segunda-feira, 13 de setembro de 2021

Atividades de Língua Portuguesa 6ª Ano A e B

 Unidade Educacional: Colégio Estadual Princesa Izabel

Diretor: Wattson Mamedes de Souza

Professora: Luciene Aparecida Silvestre

Aluno (a):___________________________________________________

Série: 6ª Ano A e B

Taquaral de Goiás, 13 de Setembro de 2021

  Atividades de Língua Portuguesa referente ao 3ª Bimestre de 2021.

Tema: Narrativas de Aventuras; Elementos da narrativa; Tempos verbais; Discurso direto e indireto.



NARRATIVAS DE AVENTURA, O QUE SÃO?

 Narrativas de aventura são aquelas que descrevem ações desenvolvidas por um personagem representado por um valente herói, que vive as mais surpreendentes situações. As notícias de jornal, história em quadrinhos, romances, contos e novelas, são, entre outras, formas de se contar uma história, ou seja, são narrativas. A palavra aventura refere-se a uma ação em que se corre perigo.

 Elementos da Narrativa

A narrativa é uma sequência de fatos interligados que ocorrem ao longo de certo tempo e possuibelementos básicos na sua composição:

Fato — corresponde à ação que vai ser narrada (o que);

Tempo — em que linha temporal aconteceu o fato (quando);

Lugar — descrição de onde aconteceu o fato (onde);

Personagens — participantes ou observadores da ação (com quem); Causa — razão pela qual aconteceu o fato (por que);

Modo — de que forma aconteceu o fato (como);

Consequência — resultado do desenrolar da ação.

 A narrativa se desenvolve em torno de um enredo, nome que se dá a sequência dos fatos. A partir do enredo chega-se ao tema, que é o motivo central do texto. O enredo apresenta situações de conflitos ou ações, que são divididos em quatro partes: Apresentação dos fatos; Desenvolvimento, aqui o conflito tem origem; Clímax, que é o expoente máximo do conflito; e Desfecho, parte final que revela o resultado do clímax.

 Características do conto de aventura

 Personagem - É um herói ou um grupo que passa por grandes desafios em sua jornada;

 Tempo - Os fatos se sucedem em ordem cronológica e em ritmo intenso;

 Ambiente - Lugar ou espaço onde acontecem as ações; Narrador - O personagem pode contar a própria história (narrador personagem) ou pode ser um narrador-observador (não faz parte da história).

 Narrador – O personagem pode contar a própria história (narrador personagem) ou pode ser um narrador-observador (não faz parte da história).

 Foco Narrativo

Narrador Observador: relata os fatos a partir de sua visão, entretanto, não sabe tudo sobre seus personagens. Ele é uma testemunha dos fatos e ações relatadas. (3ª pessoa do singular ou plural)

Narrador Personagem: O narrador personagem é um tipo de narrador que participa da história e por isso, recebe esse nome. Ele pode ser o personagem principal (narrador protagonista). (1ª pessoa do singular ou plural)

 Estrutura do Conto de Aventura

Como toda narrativa, a estrutura se desenrola em 3 partes principais que se apresentam mais intensamente.

Introdução – Apresenta os personagens e o contexto para dar início ao conflito.

Conflito– Na narrativa de aventura podem ocorrer diversos conflitos ao redor de um conflito central;

Clímax – Momento mais tenso da história. Ação para a resolução do conflito.

Desfecho ou enlace – É a solução do problema ou conflito, concluindo a narrativa.

 ATIVIDADES

Leia atentamente o texto e responda às atividades a seguir:

Robinson Crusoé

Celebrei o vigésimo sétimo aniversário da minha vida na ilha de modo especial. Tinha muito a agradecer a Deus, agora mais do que antes, já que os três últimos anos foram particularmente agradáveis ao lado de Sexta–Feira. Tinha também o estranho pressentimento de que este seria o último aniversário comemorado na ilha.

O barco estava guardado, em lugar seco e protegido, esperando a época das chuvas terminar para empreender a viagem até o continente.   Enquanto aguardava tempo bom para lançar-me ao mar, eu preparava todos os detalhes necessários ao sucesso da jornada: armazenar milho, fazer pão, secar carne ao sol, confeccionar moringas de barro para transportar água… Sexta-Feira andava pela praia, à procura de tartarugas. Voltou correndo, apavorado.

— Patrão, patrão! Três canoas estão chegando com muitos inimigos! Já estão muito perto…

Também me assustei. Não contava com o inesperado: os selvagens não vinham à ilha no tempo das chuvas. Espiei-os do alto da paliçada com os binóculos. Desembarcavam muito próximos do meu castelo, logo depois do ribeirão. O perigo nunca fora tão iminente…

 — Não são gente do seu povo, Sexta-Feira?

 — Não, patrão. São inimigos. Eu vi direitinho…

— Assim de tão longe? Como é que você sabe?

 — Eu sei. Estes são inimigos… Talvez, até vir aqui pra pegar Sexta-Feira.

