Unidade Educacional: Colégio Estadual Princesa Izabel
Diretor: Wattson Mamedes de Souza.
Professora: Aline Lorrana Maia.
Série: 8ª Ano A e B
Taquaral de Goiás, 18 de fevereiro de 2021. Horário: Até às 22:30h.
Aluno(a):____________________________________________________
Atividades de Língua Portuguesa referente ao 1ª Bimestre de 2021
Tema/
Conhecimento: Conto de Amor |
Habilidades: (EF69LP47-B) Perceber como se estrutura a narrativa nos
diferentes gêneros e os efeitos de sentido decorrentes do foco narrativo
típico de cada gênero, da caracterização dos espaços físico e psicológico e
dos tempos cronológico e psicológico, das diferentes vozes no texto (do
narrador, de personagens em discurso direto, indireto e indireto livre), do
uso de pontuação expressiva, palavras e expressões conotativas e processos
figurativos e do uso de recursos linguístico-gramaticais próprios a cada
gênero narrativo. (EF89LP33-A) Ler, de forma autônoma, e compreender –
selecionando procedimentos e estratégias de leitura (seleção, antecipação,
inferência e verificação) adequados a diferentes objetivos
e levando em conta características dos gêneros e suportes. |
Vamos relembrar o Gênero Contos, vocês já estudaram nos anos anteriores, principalmente os contos de fadas. Você se lembra como é o gênero conto? Vamos lá!
Conto
O
conto é uma narrativa literária curta. Seu enredo é condensado, dinâmico,
conciso e gira em torno de um único conflito.
Elementos Fundamentais do Conto
A.. Personagens: Esse elemento corresponde aos seres que executam e sofrem ações durante o enredo das narrativas. Nesse sentido, podem ser personagens tanto seres humanos quanto outros seres viventes, tais quais animais, plantas ou até objetos humanizados.
B. Narrador: O narrador é definido por aquele (a) que descreve os acontecimentos. Dessa forma, é divido em três tipos: narrador em 1ª pessoa, narrador observador e narrador onisciente.
C.
Tempo:
O tempo pode ser caracterizado de duas formas: época em que a
história ocorre (ano) e o tempo de duração da narrativa (mês / dia).
D.
Espaço:
O espaço se refere ao lugar em que os personagens sofrem e
executam as ações dentro do enredo. Ou seja, pode ser uma casa, rua, parque
etc. Porém, por ter a característica de uma narrativa curta, o espaço é
reduzido.
E.
Enredo:
Se constitui como as sequências de ações dentro da história.
Logo, o enredo é responsável pela movimentação de personagens e composições da narrativa.
F. Conflito:
O conflito dentro do conto é identificado como o momento de
maior intensidade entre os personagens da narrativa. Assim, por ser um gênero
de curta duração, o conflito é único.
Devido
à diversidade de formas com as quais um conto pode ser construído, é comum
encontrarmos subdivisões desse tipo de texto.
v Conto fantástico: Pode ser definido como aquele em que o enredo apresenta situações inexplicáveis, segundo as leis que regem a realidade. Nesse tipo de narrativa, o acontecimento sobrenatural está sempre presente.
v Conto de fadas: Os contos de fadas, velhos conhecidos da infância, são gêneros medievais que ainda fazem muito sucesso. Por definição, esse tipo de narrativa tem personagens folclóricos, tais como: fadas, gnomos, animais personificados etc.
v Conto de ficção científica: caracterizado por ter, em seu enredo, elementos que não existem em nossa realidade, mas que poderiam existir devido ao avanço científico e tecnológico.
v Conto infantojuvenil: narrativas voltadas para jovens e crianças. Normalmente, a linguagem utilizada nesses contos é mais simples, e as temáticas são relacionadas a conflitos comuns na vida de seus leitores-alvo.
Observe as imagens
com atenção de depois escreva suas impressões.
Leia:
A disciplina do amor
Foi na França, durante a segunda grande
guerra. Um jovem tinha um cachorro que todos os dias, pontualmente, ia
esperá-lo voltar do trabalho. Postava-se na esquina, um pouco antes das seis da
tarde. Assim que via o dono, ia correndo ao seu encontro e, na maior alegria,
acompanhava-o com seu passinho saltitante de volta à casa.
A vila inteira já conhecia o cachorro e
as pessoas que passavam faziam-lhe festinhas e ele correspondia, chegava a
correr todo animado atrás dos mais íntimos para logo voltar atento ao seu posto
e ali ficar sentado até o momento em que seu dono apontava lá longe.
Mas eu avisei que o tempo era de guerra,
o jovem foi convocado. Pensa que o cachorro deixou de esperá- lo? Continuou a
ir diariamente até a esquina, fixo o olhar ansioso naquele único ponto, a
orelha em pé, atenta ao menor ruído que pudesse indicar a presença do dono
bem-amado. Assim que anoitecia, ele voltava para casa e levava a sua vida
normal de cachorro até chegar o dia seguinte. Então, disciplinadamente, como se
tivesse um relógio preso à pata, voltava ao seu posto de espera.
O jovem morreu num bombardeio, mas no
pequeno coração do cachorro não morreu a esperança. Quiseram prendê-lo,
distraí-lo. Tudo em vão. Quando ia chegando àquela hora, ele disparava para o
compromisso assumido, todos os dias. Todos os dias.
Com o passar dos anos (a memória dos
homens!) as pessoas foram se esquecendo do jovem soldado que não voltou.
Casou-se a noiva com um primo. Os familiares voltaram-se para outros
familiares. Os amigos, para outros amigos. Só o cachorro já velhíssimo (era jovem
quando o jovem partiu) continuou a esperá-lo na sua esquina. As pessoas
estranhavam, “mas quem esse cachorro está esperando?”. Uma tarde (era inverno)
ele lá ficou, o focinho sempre voltado para “aquela” direção.
Lygia Fagundes Telles. “A disciplina do amor”. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980, p. 99-100.
Responda as
atividades de estudo do texto em seu caderno.
01.
Qual é a finalidade do texto?
02.
Qual é o personagem principal do texto? Fale sobre ele.
03. No trecho “Então, disciplinadamente, como se tivesse um relógio preso à pata...” significa que:
(A) o
cachorro, cada dia, esperava seu dono em um horário diferente; por isso, ficou
esperando por muito tempo.
(B) o cachorro sempre
esperava seu dono no mesmo horário.
(C) o cachorro tinha um
relógio preso ao corpo para esperar o dono sempre no mesmo horário.
(D) como
as pessoas da vila conheciam o cachorro, faziam-lhe festinhas sempre no mesmo
horário, para que ele soubesse a hora de esperar pelo dono.
04.
No 3º parágrafo, o narrador
pergunta: “Pensa que o cachorro deixou de esperá-lo?” Para quem ele dirige essa pergunta?
05.
Sabemos que o narrador é aquele que
descreve os acontecimentos. Qual o tipo de narrador desse conto?
06.
Responda:
a) a história de quem
será narrada?
b) onde e quando essa história acontece?
07.
Há uma pequena passagem em que a
narradora dialoga com o leitor. Localize-a.
08.
Na sua opinião por que o cão esperou
pelo seu dono até a morte?
9. Por
que os parentes e amigos se esqueceram do soldado e só o seu cão não o esqueceu?