sexta-feira, 11 de junho de 2021

Atividades de Língua Portuguesa - 8º ano A e B.

 

Disciplina

Série

Data

 

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 Língua Portuguesa

8° série A e B

  14- 06-2021

  




Unidade Educacional: Colégio Estadual Princesa Izabel.

Diretor: Wattson Mamedes de Souza.

Professora: Aline Lorrana Maia.

Aluno (a):___________________________________________________ Série: 8º A e B.


Atividades de Língua Portuguesa referentes ao 2º Bimestre de 2021

Retomando o gênero textual crônica

 




Vamos relembrar?

A crônica é um gênero textual muito presente em jornais, revistas, portais de internet e blogs. O gênero se destaca por abordar aspectos do cotidiano, ou seja, questões comuns do nosso dia a dia. Voltados ao cotidiano das cidades e podem ser entendidos como um retrato verbal particular dos acontecimentos urbanos. Os bons cronistas são aqueles que conseguem perceber, no dia a dia de suas vidas, impressões, ideias ou visões da realidade que não foram percebidas por todos.

O objetivo das crônicas é provocar uma reflexão sobre o assunto abordado. Os cronistas costumam identificar aspectos que, muitas vezes, passam despercebidos pelo restante da sociedade, mas que merecem observação e análise.

 

Características

 

A crônica mescla a tipologia narrativa com trechos reflexivos e, em alguns casos, argumentativos. A linguagem da crônica costuma ser leve, marcada por coloquialidade e, não raro, cada cronista tem seu estilo próprio no uso das palavras. Os temas comuns a esse gênero são os mais variados possíveis. Qualquer assunto cotidiano pode ser motivo de crônica. Por ser um gênero nascido na cidade, é comum que tudo que ocorra no ambiente urbano passe a ser escrito em forma de crônica.

Tipos de crônica

Existem diversos tipos de crônicas, desde as apenas narrativas, passando pelas crônicas jornalísticas até chegar em crônicas poéticas, que flertam com o literário. Inclusive, alguns grandes escritores brasileiros, como Machado de Assis, Lima Barreto ou Clarice Lispector foram renomados cronistas em seus tempos.

Disponível em: https://www.portugues.com.br/literatura/a-cronica-.html Acesso: 06, maio, 2021. (Adaptado)

 

Agora vamos falar de articuladores textuais

Mas o que são esses articuladores textuais?

Os conectores discursivos são responsáveis pela articulação e progressão textuais. A utilização adequada desses recursos possibilita a redação de um texto claro e eficiente.

É fundamental que o autor de um texto exponha suas ideias de maneira clara e objetiva e construa parágrafos, períodos e orações muito bem articulados.

Essa articulação atribui a coesão textual, que é explicitada por meio de elementos de conexão são, normalmente, conjunções, advérbios e pronomes. A utilização adequada dos elementos de coesão promove o encadeamento das ideias e contribui para a progressão textual.

Há inúmeros conectores discursivos para que você possa redigir um texto com excelente articulação de ideias, com orações completas e sintaticamente bem estruturadas, além da pontuação. Entretanto, se forem mal empregados, reduzem a capacidade de compreensão da mensagem e comprometem o texto.

Consultem, na tabela, alguns dos principais conectores discursivos e os efeitos de sentido que agregam às orações, aos períodos e aos parágrafos.

Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/redacao/conectores-discursivos.htm Acesso: 06, maio, 2021. (Adaptado

Tabela com alguns dos principais conectores discursivos:

Adição

E, pois, além disso, e ainda, mas também, por um lado … por outro

Causa

É evidente que, certamente, naturalmente, evidentemente, por

Reafirmação

Nesse sentido, nessa perspectiva, em outras palavras, ou seja, novamente, em suma, em resumo, dessa forma, outrossim, dessarte, destarte

Semelhança

Do mesmo modo, tal como, assim como, pela mesma razão

Oposição/restrição

Mas, apesar de, no entanto, entretanto, porém, contudo, todavia, tampouco, por outro lado

Ligação temporal

Atualmente, contemporaneamente, após a década de, antes de, em seguida, até que, quando

Hipótese

A menos que, supondo que, mesmo que, salvo se, exceto se

Conclusão

Portanto, logo, enfim, à guisa de conclusão, em suma, concluindo, para que

Finalidade

Para, para que, com o intuito de, com o objetivo de, a fim de

Agora que você conheceu alguns dos vários elementos de coesão textual, leia a crônica de Carlos Drummond de Andrade e observe como os conectivos contribuem para a estruturação e organização das informações no texto:

Imagem disponível em: https://arteemanhasdalingua.blogspot.com/search?q=furto+de+flor Acesso: 7 de maio, 2021.

