quarta-feira, 5 de maio de 2021

Atividades de Língua Portuguesa 6ª Ano A e B - Plano de Ação/SIGAE

 Unidade Educacional: Colégio Estadual Princesa Izabel

Diretor: Wattson Mamedes de Souza

Professora: Luciene Aparecida Silvestre

Aluno (a):___________________________________________________

Série: 6ª Ano A e B

Taquaral de Goiás, 06 de Maio de 2021

Data da entrega: Ainda hoje 06/05/2021 até as 22:30 horas da noite.

Atividades de Língua Portuguesa referente ao 2ª Bimestre de 2021.

Plano de Ação/SIGAE

 INSTRUÇÕES:

1. Preencha o cabeçalho.

2. Dê respostas completas a todas as questões. Faça letra legível.

3. Leia as questões com atenção antes de respondê-las;

Tema: Contos, romances infanto-juvenis

(EF69LP47-A) Analisar, em textos narrativos ficcionais, as diferentes formas de composição próprias de cada gênero, os recursos coesivos que constroem a passagem do tempo e articulam suas partes, as escolhas lexicais típicas de cada gênero para a caracterização dos cenários e dos personagens e os efeitos de sentido decorrentes dos tempos verbais, dos tipos de discurso, dos verbos de enunciação e das variedades linguísticas (no discurso direto, se houver) empregados, identificando o enredo e o foco narrativo.(EF69LP54-B) Analisar os efeitos de sentido decorrentes do emprego de figuras de linguagem, tais como comparação, metáfora, personificação, metonímia, hipérbole, eufemismo, ironia, paradoxo e antítese e os efeitos de sentido decorrentes do emprego de palavras e expressões denotativas e conotativas (adjetivos, locuções adjetivas).

Leia com atenção esse quadro sobre figuras de linguagem!

Características do Romance

         Quando falamos em Romance, logo pensamos em algo romântico, de paixões. No entanto, o Romance literário nem sempre aborda esses assuntos. Na verdade, ele é um gênero literário que corresponde a uma composição em prosa, ou seja, uma narrativa com diversas tramas para se chegar à ideia principal. 

O Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa descreve o termo como sendo uma “Descrição longa das ações e sentimentos de personagens fictícios, numa transposição da vida para um plano artístico”. A obra Dom Quixote de La Mancha, de Miguel de Cervantes, escrito em 1600, é considerada precursora do romance moderno. Ela é um romance de cavalaria e conta diversas aventuras do personagem principal.  Os romances são marcados por uma sequência temporal de fatos para se chegar a ideia principal que está sendo apresentada.

        Estrutura do Romance

        Podemos destacar quatro características que fazem parte da estrutura desse tipo de obra, são elas:

• Narrador: é a pessoa que conta a história. Ele pode ser um dos personagens, que nesse caso, é considerado um narrador em primeira pessoa; ou apenas uma figura responsável pela narração da história.

• Personagens: são as figuras/pessoas que fazem parte da obra. Elas são representadas de forma que o leitor conheça as suas histórias através de representações fictícias. No caso do Romance, o personagem principal é considerado o protagonista.

• Enredo: corresponde a sequência dos fatos que serão contados. É a partir do enredo que se desenvolve a história e é possível atingir o tema central do texto.

• Tempo: organização dos fatos que ocorrerão na história. Ele pode ser cronológico ou psicológico. O primeiro é marcado pela passagem de horas, dias, anos etc. Já o segundo é mais subjetivo, pois refere-se ao tempo interior dos personagens.

 Romance X conto

O Conto é um texto curto e que não apresenta muitos personagens. Geralmente, acontece em um tempo curto e gira em torno de apenas uma história. Machado de Assis é dos escritores brasileiros que se destacam na construção desse tipo de narrativa.

O romance, por sua vez, é uma obra mais extensa, que apresenta diversos personagens, além de ter vários conflitos representados de uma vez. Machado de Assis também é um representante desse tipo de literatura, juntamente com Érico Veríssimo e Graciliano Ramos. Mundialmente podemos citar Gustave Flaubert, Fiódor Dostoiévski e Jane Austen.

 

Leia o trecho do romance O Pequeno Príncipe (trecho), de Antoine Saint-Exupéry

       O pequeno príncipe atravessou o deserto e encontrou apenas uma flor. Uma flor de três pétalas, uma florzinha insignificante....

       - Bom dia - disse o príncipe.


- Bom dia - disse a flor.

       - Onde estão os homens? - Perguntou ele educadamente.

      A flor, um dia, vira passar uma caravana:

      - Os homens? Eu creio que existem seis ou sete. Vi-os faz muito tempo. Mas não se pode nunca saber onde se encontram. O vento os leva. Eles não têm raízes. Eles não gostam das raízes.

      -Adeus - disse o principezinho.

      -Adeus - disse a flor.

 O pequeno príncipe escalou uma grande montanha. As únicas montanhas que conhecera eram os três vulcões que batiam no joelho. O vulcão extinto servia-lhe de tamborete. "De uma montanha tão alta como esta", pensava ele, "verei todo o planeta e todos os homens..." Mas só viu pedras pontudas, como agulhas.

      - Bom dia! - disse ele ao léu.

      - Bom dia... bom dia... bom dia... - respondeu o eco.

      - Quem és tu? - perguntou o principezinho.