Acalmei-o. Claro que não tinham vindo até a ilha por causa dele! Já se passara muitos anos… Mas, de qualquer forma, o perigo era grande. Estavam tão próximos que poderiam descobrir-nos facilmente. Se quiséssemos ter alguma chance de sobrevivência, precisávamos atacá-los primeiro, quando não esperassem.

Era fundamental fazer da surpresa nosso terceiro guerreiro!

— Você pode lutar? — perguntei ao meu companheiro.

— Sexta-Feira pode guerrear sim, patrão! Basta dizer o que devo fazer… Carreguei duas espingardas e quatro mosquetes com chumbo grosso para dar a impressão de muitas balas. E preparei ainda duas pistolas.

Reparti as armas de fogo com Sexta-Feira e rumamos para o acampamento dos antropófagos. Eu levava também a espada, presa à cintura, e meu companheiro, seu inseparável machado. Protegidos pelas árvores, chegamos a menos de quarenta metros do inimigo. Na hora, não pude contá-los todos. Posteriormente, somando os mortos e os fugitivos, descobri que eram vinte e um.

As chamas da fogueira já ardiam, como línguas vorazes à espera da gordura humana, que pingava de membros e partes cortadas para alimentar sua gula. Eu relutava em atacá-los. Estava mesmo disposto a aguardar o máximo possível, escondido no meio do bosque. E, se descobrisse que iriam embora sem andar muito pela ilha, deixá-los-ia voltar sem importuná-los. O grupo todo encontrava-se ocupado em soltar as cordas que prendiam mãos e pés de um prisioneiro. Por fim, desmancharam a roda que ocultava o condenado à morte e o arrastaram para perto do fogo.

Meu Deus, o prisioneiro era um homem branco! Não, não iria aguardar os acontecimentos. Um homem cristão como eu estava prestes a ser devorado por selvagens antropófagos… Na minha ilha. Eu não podia deixar aquela bestialidade prosseguir! Fiz sinal a Sexta-Feira. Estava pronto? Então que atirasse com a espingarda, que seguisse meu exemplo…

— Agora, Sexta-Feira! — berrei. Os dois tiros ecoaram simultaneamente. Por um instante, o mundo parou. Horrorizados, os selvagens viram vários dos seus guerreiros caírem sem vida. Não conseguiam compreender de onde vinha a morte. As espingardas, carregadas com chumbo grosso, provocaram um enorme estrago entre os inimigos: cinco caíram mortos, três outros feridos. […] O mundo então pareceu vir abaixo: a praia virou um enorme pandemônio. Tínhamos sido descobertos, mas ainda assim os selvagens não se atreviam a atacar-nos. Gritos de guerra e raiva misturavam-se aos de dor dos feridos.

Corri ao encontro do inimigo, Sexta-Feira seguiu atrás de mim. No meio do caminho, já na areia da praia, paramos para garantir a pontaria do tiro do último mosquete carregado. Mais alguns mortos e feridos caíram ao chão. Os que ainda se mantinham em pé não sabiam se corriam ou se lutavam. Fomos ao seu encontro. Ao passar pelo homem branco, entreguei-lhe minha pistola: podia precisar dela para defender-se.

A luta prosseguia, agora num combate corpo a corpo. Matei mais dois, três, quatro — não posso precisar quantos — com a espada. […] Ainda assim, três inimigos conseguiram saltar dentro de um dos barcos e fugiram para o mar. Dois pareciam ilesos; o outro sangrava, estava gravemente ferido. […] Corremos para a outra canoa, encalhada na areia da praia. Antes de fazê-la navegar, descobrimos, deitado no seu fundo, mais um prisioneiro amarrado.

De repente, a máscara de guerra, em que se transformara o rosto de Sexta-Feira, tornou-se doce e suave ao avistar o velho homem, imóvel no chão do barco. Sexta-Feira tratou-o com muito cuidado, dedicação e carinho. Soltou o velho, sentou-o, abraçou-o, apoiou sua cabeça contra seu forte peito, enquanto afagava com mão de criança seus cabelos. Sem o saber, Sexta-Feira acabara de salvar da morte o seu próprio pai. Os fugitivos já iam longe no mar. Era inútil persegui-los. […]

Daniel Defoe. Robinson Crusoé: a conquista do mundo numa ilha.

Glossário

 Antropófago: ser humano que se alimenta de carne humana.

Bestialidade: comportamento que assemelha o homem à besta (animal); brutalidade, estupidez, imoralidade.

Moringa: vaso de barro bojudo e de gargalo estreito usado para acondicionar e conservar fresca e potável a água.

Mosquete: arma de fogo similar a uma espingarda.

Paliçada: cerca feita com estacas apontadas e fincadas na terra, que serve de barreira defensiva.

Pandemônio: mistura confusa de pessoas ou coisas; confusão.

Agora, você já pode responder! As questões abaixo são referentes ao texto lido acima “Robinson Crusoé”.

