sexta-feira, 7 de maio de 2021

Atividades de Língua Portuguesa - 8º ano A e B/ Plano de Ação - Sigae

 

Disciplina

Série

Data

 

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Língua Portuguesa

8º ano A e B

10-05-2021

 
Colégio Estadual Princesa Izabel.

Diretor: Wattson Mamedes de Souza.

Professora: Aline Lorrana Maia.

Aluno(a): __________________________________________    Série: 8ª Ano A e B

                                                                           

      Atividades de Língua Portuguesa referente ao 2ª Bimestre de 2021

 

Objeto de conhecimento: Crônicas



 O que é crônica?

        É um gênero textual muito presente em jornais, revistas, portais de internet e blogs. Esse tipo de texto se destaca por abordar aspectos do cotidiano, ou seja, questões comuns do nosso dia a dia

– Textos curtos e de fácil compreensão

– Linguagem simples e descontraída

– Poucos (ou nenhum) personagens nas histórias

– Análise crítica sobre contextos e circunstâncias 

– Humor crítico, irônico e sarcástico

– Linha cronológica estabelecida.

Para que serve uma crônica? Embora as crônicas retratem acontecimentos do dia a dia, elas não têm a finalidade exclusiva de informar. Seu objetivo é, na verdade, provocar uma reflexão sobre o assunto abordado. Os cronistas costumam identificar aspectos que, muitas vezes, passam despercebidos pelo restante da sociedade, mas que merecem observação e análise.  

Quais são os tipos de crônicas? A crônica é um gênero textual que pode ser dividido em diferentes tipos, conheça as características de cada um deles:

 Crônica descritiva – é tipificada pela descrição dos elementos na narrativa. Ou seja, é um texto que expõe os detalhes de objetos, lugares, personagens e demais partes.

Crônica narrativa – Esse tipo de crônica é marcado pela narração em primeira ou terceira pessoa do singular. Ele costuma conter humor, ação e crítica.

Crônica dissertativa – pode ser escrita em primeira ou terceira pessoa do plural. Ela traz à tona o ponto de vista do autor sobre o assunto em foco.

Crônica humorística – Humor, ironia e sarcasmo são os componentes da crônica humorística.

Diferentes abordagens e estratégias podem ser adotadas nesse tipo de texto para tratar dos temas que impactam a sociedade de forma cômica.

Crônica lírica – No gênero lírico, a expressão de emoções é predominante. A crônica lírica, portanto, evidencia o sentimentalismo.

 Crônica poética – esta utiliza versos poéticos em sua composição. Dessa forma, além de traços de poesia, também contém sentimentos e emoções.

Crônica narrativo-descritiva – Esse tipo de crônica combina a narrativa e a descritiva.

Crônica jornalística – tem um viés do texto jornalístico no que diz respeito à veiculação de notícias e fatos. Dessa forma, busca abordar acontecimentos atuais, do mesmo dia ou semana, por exemplo.

Crônica histórica – Ao contrário da crônica jornalística, que destaca eventos recentes, a crônica histórica relembra episódios passados.

[…] Entre outras

Disponível em: https://ead.pucpr.br/blog/o-que-e-cronica Acesso: 11, abr. 2021.

Leia a crônica e responda:

Onde já se viu?

                                                       Tatiana Belinky

       Uma tarde de inverno, estava eu lá, na rua Barão de Itapetininga, mexendo nas estantes de uma livraria. (Não consigo passar por uma sem entrar para fuçar no meio dos livros. Desde que eu tinha quatro anos de idade — o que já faz muito tempo — livro para mim é a coisa mais gostosa do mundo. A gente nunca sabe que surpresa vai encontrar entre duas capas. Pode ser coisa de boniteza, ou de tristeza, ou de poesia, ou de risada, ou de susto, sei lá. Um livro é sempre uma aventura, vale a pena tentar!)

