quarta-feira, 6 de outubro de 2021

Atividades de Língua Portuguesa 7ª Ano A e B

 Unidade Educacional: Colégio Estadual Princesa Izabel

Diretor: Wattson Mamedes de Souza

Professora: Luciene Aparecida Silvestre

Aluno (a):______________________________________________

Série: 7ª Ano A e B

Taquaral de Goiás, ___________________________

Atividades de Língua Portuguesa referente ao 3ª Bimestre de 2021.

 O Homem que entrou pelo cano.

Abriu a torneira e entrou pelo cano. A principio incomodava-o a estreiteza do tubo. Depois se acostumou. E, com a água, foi seguindo. Andou quilômetros. Aqui e ali ouvia barulhos familiares. Vez ou outra um desvio, era uma seção que terminava em torneira. Vários dias foi rodando, até que tudo se tornou
monótono. O cano por dentro não era interessante. No primeiro desvio, entrou. Vozes de mulher. Uma criança brincava. Então percebeu que as engrenagens
giravam e caiu numa pia. À sua volta era um branco imenso, uma água límpida. E a cara da menina aparecia redonda e grande, a olhá-lo interessada. Ela gritou: “Mamãe, tem um homem dentro da pia”. Não obteve resposta. Esperou, tudo quieto. A menina se cansou, abriu o tampão e ele desceu pelo esgoto.

                                                  BRANDÃO, Ignacio de Loyola. Cadeiras Proibidas. São Paulo Global,1988, p. 89

1) O conto cria uma expectativa no leitor pela situação incomum criada pelo enredo. O resultado não foi o esperado porque:


(A) a menina agiu como se fosse um fato normal.

(B) o homem demonstrou pouco interesse em sair do cano.

(C) as engrenagens da tubulação não funcionaram.

(D) a mãe não manifestou nenhum interesse pelo fato.​

 Leia o texto abaixo.

 No “Sossego”

 Não era feio o lugar, mas não era belo. Tinha, entretanto, o aspecto tranquilo e satisfeito de quem se julga bem com a sua sorte.A casa erguia sobre um solvaco, uma espécie de degrau, formando a subida para a maior altura de uma pequena colina que lhe corria nos fundos. Em frente, por entre os bambus da cerca, olhava uma planície a morrer nas montanhas que se viam ao longe; um regato de águas paradas e sujas cortava-a paralelamente à testada da casa; mais adiante, o trem passava

vincando a planície com a fita clara de linha capinada; um carreiro, com casas, de um e de outro lado, saía da esquerda e ia ter à estação, atravessando o regato e serpenteando pelo plaino.

      A habitação de Quaresma tinha assim um amplo horizonte, olhando para o levante, a “Noruega”, e era também risonha e graciosa nos seus muros caiados. Edificada com desoladora indigência arquitetônica das nossas casas de campo, possuía, porém, vastas salas, amplos quartos, todos com janelas, e uma varanda com colunata heterodoxa. Além desta principal, o sítio do “Sossego”, como se chamava, tinha outras construções: a velha casa de farinha, que ainda tinha o forno intacto e a roda desmontada, e uma estrebaria coberta de sapê.

                 BARRETO, Lima. No “Sossego”. In: Triste fim de Policarpo Quaresma. SP:  Ática, 1996. p. 73. Fragmento.                                      *Adaptado: Reforma Ortográfica. 

2)No trecho “Em frente, por entre os bambus da cerca, olhava uma planície...”, a expressão destacada indica uma circunstância de:

A) causa.      B) lugar.      C) modo.      D) tempo.

Leia os textos abaixo.

Vestibular

 Texto 1

   A reportagem “Vestibular. Vai mudar tudo, menos o mérito” (15 de abril) é muito boa. Como educador, espero que o novo Enem possa mensurar a capacidade dos candidatos a uma vaga nas universidades, contribuir para a necessária melhoria do Ensino Médio e fazer com que os candidatos ordenem todas as informações e cheguem a uma conclusão, com melhor capacitação intelectual e cultural.          Ruvin Ber José Singal - São Paulo, SP.

