domingo, 13 de junho de 2021

Avaliação Bimestral de Língua Portuguesa 7ª Ano A e B

 Unidade Educacional: Colégio Estadual Princesa Izabel

Diretor: Wattson Mamedes de Souza

Professora: Luciene Aparecida Silvestre

Aluno (a):___________________________________________________

Série: 7ª Ano A e B

Taquaral de Goiás, 14 de Junho de 2021

Data da entrega: Ainda hoje 14/06/2021 até as 22:30 horas da noite.

 Avaliação Bimestral de Língua Portuguesa referente ao 2º Bimestre de 2021

INSTRUÇÕES:

1. Preencha o cabeçalho.

2. Dê respostas completas a todas as questões. Faça letra legível.

3. Leia as questões com atenção antes de respondê-las;

Conteúdo: Gênero textual Autobiografia

Autobiografia

A Autobiografia reúne as principais características da vida de alguém e é escrita pela própria pessoa. Assim, a pessoa narra fatos sobre sua vida pessoal, narrando os acontecimentos mais marcantes de sua vida ou enfocando em uma experiência específica. Exemplo: O Diário de Anne Frank. Note que pertence aos textos literários narrativos. O texto deve seguir uma ordem cronológica de fatos que aconteceram na vida do autor. É encontrado às vezes dividido em partes, por exemplo: Nascimento Principais acontecimentos Curiosidades Fato: o que aconteceu na vida da personagem. Comentário: é uma opinião, uma observação feita. As ideias do texto, em geral, partem dos fatos mais distantes para os mais recentes ou vice-versa. A autobiografia geralmente possui um título que adianta para o leitor de que se trata de um texto autobiográfico. Uma característica da autobiografia é a veracidade dos fatos. Costumam ser narrativas não ficcionais, ou seja, não são histórias "inventadas". O relato dos fatos no texto autobiográfico aparece frequentemente pontuado de lembranças, de um colorido emocional, que não é mostrado em outros tipos de textos. Predomina a subjetividade. Temos a autobiografia propriamente dita e em outras versões, mas todas dentro do contexto básico: o autor escreve, pinta, canta, faz fotos digitais sobre ele mesmo.

a. Autobiografia       b. Diário   c. Autorretrato

d. Perfil                     e. Blog      f. Música

g. Poema                   h. Selfie

Autores de autobiografias podem ser pessoas famosas ou não e escrevem para tornar público ou não a história de sua vida. Num diário, por exemplo, não é público, já quando se escreve num livro, jornal, blog é público. Quando procuramos uma autobiografia para ler é porque queremos conhecer um pouco da história de vida de quem escreve. A autobiografia pode circular no ambiente literário, publicitário, íntimo e ser veiculada numa revista, num blog, num jornal, num diário que chamamos de suporte.

1.Observe abaixo a capa do livro do qual você lerá um trecho.

a)Você reconhece a pessoa na fotografia?

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b)Se você a reconhece, o que sabe dela?

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c)Por que, em sua opinião, a fotografia aparece em destaque na capa?__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

d) O título do livro pode remeter à expressão “estar na pele de alguém”. Você sabe o que significa essa expressão? Que outra expressão poderia substituí-la?

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e)    Além de compor a expressão “estar na pele de alguém”, o que a palavra

pele pode significar no título e que relação ela ajuda a estabelecer entre esse título e a fotografia?

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Leia atenciosamente o texto abaixo

A ilha

(...)

Minha história começa numa ilha com pouco mais de duzentos habitantes, na baía de Todos os Santos. Uma fração de Brasil praticamente secreta, ignorada pelas modernidades e pelos mapas: nem o (quase) infalível Google Maps consegue encontrá-la. É nessa terra minúscula, a Ilha do Paty, que estão minhas raízes. O lugar é um distrito de São Francisco do Conde — município a 72 quilômetros de Salvador, próximo a Santo Amaro e conhecido por sua atual importância na indústria do petróleo. Na ilha, as principais fontes de renda ainda são a pesca, o roçado e ser funcionário da prefeitura.

