Colégio Estadual Princeza
Izabel - Taquaral
de Goiás-G0
Professor: Rayssa Garcia
Silva Fernandes
Aluna(o): _____________________________________________________________________________
Objetivo da Aula: (GO-EF08HI19-A) Identificar, a partir de fontes históricas e análise crítica de materiais didáticos e paradidáticos, sobre a escravização nas Américas, percebendo as formas de resistência e valorização da cultura negra, assim como, problematizando estereótipos e preconceitos.
Conteúdos: O escravismo no Brasil do século XIX: plantations e revoltas de escravizados, abolicionismo e políticas migratórias no Brasil Imperial:
Aula: 01
Brasil Império
O Brasil Império foi o período da história do Brasil que durou de 1822 a 1889.
O Brasil Império foi um período da história do
país que se iniciou em 1822, ano em que o Brasil se tornou independente de
Portugal e finalizou em 1889, momento da Proclamação da República.
Organizado politicamente como uma monarquia, o país foi
governado inicialmente por um imperador, D. Pedro I. O poder era transmitido de
maneira hereditária.
Esse período é dividido em três fases: Primeiro
Reinado (1822–1831), Período Regencial (1831–1840) e Segundo Reinado
(1840–1889).
Brasil Império – Resumo
O Brasil foi
o único país do continente americano a ter um regime monárquico estável e
reconhecido. O período compreendido entre 1822 a 1889, conhecido como o período
monárquico brasileiro, marcou a história do país.
O primeiro imperador foi D. Pedro I que atuou durante o
Primeiro Reinado. Ele foi o responsável pela independência do Brasil e pela
primeira constituição.
Sua popularidade ficou comprometida devido à derrota
na Guerra da Cisplatina e da adoção de
políticas impopulares. Dessa maneira, D. Pedro I abdica do trono em 1831.
Na época da abdicação, seu filho tinha apenas 5 anos de
idade. Por ser uma criança, instituiu-se o regime de Regência. Sem uma figura
central do Imperador, esta fase se caracterizou por diversas rebeliões
regenciais.
Em 1840, ocorre o Golpe da Maioridade, comandado pelos
liberais. Ao declarar a maioridade de D. Pedro II, com apenas 14 anos, eles
declaram que ele está apto a assumir o trono do império.
O Segundo Reinado, comandado por D. Pedro II, compreende o
período mais extenso do Brasil Império. Ele foi o chefe de Estado que ficou no
poder por mais tempo na história do país.
Conseguiu sufocar as revoltas e controlar as disputas entre
conservadores e liberais. Foi um período caracterizado por profundas mudanças
na estrutura da sociedade brasileira com a criação de diversas leis que
antecederam a abolição da escravidão, que foi realizada através da Lei
Áurea, em 1888.
Além da questão escravocrata, o afastamento ocorrido entre
Estado e Igreja, e entre Estado e Exército, marcaram o enfraquecimento da
monarquia. D. Pedro II esteve no poder até 15 de novembro de 1889, data da
Proclamação da República.
Primeiro Reinado
O Primeiro Reinado compreendeu o período de 1822 a
1831. Comandado por D. Pedro I, essa fase foi caracterizada pela instauração de
uma monarquia independente.
O início do Brasil Império foi bastante conturbado. Mesmo
após a proclamação da independência do Brasil, o imperador buscava assegurar os
interesses de Portugal e conter a fragmentação do
território.
O Brasil era composto por grupos conservadores e liberais. O
abolicionismo e a liberdade econômica eram temas que despertavam intensos
debates.
A Constituição do Brasil Império
Em 1823, D.Pedro I iniciou a formação de uma Assembleia
Constituinte para a elaboração de uma nova constituição para o país.
Entretanto, a Assembleia foi dissolvida por conter termos
que limitavam os poderes de D. Pedro I.
Com isso, a Constituição de 1824 foi outorgada no
mês de março. Foi a primeira constituição do país. Ela possuía um caráter
centralizador, dando plenos poderes ao imperador e concentrando a
atividade política para a classe privilegiada.
