segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

Atividade de História 7ª A e B


Unidade Escolar: Colégio Estadual Princesa Izabel

Diretor: Wattson Mamedes de Souza

Professora: Rayssa Garcia Silva 

Taquaral de Goiás, 23 de Fevereiro de 2021

Série: 7 º A e B

Nome:

CONTEÚDO: A construção da ideia de modernidade e seus impactos na concepção de História.

OBJETIVO: Caracterizar e comparar as dinâmicas de abastecimento e as formas de organização do trabalho e da vida social em diferentes sociedades e períodos, com destaque para as relações entre senhores e servos. 

Data de entrega: 23-02-2021

Instrumento avaliativo de História referente ao 1º Bimestre de 2021

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          Quando começa a modernidade?

Tanto as Ciências Sociais quanto a Filosofia consideram que é praticamente impossível estabelecer um marco histórico e dizer “e aqui começou a modernidade”. Porém, há alguns fatores históricos que marcam essa virada epistemológica que vai transformar as relações sociais no mundo inteiro.

Os principais fatores são:

A Revolução Industrial: com o aperfeiçoamento do motor a vapor, em 1777, por James Watt, que identificou falhas nos motores anteriores, que demoravam muito para aquecer, ao introduzir dois cilindros na máquina. A partir disso, toda a noção de tempo, trabalho e lucro seria transformada profundamente.

Tal transformação do tempo e espaço a partir do trabalho permanece até hoje.

A Revolução Francesa: período revolucionário que explodiu no dia 5 de maio de 1789 e que derrubou a monarquia francesa e questionou todos os valores éticos e morais. É a partir desse marco que valores como igualdade, liberdade, fraternidade (esses se tornam o lema da Revolução Francesa) passam a ocupar o vocabulário popular. Esse momento foi importante para criar as bases daquilo que entendemos como

Estado, participação, voto, representatividade, enfim, uma série de valores políticos que ainda hoje são discutidos.

A razão: a modernidade no campo das ciências humanas e exatas tem o seu fundamento com René

Descartes, a partir de sua frase mais conhecida “Cogito, ergo sum” ou “Penso, portanto sou”. Para os tempos atuais e de massificação de frases a partir dos memes, hoje, essa sentença pode parecer banal, porém, na época, Descartes trazia a razão para o centro do raciocínio, frente ao pensamento metafísico imposto pelas religiões. Tal virada epistêmica ficou conhecida como Racionalismo.

Essa mudança de pensar, empreendida por Descartes, ocorreu na primeira metade do século XVII, ou seja, antecedeu e influenciou as revoluções francesa e industrial e todo pensamento posterior.

Portanto, esses três momentos marcam uma nova etapa na maneira de organizar o pensamento e de olhar sobre o mundo, logo, são eles que fundam a modernidade e, de uma maneira ou de outra, ainda hoje continuam a influenciar os debates.

Por exemplo, as sociedades ainda são organizadas pelo tempo e calendário do trabalho, fator que surge com a modernidade a partir do século XVIII e permanece até hoje.

O outro lado da modernidade

Se por um lado a modernidade é esse tempo histórico que se inicia com profundas transformações nas mentalidades, na maneira de pensar o mundo, o tempo – que passa a ser controlado pelo trabalho -, é também neste momento que temos o aprofundamento da hierarquização das raças e a construção daquilo que conhecemos como Europa enquanto o centro do mundo e valor moral, fazendo do resto do mundo apenas espaços de reprodução do conhecimento produzido na Europa, ou seja, é na modernidade que o racismo e o tempo arcaico são inventados.

Uma das marcas da modernidade é a dominação do homem sobre o homem e isso se deu de variadas maneiras: colonização, escravização e guerras. Esta última teve dois auges: a I e a II Guerra Mundial, que também trouxe a outra grande marca da modernidade: a barbárie. Tanto a primeira quanto a segunda guerra mundial marcaram profundamente e fizeram com que artistas e políticos passassem a dedicar uma vida contra as guerras ou refletir sobre as mazelas construídas pela ganância humana.

A hierarquia das raças e a colonização de países fez também com que outra questão surgisse: povos modernos (no sentido estético e histórico) e os povos arcaicos, também no sentido estético e histórico.

Esse tipo de divisão do planeta e da história tem sido questionado nos últimos 40 anos por duas correntes de pensadoras e pensadores das Ciências Humanas: os Estudos da Subalternidade e os Estudos Descolonizais, que têm questionado e abandonado essa divisão binária da história entre modernos e arcaicos.

DEPOIS DE LER ESTE TEXTO SOBRE MODERNIDADE RESPONDA: ATENÇÃO >>A resposta precisa ser de no mínimo 20 linhas.

Nós somos modernos? Você se considera moderno? E por fim: E o Brasil, é um país moderno?