domingo, 26 de setembro de 2021

Atividades de Língua Portuguesa 7ª Ano A e B

 Unidade Educacional: Colégio Estadual Princesa Izabel

Diretor: Wattson Mamedes de Souza

Professora: Luciene Aparecida Silvestre

Aluno (a):___________________________________________________

Série: 7ª Ano A e B

Taquaral de Goiás,  de Setembro de 2021

 Atividades de Língua Portuguesa referente ao 3ª Bimestre de 2021.

Tema:  Gêneros Textuais Sonetos e outros poemas; aliteração e assonância 

Habilidade: (EF67LP28-C) Apreciar poemas de forma livre e fixa (como sonetos e cordéis), vídeo-poemas, poemas visuais, entre outros, levando em conta suportes e características. (EF69LP48) Interpretar, em poemas, efeitos produzidos pelo uso de recursos expressivos sonoros (estrofação, rimas, aliterações etc), semânticos (figuras de linguagem, por exemplo), gráfico-espacial (distribuição da mancha gráfica no papel), imagens e sua relação com o texto verbal. (EF69LP54-A) Analisar os efeitos de sentido decorrentes da interação entre os elementos linguísticos e os recursos paralinguísticos e cinésicos, como as variações no ritmo, as modulações no tom de voz, as pausas, as manipulações do estrato sonoro da linguagem, obtidos por meio da estrofação, das rimas e de figuras de linguagem como as aliterações, as assonâncias, as onomatopeias, dentre outras, a postura corporal e a gestualidade, na declamação de poemas, apresentações musicais e teatrais, tanto em gêneros em prosa quanto nos gêneros poéticos.


O soneto é um tipo de poema que apresenta forma fixa, tem origem na Itália, documentado pela primeira vez na obra de Giacomo da Lentini na primeira metade do século III. Sua estrutura não sofre alteração, sendo composta por quatro estrofes — as duas primeiras são constituídas por quatro versos cada uma, os quartetos, e as duas últimas, de três versos cada uma, os tercetos.

Na introdução, podemos identificar a apresentação do tema; posteriormente o desenvolvimento de ideias e, ao final, no último terceto, o sentido ou o significado do soneto.

Quando se fala em poemas, já se pensa logo em amor, não é mesmo? É que o amor é um tema clássico da poesia e, por isso, é tão abordado nos poemas. Mas é claro que os poemas abordam muitas outras temáticas.

 Vamos juntos ler um belo poema?

O soneto Amor é fogo que arde sem se ver é um soneto de Luís Vaz de Camões (1524-1580), um dos maiores escritores portugueses de todos os tempos.  O famoso poema foi publicado na segunda edição da obra Rimas, lançada em 1598.

 

 OBSERVE A ESTRUTURA DE UM SONETO

 

Amor é um fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.

 

É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se e contente;
É um cuidar que ganha em se perder;

 

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;

É ter com quem nos mata, lealdade.

 

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

 

Recursos sonoros do texto literário

Primeiro, é preciso relembrar o que são textos literários. Você se lembra? Então, vamos lá!

Os textos literários são aqueles que possuem função estética, destinam-se ao entretenimento, ao belo, à arte, à ficção. Os sonetos são exemplos de textos literários. Já os não literários são os textos com função utilitária, pois servem para informar, convencer, explicar, ordenar. 

 

Mas o que são Recursos sonoros? Como são utilizados? Vamos entender isto!

Os recursos sonoros são usados para conferir maior expressividade ao texto literário. O artista os utiliza, dependendo da intenção que ele almeja alcançar no texto. São distintos recursos representados pelas figuras de linguagem, entre eles os sonoros. Estes são usados em favor da musicalidade, das rimas, da métrica e do ritmo propriamente dito. Entre eles cabe destacar a assonância e a aliteração.


Assonância é uma figura de linguagem, de som ou harmonia, caracterizada pela repetição de vogais, de forma a produzir uma sonoridade peculiar aos textos poéticos. Diferencia-se da aliteração, que é a repetição de consoantes ou sílabas Observe, nos exemplos a

seguir, a sonoridade peculiar provocada pela assonância, isto é, pela repetição da vogal nos versos:

Esta é a dos cabelos louros
e droupinha encarnada,
que eu via alimentar pombos,
sentadinha numa escada.
[...]

Canção da menina antiga, poema de Cecília Meireles.

       Aliteração é uma figura de linguagem de harmonia que consiste na repetição de fonemas idênticos ou parecidos no início de várias palavras na mesma frase ou verso, visando obter efeito estilístico na prosa poética e na poesia (p.ex.: rápido, o raio risca o céu e ribomba). 

A aliteração produz um efeito sonoro interessante, marcando o ritmo e sugerindo alguns sons semelhantes às palavras que compõem o texto.

 

Diferenças entre aliteração e assonância

Muito comum haver confusão entre as duas figuras de som: aliteração assonância. Mas elas apresentam diferenças. Enquanto a aliteração é a repetição de sons consonantais (consoantes), a assonância é a repetição de sons vocálicos (vogais).

Exemplos:

Aliteração: “Chove chuva, chove sem parar” (Jorge Bem Jor): repetição das consoantes “ch”.

Assonância: “Essa desmesura de paixão, é loucura do coração” (Djavan): repetição das vogais “ão”.

Lembrando que, na literatura, o verso representa a linha do poema enquanto a estrofe é o nome dado ao conjunto de versos.