No Paty, sapatos são muitas vezes acessórios dispensáveis. Para atravessar de um lado para o outro na maré de águas verdes, o transporte oficial é a canoa, apesar de já existirem um ou outro barco, cedidos pela prefeitura. Ponte? Nem pensar, dizem os moradores, em coro. Quando alguém está no “porto” e quer chegar até o Paty, só precisa gritar: “Tomaquê!”.

Talvez você, minha companhia de viagem, não saiba o que quer dizer “tomaquê”. É uma redução, como “oxente”, que quer dizer “O que é isso, minha gente”. Ou “Ó paí, ó”, que é “Olhe pra isso, olhe”. Ou seja, é simplesmente “Me tome aqui, do outro lado da margem”. É muito mais gostoso gritar “Tomaquê!”.

Assim, algum voluntário pega sua canoa e cruza, a remo, um quilômetro nas águas verdes e calmas. Entre os dois pontos da travessia se gastam uns quarenta minutos. Essa carona carrega, na verdade, um misto de generosidade e curiosidade. Num lugar daquele tamanho, qualquer visita vira assunto, e é justamente o remador quem transporta a novidade.

Até hoje procuro visitar a ilha todos os anos. Gosto de entender minha origem e receber um abraço afetuoso dos mais velhos. Vou também para encontrar um sentimento de inocência, uma felicidade descompromissada, que só sinto por lá.

Graças à sua refinaria de petróleo, São Francisco do Conde é um dos municípios mais ricos do país.(...). Essa dinheirama, porém, não chega até o cotidiano de quem mora no Paty. Eles até conseguem ver vantagens na vida simples que levam: como não há violência, não há polícia na ilha, e as portas das casas estão sempre abertas para quem quiser entrar. O que faz falta mesmo é a água encanada. Para tudo: dar descarga nos banheiros, lavar pratos e roupas, tomar banho.

Não faz muito tempo, luz também era luxo. Na minha infância, a energia elétrica vinha de um único gerador, usado exclusivamente à noite, quando os televisores eram ligados nas novelas. As janelas da casa de meu avô, que teve uma das primeiras TVs do Paty, ficavam sempre cheias de gente. Era o nosso cineminha.

(...)                                             Lázaro Ramos. Na minha pele. Rio de Janeiro: Objetiva,2017. P. 16-17

O relato da vida de alguém é chamado de biografia. Bio quer dizer “vida” e grafia significa “escrita”. Já a autobiografia é a história da vida de uma pessoa contada por ela mesma. Auto significa “de si mesmo”.

2. Como o autor caracteriza a ilha onde teve início sua história?

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 Numa autobiografia, usa-se sequências descritivas, que apresentam personagens e ambientes, e sequências narrativas, que encadeiam as ações no tempo, mostrando a sucessão dos acontecimentos e as transformações ocorridas.

 3. Identifique no texto algumas informações sobre o autor.

a) Ele ainda mora na ilha? Justifique sua resposta com uma passagem do texto.

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b) No último parágrafo, o autor fala de um tempo passado. Que lembranças ele tem desse tempo?

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c) Com base nas informações do texto, como você imagina a infância do autor?

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d) Que sentimentos ele parece ter e relação à ilha? Justifique sua resposta com palavras ou expressões do texto.

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4. O estilo de vida dos moradores da ilha é o mesmo da época em que o autor era criança? Justifique sua resposta.

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A autobiografia é um relato pessoal. Nesse tipo de relato o autor conta o que aconteceu na vida dele. A informalidade da linguagem é um recurso usado para criar proximidade entre autor e leitor. Quem escreve parece estar conversando, trocando ideias com um amigo, nesse caso, o leitor.