A abdicação de D. Pedro I
A abdicação de D. Pedro I ocorreu em um contexto
de agitação social no país. Episódios como a Confederação do Equador e a Guerra
da Cisplatina, contribuíram para o enfraquecimento da imagem do imperador no
país.
Após a vinda da família real, foi criado o Partido
Brasileiro (informalmente), composto por latifundiários e comerciantes.
Durante a crise do Primeiro Reinado, esse
partido ocupou o papel de oposição ao imperador. Ao mesmo tempo, o Partido
Português apoiava D. Pedro I.
Em março de 1831, ocorreu o episódio conhecido como a Noite das Garrafadas. Após viajar pelas
províncias do país, os portugueses organizam uma recepção ao imperador.
D. Pedro I foi recebido pelos portugueses residentes
no Rio de Janeiro com homenagens. Essa
atitude não agradou os brasileiros, que reagiram jogando garrafas.
Além das crises sociais vividas pelo Brasil, Portugal também
vivia uma profunda crise após a morte de D. João VI, que envolvia a sucessão do
trono português.
Todo esse contexto resultou na abdicação de D. Pedro I ao
trono do Brasil, no dia 7 de abril de 1831. O imperador volta para Portugal e
deixa seu filho de apenas 5 anos como sucessor do país.
As Regências (1831–1840)
O Período Regencial envolveu momentos de profunda
tensão política. De acordo com a Constituição de 1824, só poderia ocupar o
cargo de imperador alguém maior de 18 anos de idade.
D. Pedro II tinha apenas 5 anos quando seu pai, D. Pedro I,
voltou para Portugal. Dessa maneira, até ele alcançar a maioridade determinada
pela Constituição para assumir o cargo de imperador, o país foi comandado por
quatro regências. Foram elas:
Regência Trina Provisória (1831)
Regência Trina Permanente (1831–1835)
Una de Feijó (1835–1837)
Una de Araújo Lima (1837–1840)
Durante esse período, o Brasil vivenciou diversas rebeliões
regenciais que ameaçaram a unidade do país. Foram elas:
Concomitante às revoltas, houve uma estruturação das Forças
Armadas para garantir a unidade do território nacional.
Durante esse período, dois partidos políticos centralizaram
as discussões em torno da política do país, o Partido Liberal e o Partido
Conservador.
Ambos ocuparam o poder durante o Período Regencial. O
Golpe da Maioridade marcou o final desse período.
Viam na antecipação da maioridade de D. Pedro II a solução
para a luta entre os partidos políticos e para os conflitos nas províncias.
Acreditavam que o país precisava de uma figura central para
manter a ordem nacional. Assim, D. Pedro II ocupa o trono com 14 anos.
Segundo Reinado
O Segundo Reinado é considerado o período de maior
estabilidade política no período do Brasil Império.
D. Pedro II manteve o equilíbrio entre o partido liberal e o
conservador e aparelhou as instituições públicas com aliados políticos.
Foi uma fase marcada pela modernização do país, com a
construção de estradas de ferro, de um pequeno trecho de telégrafo elétrico e
de um sistema de gás para a iluminação pública. Esses foram os feitos
modernizantes mais marcantes dessa fase.
Esse período foi marcado pelo início do processo de
industrialização do país, centrada na figura do Barão de Mauá, o responsável
por inaugurar a primeira estrada de ferro do Brasil. O período dos seus
investimentos no país ficou conhecido como Era Mauá.
D. Pedro II no poder marcou o florescimento das artes como
um todo (teatro, arquitetura, literatura, e artes visuais).
Economia e sociedade no Segundo Reinado
O café foi a principal atividade
econômica durante o Império. As plantações de café se concentravam na Região
Sudeste e se tornou a atividade responsável pelo surgimento da
aristocracia durante o Segundo Reinado.
A abolição do trabalho escravo em 1888, provocou uma
profunda crise nas zonas cafeeiras. O trabalho escravo teve que ser substituído
pelo assalariado, o que gerava gastos aos grandes latifundiários.