      - Quem és tu... quem és tu... quem és tu... - respondeu o eco.

      - Sejam meus amigos, eu estou só... - disse ele.

      - Estou só... estou só... estou só... - respondeu o eco.

      "Que planeta engraçado!", pensou então. "É completamente seco, pontudo e salgado. E os homens não têm imaginação. Repetem o que a gente diz... No meu planeta eu tinha uma flor; e era sempre ela que falava primeiro."

       Mas aconteceu que o pequeno príncipe, tendo andado muito tempo pelas areias, pelas rochas e pela neve, descobriu, enfim, uma estrada. E as estradas vão todas em direção aos homens.

       - Bom dia! - disse ele.

       Era um jardim cheio de rosas.

       - Bom dia! - disseram as rosas.

       Ele as contemplou. Eram todas iguais à sua flor.

      - Quem sois? - perguntou ele espantado.

      - Somos as rosas - responderam elas.

      - Ah! - exclamou o principezinho...

      E ele se sentiu profundamente infeliz. Sua flor lhe havia dito que ela era a única de sua espécie em todo o Universo. E eis que havia cinco mil, iguaizinhas, num só jardim!

       "Ela teria se envergonhado", pensou ele, "se visse isto... Começaria a tossir, simularia morrer, para escapar ao ridículo. E eu seria obrigado a fingir que cuidava dela; porque senão, só para me humilhar, ela seria bem capaz de morrer de verdade..."

       Depois, refletiu ainda: "Eu me julgava rico por ter uma flor única, e possuo apenas uma rosa comum. 

       Uma rosa e três vulcões que não passam do meu joelho, estando um, talvez, extinto para sempre. Isso não faz de mim um príncipe muito poderoso..."

      E, deitado na relva, ele chorou.

     E foi então que apareceu a raposa:

      - Bom dia - disse a raposa.

      - Bom dia - respondeu educadamente o pequeno príncipe, olhando a sua volta, nada viu.

      - Eu estou aqui - disse a voz, debaixo da macieira...

       - Quem és tu? - Perguntou o principezinho. - Tu és bem bonita...

       - Sou uma raposa - disse a raposa.

       - Vem brincar comigo - propôs ele. - Estou tão triste...

       -Eu não posso brincar contigo - disse a raposa. - Não me cativaram ainda.

        - Ah! Desculpa - disse o principezinho.

       Mas, após refletir, acrescentou:

       - Que quer dizer "cativar"?


      - Tu não és daqui - disse a raposa. - Que procuras?

      - Procuro os homens - disse o pequeno príncipe. - Que quer dizer "cativar"?

       - Os homens - disse a raposa - têm fuzis e caçam. É assustador! Criam galinhas também. É a única coisa que fazem de interessante. Tu procuras galinhas?

      - Não - disse o príncipe. - Eu procuro amigos. Que quer dizer "cativar"?

      - É algo quase sempre esquecido - disse a raposa. Significa "criar laços"...

      - Criar laços?

- Exatamente - disse a raposa. - Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu também não tens necessidade de ti. E tu também não tens necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...

      - Começo a compreender - disse o pequeno príncipe. - Existe uma flor... eu creio que ela me cativou...

      - É possível - disse a raposa. - Vê-se tanta coisa na Terra...

      - Oh! Não foi na Terra - disse o principezinho.      

      - A raposa pareceu intrigada:

      - Num outro planeta?

      - Sim.

      - Há caçadores nesse planeta?

      - Não.

      - Que bom! E galinhas?

      - Também não.

      - Nada é perfeito - suspirou a raposa.

SAINT-EXUPERY, Antoine. "O pequeno príncipe." (2009).

 1. Quais adjetivos o pequeno príncipe utilizou para descrever a flor que encontrou enquanto atravessava o deserto?

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 2. Leia com atenção a frase: “O vento os leva. Eles não têm raízes. Eles não gostam das raízes.” Como você explica o que a flor disse a respeito dos homens? Qual figura de linguagem foi empregada nesse trecho? Explique.

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 3. Identifique no texto um substantivo simples e comum que está no grau diminutivo e gênero feminino. Qual é o sentido denotativo e conotativo (figurado) com o emprego dessa palavra?

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 4. O que o pequeno príncipe possuía em seu planeta e qual a situação que deixou ele decepcionado? 

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 5. No trecho "- Quem és tu? - Perguntou o principezinho. - Tu és bem bonita...”, a linguagem utilizada é:

a (   )  informal com a utilização de termos coloquiais.

b (   )  muito rebuscada e com sentido incompreensível.

c (   )  culta e de difícil entendimento.  

d (   )  mais formal, pouco empregada no nosso cotidiano.


6. Leia o trecho e marque a alternativa que corresponde com a classificação do tempo e pessoa verbal. Para facilitar a compreensão, circule os verbos e pronomes. 

“- Tu não és daqui! - Que procuras?

a (   ) Os verbos (és, procuras) estão no tempo pretérito e o pronome tu refere-se à terceira pessoa.

b (   ) Os verbos (és, procuras) estão no tempo futuro e o pronome tu refere-se à segunda pessoa.

c (   ) Os verbos (és, procuras) estão no tempo presente e o pronome tu refere-se à terceira pessoa.

d (   ) Os verbos (és, procuras) estão no tempo presente e o pronome tu refere-se à segunda pessoa.