida.
Para que serve uma crônica? Embora as crônicas
retratem acontecimentos do dia a dia, elas não têm a finalidade exclusiva de
informar. Seu objetivo é, na verdade, provocar uma reflexão sobre o assunto
abordado. Os cronistas costumam identificar aspectos que, muitas vezes, passam
despercebidos pelo restante da sociedade, mas que merecem observação e
análise.
Quais são os tipos de crônicas? A crônica é um gênero textual que pode ser dividido em diferentes tipos,
conheça as características de cada um deles:
–Crônica
descritiva – é tipificada pela descrição dos elementos na narrativa.
Ou seja, é um texto que expõe os detalhes de objetos, lugares, personagens e
demais partes.
- Crônica narrativa – Esse tipo de
crônica é marcado pela narração em primeira ou terceira pessoa do singular. Ele
costuma conter humor, ação e crítica.
- Crônica dissertativa – pode ser
escrita em primeira ou terceira pessoa do plural. Ela traz à tona o ponto de
vista do autor sobre o assunto em foco.
- Crônica humorística – Humor,
ironia e sarcasmo são os componentes da crônica humorística.
Diferentes abordagens e estratégias podem ser
adotadas nesse tipo de texto para tratar dos temas que impactam a sociedade de
forma cômica.
- Crônica lírica – No gênero
lírico, a expressão de emoções é predominante. A crônica lírica, portanto,
evidencia o sentimentalismo.
Crônica poética – esta utiliza
versos poéticos em sua composição. Dessa forma, além de traços de poesia,
também contém sentimentos e emoções.
- Crônica narrativo-descritiva – Esse
tipo de crônica combina a narrativa e a descritiva.
- Crônica jornalística – tem um
viés do texto jornalístico no que diz respeito à veiculação de notícias e
fatos. Dessa forma, busca abordar acontecimentos atuais, do mesmo dia ou
semana, por exemplo.
- Crônica histórica – Ao contrário
da crônica jornalística, que destaca eventos recentes, a crônica histórica
relembra episódios passados.
[…] Entre
outras
Disponível
em: https://ead.pucpr.br/blog/o-que-e-cronica Acesso:
11, abr. 2021.
Leia a crônica
e responda:
Onde já
se viu?
Tatiana Belinky
Uma tarde
de inverno, estava eu lá, na rua Barão de Itapetininga, mexendo nas estantes de
uma livraria. (Não consigo passar por uma sem entrar para fuçar no meio dos
livros. Desde que eu tinha quatro anos de idade — o que já faz muito tempo —
livro para mim é a coisa mais gostosa do mundo. A gente nunca sabe que surpresa
vai encontrar entre duas capas. Pode ser coisa de boniteza, ou de tristeza, ou
de poesia, ou de risada, ou de susto, sei lá. Um livro é sempre uma aventura,
vale a pena tentar!)
Pois bem,
estava eu ali, muito entretida, examinando os livros, quando de repente senti
que alguém me puxava pela manga. Olhei para baixo e vi um menino — um garotinho
de uns nove ou dez anos, magrelo, sujinho, de roupa esfarrapada e pé no chão.
Uma dessas crianças que andam largadas pelas ruas da cidade, pedindo esmola.
Ou, no melhor dos casos, vendendo colchetes ou dropes, essas coisas. Eu já ia
abrindo a bolsa para livrar-me logo dele, quando o garoto disse:
— Escuta, dona... (Naquele tempo, ninguém chamava a
gente de tia: tia era só a irmã do pai ou da mãe.)
— O quê? —
perguntei. — O que você quer?
— Eu... dona, me compra um livro? — disse ele baixinho,
meio com medo. Dizer que fiquei surpresa é pouco. O jeito do menino era de quem
precisava de comida. De roupa, isso sim. Duvidei do que ouvira:
— Você não
prefere algum dinheiro? — perguntei.
— Não, dona — disse o garoto, mais animado, olhando-me
agora bem nos olhos.
— Eu queria um livro. Me compra um livro? Meu coração
começou a bater mais forte.
— Escolha o
livro que você quiser — falei
As
pessoas na livraria começaram a observar a cena, incrédulas e curiosas. O
menino já estava junto à prateleira, procurando, examinando ora um livro, ora
outro, todo excitado. Um vendedor se aproximou, meio desconfiado, com cara de
querer intervir.
— Deixe o menino escolher um livro — falei. — Eu pago.
As pessoas em volta me olhavam admiradas.
Onde já se viu alguém comprar um livro para um
molequinho maltrapilho daqueles?
Pois vou lhes
contar: foi exatamente o que se viu naquela tarde, naquela livraria. O menino
acabou se decidindo por um livro de aventuras, nem me lembro qual. Mas me
lembro bem da minha emoção quando lhe entreguei o volume e vi seus olhinhos
brilhando ao me dizer um apressado obrigado, dona! antes de sair em disparada,
abraçando o livro apertado ao peito.
Quanto aos
meus próprios olhos, estes se embaçaram estranhamente, quando pensei comigo:
“Tanta criança rica não sabe o que perde, não lendo, e este menino pobre — que
certamente não era um pobre menino — sabe o valor que tem essa maravilha que se
chama livro!”.
Isso aconteceu
há vários anos. Bem que eu gostaria de saber o que foi feito daquele menino...
BELINKY,
Tatiana. Onde já se viu? Em: Olhos de ver. São Paulo: Moderna, 2015. p. 19-21.
(Coleção Veredas
Atividades:
D10 –
Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a
narrativa
1- O que motivou o desenvolvimento
do texto foi o fato de que a narradora:
a) encontrou um livro maravilhoso.
b) comprou um livro de aventura.
c) encontrou uma velha amiga.
d) foi abordada por um menino
D3 –
Inferir o sentido de uma palavra ou expressão.
2-Releia este outro trecho.
“Pois bem, estava eu ali, muito entretida, examinando os livros, quando de repente senti que alguém
me puxava pela manga.”
• Nesse trecho, a palavra destacada indica que a
narradora estava:
a) a) triste. b) alegre. c) concentrada.
d) chateada.
D12 –
Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros
3-Qual é a finalidade principal do texto? Transcreva um
trecho do texto que comprove a resposta .
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D17 –
Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outras
notações.
4-A crônica geralmente utiliza linguagem direta,
informal, coloquial. Além disso, é comum o uso do diálogo, com a reprodução da
fala das personagens. Para introduzir tais falas, em geral o autor utiliza
travessão (—) ou aspas (“...”).
• Em “— Eu... dona, me compra um livro? — disse ele
baixinho, meio com medo”, o que o primeiro travessão indica?
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D18 –
Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma determinada palavra
ou expressão.
5- No trecho “Quanto aos meus próprios olhos, estes se
embaçaram estranhamente [...]”, como a expressão destacada pode ser
interpretada?
a) Os olhos da narradora ficaram cansados de tanto ler.
b) Os olhos da narradora se encheram de lágrimas.
c) A narradora sentiria saudades do menino.
d) A narradora ficou com
sono.
Bons estudos! Beijinhos...💗