Unidade Educacional: Colégio Estadual Princesa Izabel
Diretor: Wattson Mamedes de
Souza
Professora: Luciene Aparecida
Silvestre
Aluno (a):___________________________________________________
Série: 7ª Ano A e B
Taquaral de Goiás, 09 de Agosto de 2021
Atividades
de Língua Portuguesa referente ao 3ª Bimestre de 2021.
INSTRUÇÕES:
1.
Preencha o cabeçalho.
2.
Dê respostas completas a todas as questões. Faça letra legível.
3.
Leia as questões com atenção antes de respondê-las;
Leia o texto, a seguir, e respondas as atividades 01, 02, 03, 04 e 05.
FUGA
Mal o pai
colocou o papel na máquina, o menino começou a empurrar uma cadeira pela sala,
fazendo um barulho infernal.
− Para
com esse barulho, meu filho – falou, sem se voltar.
Com três
anos já sabia reagir como homem ao impacto das grandes injustiças paternas: não
estava fazendo barulho, estava só empurrando uma cadeira.
− Pois
então para de empurrar a cadeira.
− Eu vou
embora – foi a resposta.
Distraído,
o pai não reparou que ele juntava ação às palavras, no ato de juntar do chão
suas coisinhas, enrolando-as num pedaço de pano. Era a sua bagagem: um caminhão
de plástico com apenas três rodas, um resto de biscoito, uma chave (onde diabo
meteram a chave da despensa? – a mãe mais tarde irá dizer), metade de uma
tesourinha enferrujada, sua única arma para a grande aventura, um botão
amarrado num barbante.
A calma
que baixou então na sala era vagamente inquietante. De repente, o pai olhou ao
redor e não viu o menino. Deu com a porta da rua aberta, correu até o
portão:
− Viu um
menino saindo desta casa? – gritou para o operário que descansava diante da
obra do outro lado da rua, sentado no meio-fio.
− Saiu
agora mesmo com uma trouxinha – informou ele.
Correu
até a esquina e teve tempo de vê-lo ao longe, caminhando cabisbaixo ao longo do
muro. A trouxa, arrastada no chão, ia deixando pelo caminho alguns de seus
pertences: o botão, o pedaço de biscoito e – saíra de casa prevenido – uma
moeda de 1 cruzeiro.
Chamou-o,
mas ele apertou o passinho, abriu a correr em direção à avenida, como disposto
a atirar-se diante do ônibus que surgia à distância.
− Meu
filho, cuidado!
O ônibus
deu uma freada brusca, uma guinada para a esquerda, os pneus cantaram no
asfalto. O menino, assustado, arrepiou carreira. O pai precipitou-se e o
arrebanhou com o braço como a um animalzinho:
− Que
susto que você me passou, meu filho! – e apertava-o contra o peito,
comovido.
− Deixa
eu descer, papai. Você está me machucando. Irresoluto, o pai pensava agora se
não seria o caso de lhe dar umas palmadas:
−
Machucando, é? Fazer uma coisa dessas com seu pai.
− Me
larga. Eu quero ir embora. Trouxe-o para casa e o largou novamente na sala –
tendo antes o cuidado de fechar a porta da rua e retirar a chave, como ele
fizera com a da despensa.
− Fique
aí quietinho, está ouvindo? Papai está trabalhando.
− Fico,
mas vou empurrar esta cadeira. E o barulho recomeçou.
SABINO, Fernando. As melhores crônicas. Rio
de Janeiro: Record, 1986
01. No texto, qual o acontecimento que deu origem ao conflito?
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a) ( ) enquanto caminhava pela sala.
b) ( ) durante o retorno do filho.
c) ( ) sem olhar para o menino.
d) ( ) alto olhando para o garoto.
a) ( ) coisinhas.
b) ( ) palavras.
c) ( ) bagagem.
d) ( ) tesourinha.
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No último parágrafo do texto “Onde já se viu?”, de Tatiana
Belinky, a autora esclarece que gostaria muito de saber o que foi feito daquele
menino. Continue a crônica da autora.
Escreva sua crônica contando o que aconteceu ao menino da
livraria, insira detalhes descrevendo os lugares e as emoções que você sentiu
ao encontrá-lo.
Não se esqueça de revisar o seu texto, verificando aspectos
relativos à ortografia, à concordância e, se necessário, reescrever seu texto,
fazendo as devidas correções.