 5. Releia o 3º parágrafo do texto.

Talvez você, minha companhia de viagem, não saiba o que quer dizer “tomaquê. É uma redução, como “oxente”, que quer dizer “O que é isso, minha gente”. Ou “Ó paí, ó”, que é “Olhe pra isso, olhe”. Ou seja, é simplesmente “Me tome aqui, do outro lado da margem”. É muito mais gostoso gritar “Tomaquê!”.

a)      Nesse trecho o autor diz que é “mais gostoso” dizer “tomaquê” do que a frase completa “me tome aqui do outro lado da margem”. Quem são os falantes que usam essa expressão? E em que situação utilizam?

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6. Releia outro trecho.

Graças à sua refinaria de petróleo, São Francisco do Conde é um dos municípios mais ricos do país.(...). Essa dinheirama, porém, não chega até o cotidiano de quem mora no Paty.

a)      Em vez de usar a palavra dinheiro, o autor preferiu dizer dinheirama. O que significa a palavra empregada?

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7. Observe o trecho abaixo.

Minha história começa numa ilha com pouco mais de duzentos habitantes, na baía de Todos os Santos.

- Analisando a palavra destacada no trecho, que pessoa do discurso é usada na autobiografia?

a) (    ) 1ª pessoa do discurso (EU).

b) (    ) 3ª pessoa do discurso (ELE).

Para saber mais!

No gênero Autobiografia os narradores falam de experiências que foram importantes para eles: a terra natal, a relação com a família, as vivências cotidianas. São temas ligados à memória, às lembranças e aos esquecimentos.

A pessoa verbal é caracterizada pela escrita em 1ª pessoa. Sendo assim, essa escrita apresenta um ponto de vista particular, subjetivo, dos acontecimentos narrados.

O silêncio do rouxinol

[...]

Na época de Salomão, o melhor dos reis, um homem comprou um rouxinol que possuía uma voz excepcional. Colocou-o numa gaiola em que nada faltava ao pássaro e na qual ele cantava, horas a fio, para encanto da vizinhança.

Certo dia, em que a gaiola havia sido transportada para uma varanda, outro pássaro se aproximou, disse qualquer coisa ao rouxinol e voou. A partir desse momento, o incomparável rouxinol emudeceDesesperado, o homem levou seu pássaro à presença do profeta Salomão, que conhecia a linguagem dos animais, e lhe pediu que perguntasse ao pássaro o motivo de seu silêncio.

 O rouxinol disse a Salomão:

– Antigamente eu não conhecia nem caçador, nem gaiola. Depois me apresentaram a uma armadilha, com uma isca bem apetitosa, e caí nela, levado pelo meu desejo. O caçador de pássaros levou-me, vendeu-me no mercado, longe da minha família, e fui parar na gaiola deste homem que aí está. Comecei a me lamentar noite e dia, lamentos que este homem tomava por cantos de gratidão e alegria. Até o dia em que outro pássaro veio me dizer: “Pare de chorar, porque é por causa dos seus gemidos que eles o mantêm nessa gaiola”. Então, decidi me calar.

Salomão traduziu essas poucas frases para o proprietário do pássaro. O homem se perguntou: “De que adianta manter preso um rouxinol, se ele não canta?”. E lhe devolveu a liberdade.

CARRIÈRE. Jean-Claude. O círculo dos mentirosos: contos filosóficos do mundo inteiro. São Paulo: Códex, 2004.

8.O fato que gera o conflito na história é o pássaro

 a)      possuir uma voz excepcional.

b)      ter emudecido.

c)      ser um rouxinol.

d)      encantar a vizinhança.

9.No trecho “...cantava, horas a fio, para encanto da multidão.”, a expressão “horas a fio” tem o sentido de:

(A) de vez em quando.

(B)  durante muito tempo.

(C)  pousado em um fio.

(D) sem cobrar por isso.

10.A decisão de não mais cantar, comunicada pelo rouxinol a Salomão, que a traduziu para o homem,

teve, como consequência, o homem:

(A) não entender a tradução.

(B)  ficar desesperado.

(C)  libertar o rouxinol.

(D) silenciar o rouxinol.





                       BONS ESTUDOS!!!!!!!!!!!!!!!