 


Furto de Flor
 
Furtei uma flor daquele jardim. O porteiro do edifício cochilava, e eu furtei a flor.

Trouxe-a para casa e coloquei-a no copo com água. Logo senti que ela não estava feliz. O copo destina-se a beber, e flor não é para ser bebida.
Passei-a para o vaso, e notei que ela me agradecia, revelando melhor sua delicada composição. Quantas novidades há numa flor, se a contemplarmos bem.
Sendo autor do furto, eu assumira a obrigação de conservá-la.
Renovei a água do vaso, mas a flor empalidecia. Temi por sua vida. Não adiantava restituí-la no jardim. Nem apelar para o médico de flores. Eu a furtara, eu a via morrer. murcha, e com a cor particular da morte, peguei-a docemente e fui depositá-la no jardim onde desabrochara. O porteiro estava atento e repreendeu-me.
 
Disponível em: https://ead.pucpr.br/blog/o-que-e-cronica Acesso: 06, maio, 2021. (Adaptado)

Como você pôde observar, o texto apresenta um repertório diversificado de recursos coesivos (conjunções, pronomes, advérbios, palavras do mesmo campo lexical, conectores sequenciais), os quais são empregados para que as informações sejam expostas com clareza e objetividade.


Atividades:

1.  A tirinha dialoga com o texto Furto de Flor de Drummond? Explique seu raciocínio,  dizendo que                       crítica encontra-se embutida nela:


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Leia o texto e responda as questões:

 

FASCINAÇÃO

Adelice da Silveira Barros

 

"Fascina-me estar aqui, ver o planeta Terra, ser parte de sua história, caminhar por seu solo, fecundá-lo e criar raízes, respirar o ar todas as manhãs; é uma vida privilegiada, aproveitemo-nos dela, que não estamos aqui por acidente nem coincidência, temos um propósito, nós fomos escolhidos." Gostaria que estas fossem palavras minhas, mas elas pertencem a Douglas Weelock, astronauta da Nasa. Esse e outros dizeres acompanham um vídeo enviado por ele, via Twitter, do interior da Estação Espacial Internacional. São fotos do planeta Terra. Todas de uma beleza comovente. Recebi-as pelas mãos de Lauro Moreira. Obrigada, Lauro, pelo magnifico presente.

Impossível não sermos tocados pelo esplendor daquela visão. Percebi que assistir ao vídeo não bastava. A magnitude do espetáculo cobrava mais. Era preciso estar lá: sentir, viver, emocionar-se, chorar. Aplaudir a grandiosidade do nosso planeta. Em consentida alienação, transmudei-me para o interior da aeronave. Era dia. A sequência de imagens me deixou em êxtase. Sobrevoámos o Oceano Índico, e a visão de uma ilha misteriosa, em forma de chapéu, solta entre o azul do céu e do mar, era de uma leveza tamanha que criei asas e voei. Sob o efeito da luz, a Terra é neve, é areia, é véu. É noiva de feições delicadas. É suavidade, maciez, aconchego. O pôr do sol, uma verdadeira explosão de cores, é de tirar o fôlego, mas nem por isso ofusca a beleza da noite. Noite é glamour, é sedução, é mistério.

Para a ocasião, a Terra, mulher vaidosa, prepara-se com requintes de grande dama. Trajando longo vestido azul escuro, cravejado de ouro e brilhante, faz-se enigmática e sedutora. Verdadeiro deslumbramento! Emocionada eu pensava: Deus é perfeição. Nosso planeta é Deus. Agradeci a Ele o privilégio de ser parte do rebanho que povoa Sua magnifica criação. Em seguida, pedi perdão por minhas ranzinzices, pela insatisfação com a vida, pelo descaso com um bem que recebi por doação. Lamentei cada dia, hora, minuto que tive a petulância de desperdiçar com futilidades. Pedi perdão também pelos danos que causei ao meio ambiente e ao meu irmão. O que me atenuou a culpa foi a lembrança das inúmeras árvores que venho plantado ao longo da vida e de alguns pequenos auxílios que presto a quem de mim necessita.