     Pois bem, estava eu ali, muito entretida, examinando os livros, quando de repente senti que alguém me puxava pela manga. Olhei para baixo e vi um menino — um garotinho de uns nove ou dez anos, magrelo, sujinho, de roupa esfarrapada e pé no chão. Uma dessas crianças que andam largadas pelas ruas da cidade, pedindo esmola. Ou, no melhor dos casos, vendendo colchetes ou dropes, essas coisas. Eu já ia abrindo a bolsa para livrar-me logo dele, quando o garoto disse:

— Escuta, dona... (Naquele tempo, ninguém chamava a gente de tia: tia era só a irmã do pai ou da mãe.)

 — O quê? — perguntei. — O que você quer?

— Eu... dona, me compra um livro? — disse ele baixinho, meio com medo. Dizer que fiquei surpresa é pouco. O jeito do menino era de quem precisava de comida. De roupa, isso sim. Duvidei do que ouvira:

 — Você não prefere algum dinheiro? — perguntei.

— Não, dona — disse o garoto, mais animado, olhando-me agora bem nos olhos.

— Eu queria um livro. Me compra um livro? Meu coração começou a bater mais forte.

 — Escolha o livro que você quiser — falei

        As pessoas na livraria começaram a observar a cena, incrédulas e curiosas. O menino já estava junto à prateleira, procurando, examinando ora um livro, ora outro, todo excitado. Um vendedor se aproximou, meio desconfiado, com cara de querer intervir.

— Deixe o menino escolher um livro — falei. — Eu pago. As pessoas em volta me olhavam admiradas.

Onde já se viu alguém comprar um livro para um molequinho maltrapilho daqueles?

    Pois vou lhes contar: foi exatamente o que se viu naquela tarde, naquela livraria. O menino acabou se decidindo por um livro de aventuras, nem me lembro qual. Mas me lembro bem da minha emoção quando lhe entreguei o volume e vi seus olhinhos brilhando ao me dizer um apressado obrigado, dona! antes de sair em disparada, abraçando o livro apertado ao peito.

     Quanto aos meus próprios olhos, estes se embaçaram estranhamente, quando pensei comigo: “Tanta criança rica não sabe o que perde, não lendo, e este menino pobre — que certamente não era um pobre menino — sabe o valor que tem essa maravilha que se chama livro!”.

 Isso aconteceu há vários anos. Bem que eu gostaria de saber o que foi feito daquele menino...

 BELINKY, Tatiana. Onde já se viu? Em: Olhos de ver. São Paulo: Moderna, 2015. p. 19-21. (Coleção Veredas

Atividades:

D10 – Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa

1- O que motivou o desenvolvimento do texto foi o fato de que a narradora:

a) encontrou um livro maravilhoso.

 b) comprou um livro de aventura.

c) encontrou uma velha amiga.

d) foi abordada por um menino

 

D3 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão.

2-Releia este outro trecho.

“Pois bem, estava eu ali, muito entretida, examinando os livros, quando de repente senti que alguém me puxava pela manga.”

• Nesse trecho, a palavra destacada indica que a narradora estava:

a)     a) triste. b) alegre. c) concentrada. d) chateada.

D12 – Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros

3-Qual é a finalidade principal do texto? Transcreva um trecho do texto que comprove a resposta .

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D17 – Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outras notações.

4-A crônica geralmente utiliza linguagem direta, informal, coloquial. Além disso, é comum o uso do diálogo, com a reprodução da fala das personagens. Para introduzir tais falas, em geral o autor utiliza travessão (—) ou aspas (“...”).

• Em “— Eu... dona, me compra um livro? — disse ele baixinho, meio com medo”, o que o primeiro travessão indica?

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D18 – Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma determinada palavra ou expressão.

5- No trecho “Quanto aos meus próprios olhos, estes se embaçaram estranhamente [...]”, como a expressão destacada pode ser interpretada?

a) Os olhos da narradora ficaram cansados de tanto ler.   

b) Os olhos da narradora se encheram de lágrimas. 

c) A narradora sentiria saudades do menino.                      

 d) A narradora ficou com sono.

 

Bons estudos! Beijinhos...💗