Colégio Estadual Princesa Izabel - Taquaral de Goiás-G0
Diretor: Wattson Mamedes
de Souza
Professora: Pabliny Ribeiro
Souto
Série: 8ª Ano A e B
Aluna(o):
______________________________________
Data
da entrega: Ainda hoje 19/05/2021 até as 23:59 horas da noite.
Atividades de Estudo
Orientado referente ao 2ª Bimestre de 2021.
Plano de Ação/SIGAE
INSTRUÇÕES:
1. Preencha o cabeçalho.
2. Dê respostas completas
a todas as questões. Faça letra legível.
3. Leia as questões com
atenção antes de respondê-las;
UNIDADE TEMÁTICA: Redescobrindo
Frankentein na sala de aula.
OBJETO DE CONHECIMENTO:
Leitura, interpretação e compreensão de obras literárias, conduzindo os/as alunos/as
a dialogar com os gêneros discursivos abordados pelas disciplinas;
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Lingua
Portuguesa e Estudo Orientado.
TEMA: A HISTÓRIA DE VICTOR FRANKENSTEIN
Resumo
do livro Frankestein, escrito por Mary Shelley
Victor Frankenstein era um rapaz inteligente desde criança. Ele tinha
paixão por ciências naturais e estudava tudo sobre o assunto. Depois de muitos
anos de estudo, ele resolveu que queria fazer algo que fosse memorável para a
humanidade, algo nunca feito antes: construir um ser humano sem utilizar
esperma ou óvulos. Para muitos, isso era um sonho impossível, mas não para
Victor, ele tinha uma enorme ânsia e vontade para com isso. Durante meses
vasculhou cemitérios recolhendo órgãos para realizar sua façanha. Durante todo
o seu projeto, ele afastou-se completamente de sua vida social; família e
amigos não tiveram qualquer importância. Após aproximadamente dois anos de um
trabalho árduo, Victor finalmente conclui sua criatura, mas assim que ela
acorda, ele se assusta com o monstro que criou. Ela era tão horrenda que o único
impulso do criador foi ir para longe o mais rápido possível. Passado este
episódio, a criatura começa a atormentar Victor fazendo aparições esporádicas
em sua casa. Certo dia, ela (a criatura) resolve desaparecer e ir para a
floresta, onde não tinha dificuldades para encontrar comida e, no meio desta
floresta, encontrou uma casa com um celeiro ao lado. A criatura passou muito
tempo nesse celeiro observando a família que morava na casa. Com a família,
aprendeu a falar, ler, ter sentimentos e ser uma pessoa íntegra. Não apenas um
monstro. Depois de muito tempo observando essa família, a criatura decide falar
com o senhor da casa, dizer que o amava e que queria ter uma família para
chamar de sua. O velho se assusta, mas não consegue vê-lo, pois era cego. Porém,
ao chegarem em casa, seus filhos vêem aquela cena estranha e acuam o monstro
para fora da casa devido à sua tamanha feiúra. Sentindo-se rejeitado, até mesmo
por seu criador, a criatura vai embora do celeiro para começar a matar os entes
queridos de Victor, para que assim ele sinta a mesma dor que ele sentia por não
ter uma família. O primeiro a ser atacado pelo monstro foi William, o irmão
mais novo de Victor. Ao receber uma carta de seu pai, Victor volta à sua terra
natal, Genebra, para velar o irmão falecido. Enquanto passeava pelas montanhas
ele encontrou sua criatura, que estava completamente diferente desta vez: muito
mais articulada do que quando Victor a abandonou. Ela diz que pretende sair da
vida de Victor e de todos os seres humanos, mas com uma única condição: que ele
construa uma fêmea para ela. Mesmo muito relutante Victor aceita a condição
imposta pelo monstro.
Retornando à sua família, ele
encontra Elizabeth, uma amiga de infância a qual sempre amou e a pede em
casamento. Logo após isso, ele volta com seu amigo Clerval para a Inglaterra e
de lá vai para uma ilha onde começa a construir a fêmea para sua criatura,
porém assim que começa seu novo projeto, ele resolve cancelá-lo com medo de que
assim ele crie uma geração de monstros que assombrem a humanidade. O monstro descobre o descumprimento do acordo
e fica tão furioso que mata Clerval. Victor é incriminado pelo assassinato, mas
consegue provar que não foi o autor e assim volta para a sua família em Genebra
e mesmo com medo de que o monstro tente matar Elizabeth, eles se casam. No
mesmo dia vão para a lua de mel e na noite de núpcias, enquanto Victor sai para
vigiar o lugar, o monstro aparece e estrangula a esposa de seu criador. Desolado,
Victor volta para casa e conta a notícia ao seu pai, que fica tão chocado que
adoece e morre. Sem mais nenhum parente, Victor resolve ir à caça ao monstro.
