Unidade Educacional: Colégio Estadual Princesa Izabel
Diretor: Wattson Mamedes de
Souza
Professora: Luciene Aparecida
Silvestre
Série: 7ª Ano A e B
Taquaral de Goiás, 12 de Abril de
2021.
Data da entrega: Ainda hoje 12/04/2021
até as 22:30 horas da noite.
Atividades de Língua Portuguesa referente ao 2ª
Bimestre de 2021.
1. Preencha
o cabeçalho.
2. Dê
respostas completas a todas as questões. Faça letra legível.
3. Leia as
questões com atenção antes de respondê-las;
O QUE É O EDITORIAL? PERTENCE
AO MUNDO JORNALÍSTICO? É TEXTO DE OPINIÃO OU DE INFORMAÇÃO?
Iremos conhecer mais um gênero, também manifestado nesse mesmo meio – o editorial. Ele, por sua vez, expressa a opinião do próprio jornal ou revista ou até mesmo de seus editores acerca de um determinado assunto, quase sempre polêmico, isto é, discutido na atualidade. Assim, justamente pelo fato de esse gênero pertencer àqueles cuja natureza é argumentativa, ou seja, constituir-se de um discurso em que o emissor, utilizando-se do padrão formal da linguagem, tem por finalidade convencer o interlocutor a acreditar no que ele está dizendo, dizemos que, em termos estruturais, ele se constitui das seguintes partes: 01. * Introdução – Geralmente nessa parte é retratada a ideia principal que será discutida adiante. Assim, por meio de uma leitura bem atenciosa do primeiro, quando muito do segundo parágrafo, temos condições de detectar acerca do assunto em questão; 02. * Desenvolvimento (corpo do editorial) - Nessa parte são expostos todos os argumentos, justificados por comentários e opiniões por parte do próprio jornal acerca do assunto discutido; 03. * Conclusão – Como o próprio nome já nos indica, representa o fechamento das ideias antes abordadas, ou seja, geralmente se apresentam as devidas soluções para o problema levantado durante todo o texto, como também, em vez de se pautar por esse aspecto, pode apenas possibilitar que o leitor reflita sobre o assunto.
MODELO DO INÍCIO DE UM
EDITORIAL NO CONTEXTO ATUAL E REAL O QUAL VIVENCIAMOS
“Ainda que o imbróglio do envio de vacinas prontas e de insumos provenientes da China e da Índia já esteja resolvido, ele escancarou uma deficiência na estrutura brasileira de saúde pública: a dependência crescente do produto externo para o sucesso dos programas de imunização brasileiros. No caso da Covid-19, o Instituto Butantan e a Fiocruz assinaram acordos com a Sinovac e a Universidade de Oxford/AstraZeneca, respectivamente, para que sejam capazes de produzir localmente o Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), mas isso ainda deve levar vários meses; por enquanto, o insumo terá de ser importado, com todos os possíveis entraves que o país acabou de presenciar.
ESTRUTURA E LINGUAGEM SOBRE O
GÊNERO PROPAGANDA
A propaganda está ligada à
prática de anunciar, propagar ideias e informações sobre um determinado
produto, serviço, instituição, campanha política ou crenças. É uma estratégia
que pode aparecer em praticamente qualquer área, sempre com o objetivo de
influenciar e persuadir o público sobre determinado assunto ou para apoiar uma
causa em particular.
Você sabe o que é propaganda? Dizem que é a alma do negócio. A frase é clichê, claro, mas tem um bom fundo de verdade.
Publicidade e Propaganda: Qual a diferença?
No Brasil, os termos publicidade e propaganda são utilizados como
sinônimos. Realmente, guardam várias semelhanças, mas também têm diferenças.
Enquanto a publicidade procura tornar um produto ou serviço conhecido através
de anúncios e campanhas com foco na impulsão das vendas, a propaganda
procura atuar no campo ideológico, moldando a opinião do público e
agregando valor à marca.
Já a propaganda pode até mesmo assumir formatos gratuitos, para os mais
variados objetivos. Ou seja, o que fica claro é que a publicidade faz parte da
propaganda. Entre esses elementos estão: o anunciado, o anunciante, o veículo
do anúncio, o público-alvo e o contexto histórico. A análise desses elementos é
fundamental para a compreensão do processo de produção
do texto publicitário e do modo como se constitui o discurso
publicitário.
Existem algumas características do anúncio publicitário que auxiliam na
estrutura de criação da mensagem da propaganda.
Alguns itens são essenciais, como:
Título: O título
deve ser objetivo e inteligente. Deve expressar a mensagem pretendida por meio
da criatividade. O uso de interrogações, exclamações, perguntas e
questionamentos ajudam para chamar a atenção do consumidor, que deve captar de
forma eficiente a ideia que está sendo transmitida.
Imagem: Imagens e
vídeos são essenciais, principalmente na era digital. O conteúdo audiovisual
ilustra de maneira mais clara o que uma empresa quer mostrar e vender. O
público-alvo, por meio do entretenimento, não só se distrai e se diverte, como
também é atraído pelo conteúdo publicitário e passa a consumir o que é veiculado.
Texto: No texto de uma peça publicitária pode estar escondido o sucesso
de uma marca ou produto. Além de poder mostrar a identidade de uma empresa, o
corpo do texto deve ser composto de todas as informações possíveis sobre o
produto ou serviço que está sendo oferecido para que o cliente não tenha
dúvidas.
Identidade: A
identidade de um serviço ou de uma marca nada mais é que sua personalidade.