1.Quem são as personagens da narrativa de aventura que você leu?

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2. Quem lidera as ações principais, ou seja, protagonista da narrativa?

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3. Quem auxilia o líder a alcançar esses objetivos?

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4. Quem são as personagens que representam uma oposição, ou seja, antagonistas aos objetivos e ações do líder?

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5. Onde ocorreram os fatos que você leu? Quando?

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6. Quem é o narrador do texto que você leu? Ele participou dos acontecimentos? Esclareça sua resposta.

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7. Como podemos classificar o narrador desse conto, em narrador personagem ou narrador observador? Justifique sua resposta com trechos do texto. Caso tenha dúvida quanto à classificação, volte à explicação anterior (foco narrativo).

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8. Qual o ponto alto do conto (clímax)?

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9. Como foi o desfecho desse conto?

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Discurso Direto e Discurso Indireto

O que é discurso? Discurso é fala. Tudo que uma pessoa fala faz parte do seu discurso. 

Observe o discurso do narrador-personagem, Robson Crusoé, com o seu amigo Sexta-Feira:

— Você pode lutar? — perguntei ao meu companheiro.

— Sexta-Feira pode guerrear sim, patrão! Basta dizer o que devo fazer…

VOCÊ PERCEBEU?

No DISCURSO DIRETO usamos o TRAVESSÃO ( – ) para indicar a FALA dos PERSONAGENS (no caso, do narrador-personagem e do personagem).

Agora observe outro discurso:

Fiz sinal a Sexta-Feira. Estava pronto? Então que atirasse com a espingarda, que seguisse meu exemplo…

No DISCURSO INDIRETO é o narrador contando os fatos, os acontecimentos da história.

Observe que não usamos o travessão, para marcar a fala, ela foi direta.

Agora, vamos à prática!

10.Marque a alternativa em que não aparece o discurso direto.

a) (   )  — Não são gente do seu povo, Sexta-Feira?

b) (   )  — Não, patrão. São inimigos. Eu vi direitinho…

c) (   )   — Assim de tão longe? Como é que você sabe?

d) (   )  Era fundamental fazer da surpresa nosso terceiro guerreiro!

11. Retire do texto que você leu um trecho em que haja discurso direto.

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Nesta aula, vamos relembrar também, os Tempos Verbais.

Observe o trecho que dá início à narrativa que lemos, Robson Crusoé, e responda: Qual o tempo verbal predomina no texto? Antes de responder a essa pergunta, observe:

Celebrei o vigésimo sétimo aniversário da minha vida na ilha de modo especial. Tinha muito a agradecer a Deus, agora mais do que antes, já que os três últimos anos foram particularmente agradáveis ao lado de Sexta–Feira.

As palavras destacadas, no trecho acima, são verbos. Eles expressam quando ocorreram as ações do conto que lemos, e estão, em sua maioria, no pretérito, ou seja, em um tempo que já passou.

Os tempos verbais (presente, pretérito e futuro) se unem aos modos verbais (indicativo, subjuntivo e imperativo) para indicar a forma como ocorrem as ações, estados ou fenômenos expressados pelo verbo.

O TEMPO VERBAL informa, de uma maneira geral, se o verbo expressa algo que já aconteceu, que acontece no momento da fala ou que ainda irá acontecer.

Tempos Verbais do Modo indicativo 

São essencialmente três tempos: Presente, Passado (ou Pretérito) e Futuro.

· Presente simples (estudo) – expressa algo que acontece no momento da fala.

· Pretérito perfeito (estudei) – expressa uma ação pontual, ocorrida em um momento anterior à fala.

· Pretérito imperfeito (estudava) – expressa uma ação contínua, ocorrida em um intervalo de tempo anterior à fala.

· Pretérito mais-que-perfeito (estudara) – contrasta um acontecimento no passado ocorrido anteriormente a outro fato também anterior ao momento da fala.

· Futuro do presente (estudarei) – expressa algo que possivelmente acontecerá em um momento posterior ao da fala.

· Futuro do pretérito (estudaria) – expressa uma ação que era esperada no passado, porém que não aconteceu.

Agora, vamos colocar em prática o que acabamos de relembrar!

12. Nos trechos do texto “Robson Crusoé”, a seguir, identifique qual o tempo verbal das palavras em destaque.

a) — Agora, Sexta-Feira! — berrei. ________________

b) A luta prosseguia, agora num combate corpo a corpo. _______________________

c) Acalmei-o. ________________

13. Baseando-se em seus conhecimentos, identifique o tempo verbal da palavra destacada, no trecho do texto Robinson Crusoé, a seguir:

“O barco estava guardado, em lugar seco e protegido, esperando a época das chuvas terminar para empreender a viagem até o continente. “

a) (  ) Presente simples.

b) (  ) Pretérito perfeito.

c) (  ) Pretérito imperfeito.

d) (  ) Pretérito mais-que-perfeito.