ATIVIDADES

1. Sobre os sonetos, é correto afirmar que

a) (  ) são textos não literários, com função utilitária, pois servem para informar, convencer, explicar, ordenar. 

b) (  ) é um tipo de poema que apresenta forma fixa: dois quartetos e dois tercetos, tem origem na Itália.

c) (  ) não apresentam forma fixa, admitem variações em sua estrutura. Não obedecem aos moldes clássicos e nem aos princípios hedonistas de que a poesia deve sempre contemplar.

d) (  ) são encontrados em diversas manifestações artísticas, como na música, na literatura, na fotografia e até mesmo em situações corriqueiras de nosso cotidiano, não obedecem a formas fixas.

Releia o poema Amor é fogo que arde sem se ver e responda às atividades.

 

2. Observe o título do poema” Amor é fogo que arde sem se vere responda:

a) O que enfatiza, sobre o amor, esse título? 

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b) No texto, há algumas definições para o amor? Cite-as.

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c) Com qual (is) delas você concorda? Por quê?

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d) Quais características desse poema nos fazem entender que ele é um soneto?

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e) Relacione a última estrofe do poema ao seu título.

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3. O texto demonstra de quem é a voz no poema (o eu lírico)? Se de um homem ou de uma mulher? Justifique.

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4. Quanto à estrutura, o poema” Amor é fogo que arde sem se ver” 

a) (  ) não possui versos nem estrofes.      

b) (  ) não apresenta nenhuma estrutura fixa. 

c) (  ) é formado por 14 versos, divididos em duas estrofes. 

d) (  ) é composto por 14 versos, divididos em dois quartetos e dois tercetos.

·         metáfora é a palavra que designa outro objeto ou qualidade que tem com o primeiro uma relação de semelhança;

·         hipérbole da ênfase expressiva resultante do exagero da significação linguística;

·         eufemismo é uma palavra ou expressão que se usa para suavizar ou minimizar o peso conotador de outra palavra, locução ou acepção menos agradável, mais grosseira;

·         prosopopeia é a figura pela qual o orador ou escritor empresta sentimentos humanos e palavras a seres inanimados, a animais, a mortos ou a ausentes; personificação; e

·         antítese é figura pela qual se opõem, numa mesma frase, duas palavras ou dois pensamentos de sentido contrário (p.ex.: com luz no olhar e trevas no peito); 

  5. Releia o trecho do soneto de Camões e analise:

 

Amor é um fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.

 

06.Compreende-se que nos versos acima a figura de linguagem predominante é 

a)      (   ) hipérbole e eufemismo.

b)      (   ) aliteração e hipérbole.

c)      (   ) metáfora e prosopopeia.

d)      ( ) metáfora e antítese. 

07.De acordo com o texto, o amor é

a) (   ) um sentimento fácil de ser entendido. 

b) ( ) um sentimento contraditório em si mesmo.

c) (  ) Um sentimento dominado pela vontade.

d) (  ) Um sentimento sem sentido.

 

08. No verso "É um cuidar que ganha em se perder", constatamos a presença da figura de linguagem denominada

a) (  ) metáfora.    b)(  ) metonímia.       c) (  ) antítese.      d)(  ) hipérbole.

 

09. Leia o poema Ritmo, de Mario Quintana, e analise:

 

Na porta
a varredeira varre o cisco
varre o cisco
varre o cisco

 

Na pia
a menininha escova os dentes
escova os dentes
escova os dentes

 

No arroio
a lavadeira bate roupa
bate roupa
bate roupa

 

Até que enfim


               se desenrola


                    toda a corda


e o mundo gira imóvel como um pião!

 

Mario Quintana. Anotações poéticas. São Paulo: Globo, 1996. p. 65.

Considerando que a repetição de consoantes é um recurso usado para intensificar o ritmo ou para criar um efeito sonoro significativa no texto e que esse recurso recebe o nome de aliteração. E ainda que a repetição de vogais recebe o nome de assonância, ao usar esse recurso de forma intencional, o poeta amplia a expressividade e o ritmo do poema, responda:

 

a)Quais consoantes estão se repetindo na primeira estrofe? Qual está se repetindo com mais intensidade?

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b)Com que ritmo ou movimento você acha que a repetição das consoantes está se relacionando? 

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c) Qual figura de linguagem é predominante nesses casos? 

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d)Observe a segunda estrofe: quais consoantes estão se repetindo?

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e)Com que ritmo ou movimento você acha que a repetição da segunda estrofe está se relacionando? 

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f)Que semelhança há entre o verso “e o mundo gira imóvel como um pião!” e o movimento realizado pelas mulheres e pela menina?

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      Produção textual

·         Agora, após a leitura e estudo dos textos, é a sua vez de produzir.

·         Pense em alguns temas: família, amor, amizade, saudade, escola, sua cidade, a primavera, as flores…

·         Faça uma lista de palavras, frases ou expressões que o tema escolhido lhe traz à mente.

·         Observe a estrutura do gênero poema/soneto;

·         Defina a posição que as rimas ocuparão no poema;

·         Crie imagens poéticas usando as figuras de linguagem que você conhece: comparação, personificação, metáfora…

·         Concentre-se no tema escolhido;

·         Seja poético;

·         Após a produção, releia, revise, veja se obedeceu à solicitação da proposta, faça as alterações necessárias e passe a limpo o seu texto.