Por isso eles compuseram o setor que mais se posicionou
contra a abolição da escravatura.
Já em relação à indústria, os anos de 1850 a 1860 ficaram
conhecidos como a Era Mauá. A atuação do empresário Irineu Evangelista de
Souza, o Barão de Mauá, foi a grande responsável pelas mudanças industriais
ocorridas no Brasil.
Ele investiu nas estradas de ferro, em companhias de
navegação e companhias de gás.
Crise do império
O fim do período imperial foi marcado por uma
profunda crise e instabilidade política. Três questões marcaram o fim do
Império:
Questão escravocrata: a campanha abolicionista desse período
causou grande insatisfação nas elites econômicas que sustentavam suas produções
por meio do trabalho escravo;
Questão religiosa: a relação do governo imperial com a
Igreja Católica estava abalada;
Questão militar: ocorreram diversos embates entre a
monarquia e o exército após a Guerra do Paraguai.
A partir das tensões ocorridas entre o exército e o governo
imperial, vários militares aderem à campanha republicana.
Com isso, no dia 15 de novembro de 1889, o marechal Deodoro
da Fonseca depõe a monarquia e proclama a República no Brasil.
Atividades - História
1. Única Nação da América do Sul a adotar a monarquia
como forma de governo:
a) Argentina
b) Venezuela
c) Guiana Francesa
d) Brasil
2. Em 1806, o imperador da França, Napoleão Bonaparte,
decretou o bloqueio continental da França. Seu objetivo era:
a) prejudicar a economia inglesa, a mais industrializada da
Europa.
b) favorecer a economia inglesa, a menos industrializada da
Europa.
c) manter uma política de neutralidade, pois não queria
favorecer a Inglaterra e prejudicar Portugal.
d) proibir o acesso dos ingleses nas fronteiras da França.
3. Motivou a fuga da corte portuguesa para o Brasil:
a) O ataque das tropas inglesas.
b) a invasão das tropas francesas.
c) o empobrecimento de Portugal.
d) a riqueza de minérios e a exploração do pau-brasil.
4. É considerada a primeira capital do império português.
a) Salvador
b) Santos
c) Brasília
d) Rio de Janeiro
5. Movimento armado em Recife contra o domínio português
por causa do aumento de impostos e ideias republicanas de independência.
a) A revolução do Porto
b) Insurreição Pernambucana
c) Batalha do Jenipapo
d) Guerra dos Farrapos.
6. Foi imposta ao povo pelo imperador, sem uma ampla
discussão entre os parlamentares que deveriam criá-la. A afirmação
refere-se:
a) à Imprensa Régia
b) às faculdades de educação.
c) à Constituição Brasileira
d) à criação de províncias.
7. A dissolução da Assembleia Constituinte em 1823
provocou insatisfação em diversas províncias. No Nordeste, por exemplo, as
províncias de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará se declararam
independentes do Brasil e formaram:
a) a Guarda Nacional
b) o Bloco de Oposição
c) a Confederação do Equador
d) A Liga da Justiça
8. Líder da Confederação do Equador, condenado à morte
pelo governo português:
a) Frei Caneca
b) Frei Careca
c) Frei Canindé
d) Frei Arthur
9. Revolta provocada principalmente pela
insatisfação dos fazendeiros gaúchos com os altos impostos cobrados pelo
governo sobre os seus produtos.
a) Cabanagem
b) Revolução Farroupilha
c) Revolta dos Malês
d) Sabinada
10. O Golpe da Maioridade, datado de julho de
1840 e que elevou D. Pedro II a imperador do Brasil, foi justificado como
sendo:
a) uma estratégia para manter a unidade nacional, abalada pelas sucessivas
rebeliões provinciais;
b) o único caminho para que o país alcançasse novo patamar de desenvolvimento
econômico e social;
c) a melhor saída para impedir que o Partido Liberal dominasse a política
nacional;
d) a forma mais viável para o governo aceitar a proclamação da República e a
abolição da escravidão;