Texto 2

 Agradeço pelas informações claras e completas fornecidas pela revista sobre as mudanças do vestibular. Trabalho com orientação profissional em um colégio e utilizei a reportagem, assim como o site da publicação, nos grupos que coordeno. As mudanças são realmente necessárias e preservarão a qualidade do ensino das escolas brasileiras, sobretudo no Ensino Médio. Nossos jovens precisam ser estimulados a pensar!    Betina Andriani Felipe – Psicóloga e professora - Florianópolis, SC

Revista Veja. nº 16. São Paulo: Abril, 22 abr. 2009. p. 36. 

3) A respeito da reportagem sobre vestibular, as opiniões dos leitores são:

A) antagônicas.                    B) cautelosas.

C) complementares.           D) inconsistentes.

 Leia o texto abaixo.

 Direitos da criança e do adolescente

      Toda criança e o adolescente tem direito à proteção e à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais públicas.

      Toda criança e o adolescente tem direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas humanas.

      Toda criança e o adolescente tem direito a ser criado e ser educado no seio de sua família.

      Toda criança e o adolescente tem direito à educação. Visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa.


      Toda criança e o adolescente terá acesso às diversões e espetáculos públicos como adequados a sua faixa etária.  Texto adaptado do ECA/CEDCA-GO:2002.


 4)Usando o termo “Toda” no início de cada frase, o texto:

(A) enfatiza a ideia de universalidade.

(B) estabelece independência com o termo “criança”.

(C) estabelece maior vínculo com o leitor.

(D) faz uma repetição sem necessidade.

SOUSA, Maurício de. Revista Magali,.n. 403, p. 86, 2006.

5)O fato que deu origem a essa história foi:

A) a curiosidade da mãe sobre o lugar onde estão os biscoitos.

B) a vontade da menina de comer biscoitos que estão em lugar alto.

C) o desejo da mãe de que a menina cresça rápido.

D) o lugar impróprio onde ficam os armários da casa. 

Leia o texto abaixo.

Corda Bamba 

    As duas vinham andando pela calçada – a Mulher

Barbuda e Maria. De mão dada. A Mulher Barbuda usava saia, barba e uma sacola estourando de cheia; Maria, de calça de brim, um embrulho debaixo do braço, ia levando a tiracolo um arco enfeitado com flor de papel, quase do tamanho dela (não era muita vantagem: ela já tinha dez anos, mas era do tipo miúdo). Pararam na frente de um edifício. Barbuda falou:

      — É aqui, tá vendo? 225. – Olhou pra trás: – Foguinho! Ei!

      Foguinho estava parado na esquina tirando um coelho da meia: andava treinando pra ser mágico. Há anos que ele comia fogo no circo, mas agora tinha dado pra ficar de estômago embrulhado cada vez que engolia uma chama; tinha dias, que só de olhar pra tochas que Barbuda trazia, o estômago já se revoltava todo.

      — Olha só, fiz a mágica da meia! – gritou. Agarrou o coelho pela orelha e correu pra porta do edifício.

      Barbuda achava uma graça danada naquela história de Foguinho treinar mágica em tudo que é canto; deu um beijo nele:

      — Você ainda vai ser o maior mágico que já se viu por aí. Não é, Maria?

 Mas Maria continuou quieta; só apertou com mais força a mão de Barbuda.

NUNES, Lygia Bojunga. Corda Bamba. 20. ed. Rio de Janeiro:Agir, 1997. Virgula p.9. 

6) Qual era a opinião de Barbuda?

A) Achava que Foguinho seria um grande mágico.

B) Achava que Foguinho era um bom engolidor de fogo.

C) Pensava que Maria era muito miúda.

D) Pensava que Maria era muito quieta.

Leia o texto abaixo.

