Colégio Estadual Princeza
Izabel - Taquaral
de Goiás-G0
Professor: Rayssa Garcia
Silva Fernandes
Aluna(o):
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Objetivo da Aula: (EF06HI10) Explicar a formação da Grécia Antiga, com
ênfase na formação da polis e nas transformações políticas, sociais e
culturais.
Conteúdos: Inclusão e exclusão na Antiguidade Grega e Romana
Aula: 01
Roma
e Grécia Antiga
As civilizações clássicas que compõem a Antiguidade
Ocidental – Roma e Grécia – formaram a base de nossa
civilização, ou seja, as sociedades ocidentais modernas. Em muitos campos,
elas se confundem e, por isso, se tornaram conhecidas como cultura
greco-latina.
Se da Grécia Antiga adotamos os conceitos
políticos como monarquia, tirania, democracia, hegemonia e conceitos
filosóficos como antropocentrismo, idealismo e racionalismo, da Roma
Antiga adotamos o conceito de cidadania e justiça, a língua latina e suas
derivações e o cristianismo.
Roma Antiga
A cidade de Roma, situada entre colinas e em local
estratégico para a comunicação, foi o berço da civilização romana. Com o tempo,
os romanos iniciaram sua expansão por todo o Mediterrâneo, que chamaram
de mare nostrum (“mar nosso’’).
As origens de Roma
Por volta do II milênio a.C., a península Itálica, situada
no sul da Europa e avançando pelo mar Mediterrâneo, começou a ser habitada por
diferentes povos, dentre eles os latinos.
Esses povos ocuparam uma planície próxima ao rio Tibre, onde
fundaram aldeias e à qual deram o nome de Lácio. Aos poucos, eles foram se
agrupando em volta de seu povoado mais importante, Roma, que se tornou uma
das maiores cidades da Antiguidade.
A civilização romana desenvolveu-se em
torno do mar Mediterrâneo. Os romanos dominaram territórios situados nos três
continentes banhados por esse mar – Europa, Ásia e África -, construindo um
poderoso império.
A divisão da história
romana
A civilização romana se estendeu desde a fundação da cidade,
em 753 a.C, até o fim do Império Romano do Ocidente, em 476 d.C.
A história política da Roma Antiga divide-se em três fases:
Monarquia Romana: período que durou até 509
a.C., quando ocorreu a expulsão dos etruscos;
República Romana: até o ano 27 a.C;
Império Romano: que terminou em 476 d.C.
O Império Romano em sua maior extensão (século II)
Sociedade Romana
Os descendentes dos primeiros habitantes da península
itálica eram os senhores das terras e ficaram conhecidos como patrícios.
Populações latinas também se dirigiram para aquele sítio e
foram bem recebidas pelos antigos habitantes, que precisavam de mais braços
naquele local. Estes foram nomeados clientes e podiam se misturar às
famílias mais tradicionais por meio do casamento.
Por último, chegaram outros grupos não tão bem recebidos,
mas que poderiam ficar para trabalhar nas terras dos patrícios, sem, contudo,
terem terras próprias para seu sustento. Estes eram os plebeus.
Ainda existiam homens na condição de escravos, obtidos
em campanhas militares dos latinos contra outras populações. Aqueles que eram
capturados tornavam-se escravos em Roma. Contudo, a maior parte do trabalho, na
monarquia, não era escravo, pois era desempenhado pelos homens livres e pobres,
os plebeus.
O Direito romano
A legislação romana e seu sistema judiciário eram complexos.
Para se ter uma ideia dessa complexidade, podemos assinalar a divisão do
Direito romano em três divisões.
Jus naturale: afirmava os direitos naturais do
homem que deveriam ser observados pelo Estado,
Jus civile: assinalava a existência dos direitos
de cidadania, ou seja, os direitos constituídos no seio da sociedade humana em
suas variadas relações, aí se encontrava a vida política.
Jus gentium: correspondia ao reconhecimento das
especificidades dos povos abrigados pelo império romano, garantindo as
tradições e as comemorações que marcavam identidades no interior da unidade
romana.
