Unidade Escolar: Colégio Estadual Princesa Izabel
Diretor: Wattson Mamedes de Souza
Professora: Rayssa Garcia Silva
Taquaral de Goiás, 23 de Fevereiro de 2021
Série: 7 º A e B
Nome:
CONTEÚDO: A construção da ideia de
modernidade e seus impactos na concepção de História.
OBJETIVO: Caracterizar e comparar as dinâmicas de abastecimento e as formas de organização do trabalho e da vida social em diferentes sociedades e períodos, com destaque para as relações entre senhores e servos.
Data de entrega: 23-02-2021
Instrumento
avaliativo de
História referente ao 1º Bimestre de 2021
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Quando começa a modernidade?
Tanto as Ciências
Sociais quanto a Filosofia consideram que é praticamente impossível estabelecer
um marco histórico e dizer “e aqui começou a modernidade”. Porém, há alguns
fatores históricos que marcam essa virada epistemológica que vai transformar as
relações sociais no mundo inteiro.
Os principais
fatores são:
A Revolução
Industrial: com o
aperfeiçoamento do motor a vapor, em 1777, por James Watt, que identificou falhas
nos motores anteriores, que demoravam muito para aquecer, ao introduzir dois
cilindros na máquina. A partir disso, toda a noção de tempo, trabalho e lucro
seria transformada profundamente.
Tal transformação
do tempo e espaço a partir do trabalho permanece até hoje.
A Revolução
Francesa: período
revolucionário que explodiu no dia 5 de maio de 1789 e que derrubou a monarquia
francesa e questionou todos os valores éticos e morais. É a partir desse marco
que valores como igualdade, liberdade, fraternidade (esses se tornam o lema da
Revolução Francesa) passam a ocupar o vocabulário popular. Esse momento foi
importante para criar as bases daquilo que entendemos como
Estado,
participação, voto, representatividade, enfim, uma série de valores políticos
que ainda hoje são discutidos.
A razão: a modernidade no campo das ciências
humanas e exatas tem o seu fundamento com René
Descartes, a partir
de sua frase mais conhecida “Cogito, ergo sum” ou “Penso, portanto sou”. Para
os tempos atuais e de massificação de frases a partir dos memes, hoje, essa
sentença pode parecer banal, porém, na época, Descartes trazia a razão para o
centro do raciocínio, frente ao pensamento metafísico imposto pelas religiões.
Tal virada epistêmica ficou conhecida como Racionalismo.
Essa mudança de
pensar, empreendida por Descartes, ocorreu na primeira metade do século XVII,
ou seja, antecedeu e influenciou as revoluções francesa e industrial e todo
pensamento posterior.
Portanto, esses
três momentos marcam uma nova etapa na maneira de organizar o pensamento e de
olhar sobre o mundo, logo, são eles que fundam a modernidade e, de uma maneira
ou de outra, ainda hoje continuam a influenciar os debates.
Por exemplo, as
sociedades ainda são organizadas pelo tempo e calendário do trabalho, fator que
surge com a modernidade a partir do século XVIII e permanece até hoje.
O outro lado da
modernidade
Se por um lado a
modernidade é esse tempo histórico que se inicia com profundas transformações
nas mentalidades, na maneira de pensar o mundo, o tempo – que passa a ser
controlado pelo trabalho -, é também neste momento que temos o aprofundamento
da hierarquização das raças e a construção daquilo que conhecemos como Europa
enquanto o centro do mundo e valor moral, fazendo do resto do mundo apenas
espaços de reprodução do conhecimento produzido na Europa, ou seja, é na
modernidade que o racismo e o tempo arcaico são inventados.
Uma das marcas da
modernidade é a dominação do homem sobre o homem e isso se deu de variadas maneiras:
colonização, escravização e guerras. Esta última teve dois auges: a I e a II
Guerra Mundial, que também trouxe a outra grande marca da modernidade: a
barbárie. Tanto a primeira quanto a segunda guerra mundial marcaram
profundamente e fizeram com que artistas e políticos passassem a dedicar uma vida
contra as guerras ou refletir sobre as mazelas construídas pela ganância
humana.
A hierarquia das
raças e a colonização de países fez também com que outra questão surgisse:
povos modernos (no sentido estético e histórico) e os povos arcaicos, também no
sentido estético e histórico.
Esse tipo de
divisão do planeta e da história tem sido questionado nos últimos 40 anos por
duas correntes de pensadoras e pensadores das Ciências Humanas: os Estudos da
Subalternidade e os Estudos Descolonizais, que têm questionado e abandonado
essa divisão binária da história entre modernos e arcaicos.
DEPOIS DE LER
ESTE TEXTO SOBRE MODERNIDADE RESPONDA: ATENÇÃO >>A resposta precisa ser
de no mínimo 20 linhas.
Nós somos
modernos? Você se considera moderno? E por fim: E o Brasil, é um país moderno?