Brincadeira retrô



      Me lembro bem de quando era pequena e do quanto minha imaginação era fértil. Eu fui daquelas crianças que davam arrepios nos pais por conta das brincadeiras mirabolantes: a cama de casal que virava navio pirata, o sofá da sala que virava palco de teatro com direito a cortina de lençol e tudo mais... Toda vez que começava a me animar minha avó dizia: “Lá vem essa menina inventando moda”. Hoje vejo que esse era o jeito de brincar das crianças de antigamente. Não havia toda essa parafernália eletrônica, que toca música, anda, fala e não deixa nenhum espaço para a imaginação. Precisávamos inventar as nossas brincadeiras. Criança moderna não sabe brincar sozinha, tem sempre a babá, o computador, o DVD... Hoje tento incentivar meu filho a brincar assim também. Não é que eu vá jogar todos os brinquedos dele fora, mas com certeza ele vai aprender a se divertir com muito menos. Dá mais trabalho, faz mais bagunça, mas é infinitamente mais divertido.

POMÁRICO, Veri. Revista Gol, Editora Trip: s/l. s/d

7) A autora desse texto defende que:

A) as brincadeiras das crianças de antigamente eram divertidas.

B) as brincadeiras de antigamente eram mais criativas que as atuais.

C) as maneiras de as crianças de hoje brincarem devem ser aceitas.

D) as crianças devem brincar com parafernálias eletrônicas.

Leia o texto abaixo.

Sebo


      — Moça, eu nunca pisei aqui. Preciso comprar um livro...

      — Qual? – ela perguntou. – Mistério, suspense, romance, ficção, livro didático, paradidático, ocultismo, religioso, de psicanálise, psicologia, médico, língua estrangeira, tradução, periódico, revista, tese, enciclopédia...

      Ela estava querendo me gozar. Pra falar a verdade, tinha um livro certo pra comprar sim... Mas não sei por que, me ouvi falando:

      — Quero olhar, escolher, ver o que gosto mais... Mas começar por onde? Lado direito, esquerdo, subo a escada em caracol? Preciso de “instruções” de trânsito aqui dentro. Tem muito livro aqui...

      — Esperava o quê? Múmias?

      Perdi a paciência.

      — Moça, eu quero saber onde posso achar um livro-lindo-maravilhoso-espetacular romântico para eu dar de presente...

      — Ah, para a namoradinha que só lê Revista Desejo... Já sei o tipo: frases doces, propostas delicadas, abraços, beijos, mais abraços, mais beijos, final feliz. Andar de cima, prateleira 15-A.

      Os preços que ficam na ponta da prateleira são indicados por letras, que ficam na contracapa do livro. Edições filetadas a ouro têm um outro preço...

      Ia dizer pra ela que... Mas achei melhor não falar nada. Dei-lhe as costas e subi a escada.

ANDRADE, Telma G.C. Mistério no sebo de livros.

São Paulo: Atual, 1995.

8)O que levou o personagem a ir a um espaço onde se vendem livros usados?

A) O fato de nunca ter estado num sebo.

B) O intuito de comprar um presente.

C) A curiosidade em visitar um espaço novo.

D) A intenção de levar algo para a amada.

 9)No trecho “... Moça, eu nunca pisei aqui. Preciso comprar um livro...”, a pontuação

 que finaliza o período sugere que o cliente sentiu-se:

A) empolgado.

B) explorado.

C) intimidado.

D) maravilhado.

Leia o texto abaixo.

Covardia 

      Passeavam dois amigos numa floresta, quando apareceu um urso feroz e se lançou sobre eles.Um deles trepou numa árvore e escondeu-se, enquanto o outro ficava no caminho. Deixando-se cair ao solo, fingiu-se morto.  O urso aproximou-se e cheirou o homem, mas como este retinha a respiração, julgou-o morto e afastou-se.  Quando a fera estava longe, o outro desceu da árvore e perguntou, a gracejar, ao companheiro:

 — Que te disse o urso ao ouvido?

— Disse-me que aquele que abandona o seu amigo no perigo é um covarde.

TAHAN, Malba. Lendas do céu e da terra23 ed.

Rio  de Janeiro: Record, 1998. 

10) O amigo que estava na árvore desceu porque:

A) achou melhor também fingir-se de morto.

B) observou do alto um lugar melhor para esconder-se.

C) queria ajudar o amigo a livrar-se do urso.

D) viu que o urso já estava distante.

“Educar é um ato de coragem, de esperança e de amor”(Paulo Freire)