O latim
Sem dúvida alguma, a língua romana foi uma peça importante
de seu imperialismo. Povos submetidos deveriam, para participar da vida
política, aprender a língua romana. Assim, o latim foi elemento de
romanização do Império.
Adiante, com as invasões bárbaras, o latim permaneceu como
referência de língua sagrada, adotado pela Igreja Católica, e também misturado
às línguas germânicas dos grupos invasores. O resultado foi a formação de
línguas chamadas de neolatinas faladas até hoje, como o português, o espanhol,
o francês e o italiano moderno.
Literatura
A literatura romana foi muito desenvolvida, com a
produção de textos poéticos e em prosa, mas os discursos políticos são os mais
impressionantes desse universo literário.
Tito Lívio, Ovídio, Virgílio, Horácio, Cícero, Sêneca, o
imperador Marco Aurélio são alguns dos nomes importantes do mundo intelectual
romano. História, poesia, sátiras, filosofia e política foram campos de grande
produção literária.
Religião
No campo religioso, antes da adoção do monoteísmo
cristão, os romanos eram politeístas e seus deuses foram tomados dos gregos,
latinizando-se os nomes. Além desses deuses, havia os protetores domésticos e o
culto aos ancestrais.
Arquitetura
Na arquitetura, a influência grega também esteve
presente. Entretanto, o espírito prático dos romanos destacou-se na construção
de estradas, esgotos, aquedutos, estádios, colunas e arcos do triunfo.
Grécia Antiga
A sociedade grega se fixou na península Balcânica, região
que apresenta um relevo montanhoso, o que favoreceu a formação de comunidades
independentes umas das outras nos aspectos político, militar e econômico.
Em comum havia a língua, a religião, os usos e costumes.
A cultura grega foi o elemento de união
e de identificação do antigo povo grego. A confraternização geral entre os
gregos era realizada nas festividades religiosas, que também envolviam
competições esportivas e literárias.
A Grécia foi também o berço da democracia, já que as
medidas administrativas eram discutidas e aprovadas pelo conjunto de cidadãos.
A Península Balcânica
Origem
Os primeiros habitantes da Grécia foram os pelágios, ou
pelasgos, que ocupavam o litoral e estavam organizados em comunidades. Eles acabaram
assimilados por povos indo-europeus que invadiram a península Balcânica a
partir de 2000 a.C, episódio que originou a formação do povo grego.
A divisão da história grega
Tradicionalmente, a história política da Grécia Antiga é
dividida em cinco períodos, conforme podemos ver abaixo:
Período Pré-Homérico: Do século XX ao
século XII a.C. – Civilização creto-micênica
Período Homérico: Do século XII ao
século VIII a.C. – Sistema gentílico
Período Arcaico: Do século VIII ao século V a.C. –
Surgimento das Cidades-estados como Esparta e Atenas.
Período Clássico: Do século V ao
século IV a. C. – Guerras de hegemonia
Período Helenístico: Do século IV ao
século III a. C. – Domínio macedônico e intensos contatos com o Oriente
Sociedade grega
A sociedade grega estava dividida em cidadãos e
não-cidadãos.
Os cidadãos, entre os quais havia pessoas muito ricas e
outras mais humildes, desfrutavam de todos os direitos políticos, participavam
da vida pública e eram obrigados a pagar impostos. Em Atenas, elevavam-se à
categoria de cidadãos apenas os homens adultos filhos de país atenienses. Em
outras cidades, como Esparta, por exemplo, existia uma nobreza que tinha
autoridade social e política.
A maioria da população da Grécia Antiga, entretanto, era
de não-cidadãos, que não gozavam de direitos políticos, a exemplo das
mulheres, dos escravos e dos estrangeiros (metecos). Contudo, a situação
variava:
Os estrangeiros, considerados livres, dedicavam-se
principalmente ao comércio e ao artesanato. Pagavam impostos e faziam parte do
exército, mas não possuíam terras nem casas.