Assim como pessoas, marcas devem ter uma identidade própria que as diferenciem
das demais para criar relacionamentos e prospectar clientes.
Os anúncios
em vídeo enquadram os textos que apresentam alguma cena ou
animação responsável por, por meio da figuração, representar um estado de
espírito, ilustrar uma vantagem, apresentar uma transformação ou explorar
circunstâncias do cotidiano com outra perspectiva, para, assim, conseguir
convencer os consumidores de que aquele produto ou marca é o melhor. Nesse
sentido podem ocorrer diálogos, músicas, danças e outras linguagens artísticas
como elementos da linguagem.
ATIVIDADES
Leia o editorial e responda as
atividades 1 até 7
As vacinas e a dependência brasileira
Ainda que o imbróglio do
envio de vacinas prontas e de insumos provenientes da China e da Índia já
esteja resolvido, ele escancarou uma deficiência na estrutura brasileira de
saúde pública: a dependência crescente do produto externo para o sucesso dos
programas de imunização brasileiros. No caso da Covid-19, o Instituto Butantan
e a Fiocruz assinaram acordos com a Sinovac e a Universidade de
Oxford/AstraZeneca, respectivamente, para que sejam capazes de produzir
localmente o Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), mas isso ainda deve levar
vários meses; por enquanto, o insumo terá de ser importado, com todos os
possíveis entraves que o país acabou de presenciar.
A transferência de tecnologia
para que também o IFA seja feito aqui significa que, mais cedo ou mais tarde,
Butantan e Fiocruz terão a chance de realizar localmente todo o processo de
produção das vacinas – decisão extremamente acertada em um cenário no qual
existe uma corrida global por um produto cuja oferta ainda é muito menor que a
demanda. Mas a eventual autossuficiência futura na vacina contra a Covid-19 não
atenua o fato de que o país entrou nesta corrida em posição desfavorável e,
pior ainda, vem assistindo, já há algumas décadas, a um processo de
sucateamento na produção de vacinas que ameaça um programa reconhecido como
referência mundial.
Reportagem da Gazeta do Povo
mostrou que os laboratórios públicos – além de Butantan e Fiocruz, a Fundação
Ezequiel Dias (Funed), o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) e o
Instituto Vital Brazil – são responsáveis, hoje, por 75% das vacinas aplicadas
no Programa Nacional de Imunização (PNI). No entanto, eles não realizam o ciclo
completo de produção para boa parte desses imunizantes, dependendo da
importação de vários insumos, não apenas o IFA. Em alguns casos, a participação
dos laboratórios nacionais se limita às últimas etapas, de formulação, envase,
rotulação e empacotamento.
O sucateamento começou a partir
dos anos 2000, quando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
editou normas que colocariam os laboratórios brasileiros em pé de igualdade com
os europeus e norte-americanos em termos de boas práticas. No entanto, não
houve recursos suficientes para realizar esse melhoramento, minando a
autossuficiência brasileira na produção de vacinas. A situação se deteriorou
ainda mais a partir de 2012, segundo o professor da USP Marco Antonio Stephano,
ouvido pela reportagem.
Os incentivos para que
laboratórios particulares se estabeleçam no Brasil e produzam vacinas são
nulos. Legislação, custos e a política de
compras do governo inviabilizam vacinas privadas feitas localmente, pois elas
não têm a menor condição de competir com o produto dos laboratórios públicos,
beneficiados com uma série de isenções tributárias.
Não se trata apenas, portanto, da situação emergencial causada pela Covid-19, mas do futuro do combate a várias outras doenças que o Brasil conseguiu erradicar com sucesso. Reativar o investimento público é importante, mas ainda mais urgente é eliminar as travas que tornam o Brasil inacessível aos laboratórios privados para a produção de vacinas. Uma legislação e uma política industrial inteligentes poderiam ter feito a diferença na imunização contra o coronavírus, com disponibilidade muito maior de vacinas neste momento inicial, e certamente fariam a diferença no futuro, seja diante de novas doenças, seja para manter o país livre de antigos males.
01. Os editoriais são gêneros textuais que fazem parte de que grupo de
textos?
(a) Jurídico
(b) Publicitário
(c) Jornalístico
(d) Científico
02. O texto apresenta predominantemente
(a) um fato narrado
(b) argumentações a respeito de um fato polêmico
(c) informa sobre um fato específico
(d) apresenta exposição de conteúdo
03. Explique qual é o assunto do texto? Coloque um trecho que justifique.
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04. O problema da fabricação de vacinas é um problema atual? Qual é a
preocupação?
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05. Em qual parágrafo apresenta uma possível solução para o problema
apresentado? O que seria essa solução?
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06. Pesquise e responda o significado da palavra destacada no trecho: “Ainda
que o imbróglio do envio de vacinas prontas e de insumos
provenientes da China e da Índia já esteja resolvido (…)”
Reescreva o trecho com uma palavra que seja sinônima.
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07. Qual termo o pronome elas retoma no
parágrafo?
“Legislação, custos e a política de compras do governo inviabilizam
vacinas privadas feitas localmente, pois elas não têm a menor
condição de competir com o produto dos laboratórios públicos, beneficiados com
uma série de isenções tributárias.”
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08. Qual é a finalidade da campanha? Tem o foco nas vendas, ou procura
promover um campo ideológico, com a mudança do comportamento do brasileiro? Explique.
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09. Qual instituição promoveu a campanha/propaganda e qual é o
público-alvo?
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10. Existe coerência de ideias entre os dois textos (editorial e
campanha/propaganda)? Explique.
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