O vídeo chega ao fim. E a magia também. Olho em volta. Desentendida, questiono: Este é o planeta que visto do alto me levou ao estado de graça? Sentido na sola dos pés a crosta áspera da realidade, vejo a Terra agredida e o homem assustado. Vejo rios poluídos, cidades esmolambadas, escolas fechadas. Vejo corrupção, violência. O povo antes amável, está agressivo, sem fé nem esperança no poder público do qual depende. Como é possível um planeta perfeito gerar e abrigar seres tão incoerentes, acéfalos, aleijados de mente e de espírito? A perfeição existe. Eu sou testemunha. Mas contra a harmonia trabalha a aberração. E a aberração somos nós, os humanos, seres dotados de pensamento, ditos superiores. Superiores! Nossa atuação aponta para o individualismo, a mesquinhez, a soberba e a ganância. Não condeno todas as nações, assim como absolvo parte de meus compatriotas. Buscando soluções, veio-me a ideia que, sobe a emoção, me pareceu brilhante: colocar em naves espaciais aqueles que atentam contra o bom comportamento. Tenho certeza de que voltarão reabilitados. Se é verdade que fui escolhida, que há um propósito no meu existir, imploro a quem de direito que me retire dos olhos a venda que me cega.


Disponível em: https://d335luupugsy2.cloudfront.net/cms%2Ffiles%2F13223%2F1618233179e-book_cronicas_v_final_2.pdf .Acesso em: 22, abr. 2021.



Analisando o texto:


Sabemos que os textos cumprem uma função social e possuem propósitos comunicativos, intenções do                           autor para com seus leitores. Nesse sentido, responda:

 

2.    Qual a principal finalidade desse texto?

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3.    O assunto de um texto é mais generalizado, tem um significado mais amplo, mais geral, pode ser                         desdobrado em diversos temas. Assim, qual é o assunto abordado nesse texto?

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4.    Em relação ao texto Fascinação, de Adelice da Silveira Barros, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.

( ) "Fascina-me estar aqui, ver o planeta Terra, ser parte de sua história, caminhar por seu solo, fecundá-lo e criar raízes, respirar o ar todas as manhãs; é uma vida privilegiada, aproveitemo-nos dela, que não estamos aqui por acidente nem coincidência, temos um propósito, nós fomos escolhidos." No texto, a autora afirma que estas são palavras dela.

( ) “Impossível não sermos tocados pelo esplendor daquela visão. Percebi que assistir ao vídeo não bastava. A magnitude do espetáculo cobrava mais. Era preciso estar lá: sentir, viver, emocionar-se, chorar. Aplaudir a grandiosidade do nosso planeta”. Estas são reflexões de Douglas Weelock, astronauta da Nasa.

( ) No texto, a autora questiona como ser possível um planeta perfeito gerar e abrigar seres tão incoerentes, acéfalos, aleijados de mente e de espírito e afirma ainda que a perfeição existe e que ela é testemunha.

( ) “Não condeno todas as nações, assim como absolvo parte de meus compatriotas. Buscando soluções, veio-me a ideia que, sobe a emoção, me pareceu brilhante: colocar em naves espaciais aqueles que atentam contra o bom comportamento”. O trecho do texto evidencia que ele foi narrado em primeira pessoa.

 

Assinale a sequência correta.

a)  ( ) V, V, F, F

b)  ( ) V, V, V, F

c)  ( ) F, V, F, F

d)  ( ) F, F, V, V

5.      Releia o fragmento:

“Como é possível um planeta perfeito gerar e abrigar seres tão incoerentes, acéfalos, aleijados de mente e de espírito? A perfeição existe. Eu sou testemunha. Mas contra a harmonia trabalha a aberração. E a aberração somos nós, os humanos, seres dotados de pensamento, ditos superiores. Superiores!”

A conjunção em destaque, no fragmento acima, introduz a ideia de:

a)  ( ) adição.

b)  ( ) oposição.

c)  ( ) explicação.

d)  ( ) adição.

 

6.      Em: “Não condeno todas as nações, assim como absolvo parte de meus compatriotas. Buscando soluções, veio-me a ideia que, sobe a emoção, me pareceu brilhante: colocar em naves espaciais aqueles que atentam contra o bom comportamento. Tenho certeza de que voltarão reabilitados.”. O termo negritado tem o valor de                      um (a):

a)  ( ) construção linguística que apresenta relação causal.

b)  ( ) construção linguística que apresenta uma relação de semelhança.

c)  ( ) conectivo com valor de condição, pois indica uma hipótese.

d)  ( ) conectivo com valor de adição, pois serve para adicionar uma ideia à outra.