Os escravos eram propriedade de uma família,
constituindo importante força de trabalho no serviço doméstico e na
agricultura. Por vezes eram prisioneiros de guerra ou filhos de escravos.
Os homens livres, cidadãos ou não, podiam se tomar soldados.
Religião
Os gregos eram politeístas e adeptos do antropomorfismo,
isto é, seus deuses eram representados sob a forma humana em sua absoluta
perfeição.
De acordo com a mitologia, os deuses possuíam todas as
qualidades e defeitos dos mortais e, por serem deuses, essas virtudes e
defeitos eram também em proporções divinas. Os deuses eram guerreiros violentos
e vingativos, sujeitos ao ciúme, à inveja, à soberba, ao amor e ao ódio.
A trindade máxima era composta por Zeus, senhor da
Terra e do céu, Poseidon, senhor dos mares e dos ventos, e Hades,
senhor do mundo inferior e dos mortos.
O Monte Olimpo era considerado a morada dos deuses sob a
presidência de Zeus, o deus mais importante, o deus dos deuses.
Arquitetura
O estilo arquitetônico grego, pela sua harmonia, composição
simétrica e elegância, tem servido de modelo e de inspiração, atravessando
tempo e distâncias.
O estilo jônico apresenta a coluna canelada, e
o capitel levemente trabalhado.
O estilo coríntio apresenta o capitel mais
ornamentado.
O estilo dórico se caracterizou por apresentar
colunas simples e sóbrias com capitel liso.
Escultura
Os gregos alcançaram a perfeição, demonstrando grande
conhecimento da anatomia humana e animal.
As esculturas também eram utilizadas para adornar os
templos. Fídias, amigo de Péricles, foi o escultor mais famoso, responsável
pelas obras da Acrópole ateniense.
Pintura
Foi muito utilizada para decorar cerâmicas e retratava cenas
religiosas, desportivas, militares e cotidianas.
Teatro
Os teatros eram auditórios ao ar livre e o público se
sentava em bancos de pedra. Os gregos eram incentivados a frequentar o teatro,
considerado parte essencial de sua educação.
Os gregos criaram dois gêneros: a tragédia e
a comédia.
A tragédia era tida como a expressão mais nobre do
teatro e significava “canto do bode”. Ela esmiuçava a natureza do mal, das
contradições humanas, enfatizava as paixões humanas, mostrando o homem como
joguete nas mãos dos deuses. Personagens divinos e humanos faziam parte das
peças, mostrando suas preferências e suas contradições.
A comédia satirizava a política e os costumes da
época. As peças eram encenadas por atores que utilizavam máscaras que
identificavam o personagem como velho ou moço, homem ou mulher, feliz ou
triste.
Diferentes máscaras permitiam ao ator interpretar vários
papéis na peça.
Filosofia
No início, os mitos explicavam a origem do mundo e a
realidade à sua volta, portanto tudo era consequência da vontade e do capricho
dos deuses.
Com o tempo, os gregos passaram a buscar explicações
racionais para esses acontecimentos na tentativa de compreender e explicar as coisas
ao seu redor, nascendo, assim, a filosofia, isto é, o “amor ao saber”.
O apogeu da filosofia grega deu-se
com Sócrates, Platão e Aristóteles.
Bibliografia:
FUNARI, Pedro Paulo. Grécia e Roma: vida pública e vida privada. São Paulo: Contexto, 2011.
Atividade
1.Roma Antiga situa-se na:
a) Península Itálica,
b) Península Ibérica;
c) Península Escandinava;
d) Península Balcânica.
2.Os mares que banham Roma são:
a) Mediterrâneo, Egeu e Jônico;
b) Atlântico, Egeu e Jônico;
c) Mediterrâneo, Adriático e Tirreno;
d) Pacífico, Atlântico e Jônio.
3. Os principais povos formadores de Roma
são:________________________________
4. Explique a origem de Roma segundo a mitologia:
___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
5. Explique o surgimento de Roma de acordo com os historiadores:
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
6. Observe a figura da sociedade romana na época da
monarquia. Explique cada uma das "classes":