As pistas seguidas o levam ao Pólo Norte quando encontra um navio que o
resgata, pois ele se encontrava com uma aparência muito doentia. Victor, mesmo
muito fraco, consegue contar sua história ao Capitão do navio e logo depois
morre. O Capitão se surpreende ao encontrar a criatura dentro da cabine do
navio chorando pela morte de seu criador. Ela promete continuar seguindo ao
Norte e de lá não voltar mais, dando paz a todos os seres humanos.
TEXTO: A HISTÓRIA DE VICTOR
FRANKENSTEIN -(FRAGMENTO) - MARY SHELLEY
Capitulo IV – O mistério é
desvendado (Fragmento)
Mary Shelley
[...]
A partir de então as
Ciências Naturais e particularmente a Química tornaram-se minha única ocupação.
Lia aqueles livros com ardor e assistia a todas as aulas. O Prof. Waldman –
esse era o seu nome – tornou-se um verdadeiro amigo. De mil maneiras facilitou,
para mim, os estudos. Eu ganhava força e logo tornei-me tão ardente e ansioso
por conhecimentos que, frequentemente, o dia amanhecia enquanto eu ainda estava
trabalhando em meu laboratório.
Dois anos passaram-se
dessa maneira. Não fui nenhuma vez a Genebra; estava ocupado, de corpo e alma,
na pesquisa de algumas descobertas que desejava fazer. Consegui desenvolver
melhorias em alguns instrumentos química, o que me proporcionou grande estima e
admiração na Universidade. Quando cheguei a esse ponto, tendo me tornado bem
familiarizado com a teoria e prática das Ciências Naturais, minha permanência
em Ingolstadt não era mais necessária; Pensei em retornar para meus amigos e
minha cidade natal, quando um incidente retornou minha partida.
Um dos fenômenos que, em
especial, tinha atraído minha atenção era o da estrutura do corpo humano; na
verdade, de qualquer animal. Sempre me perguntava se o princípio da vida tinha
continuidade. Então apliquei-me mais especificamente àqueles ramos das Ciências
Naturais que se relacionam com a Fisiologia. Dediquei-me à Anatomia e examinei
a causa e o progresso da decadência e, portanto, da morte do corpo humano.
Passava dias e noites envolvidos com minhas observações e pesquisas quando, do
meio da escuridão uma súbita luz brilhou – tão radiosa e incrível e, no
entanto, tão simples que, embora estonteado como tamanho da probabilidade que
se abria, fiquei surpreso que, entre tantos homens de gênio que haviam dirigido
seus estudos ao mesmo sentido, tenha sido somente eu o escolhido para descobrir
um segredo tão maravilhoso.
Depois de dias de trabalho e cansaço extremos, consegui descobrir a
causa da geração e da vida. Aliás, mais que isso: tornei-me, eu mesmo, capaz de
dar vida à matéria inanimada.
Sei que todos esperariam
ser informados desse segredo. Mas não pode ser. Quando eu chegar ao fim da
minha história, será fácil perceber por que jamais revelarei essa descoberta; é
por demais perigosa a aquisição de conhecimentos, e o homem que acredita que
sua cidade natal é o mundo inteiro é muito mais feliz que aquele que aspira
tornar-se maior do que sua natureza permite.
Hesitei por um longo
tempo em relação à maneira com que eu iria aplicar meu poder. Para preparar uma
estrutura à qual eu fosse dar vida, com todas as suas fibras intrincadas,
músculos e veias, teria de haver um trabalho de inconcebível dificuldade. No começo
não sabia se iria tentar a criação de um ser como eu, ou de um animal com uma
organização mais simples. Mas a minha imaginação estava por demais exaltada
para permitir que eu duvidasse da minha habilidade de dar vida a uma criatura
tão complexa e maravilhosa como o homem. Preparei-me para todo tipo de
contratempos e dificuldades, mas acreditava que teria sucesso. Foi com essa
disposição que iniciei a criação de um ser humano. Como as proporções diminutas
de certas partes e órgãos seriam um obstáculo para mim, resolvi que o ser teria
uma estatura gigantesca, dois metros e meio de altura. Depois de ter
determinado seu tamanho e tendo gasto alguns meses coletando e organizando os
materiais, comecei.
Trabalhei com incansável
ardor. Meu rosto tornou-se pálido de tanto estudo, e meu corpo emaciado pelo
confinamento. Algumas vezes, à beira da certeza, eu falhava. Ainda assim,
agarrava-me à esperança de que no dia seguinte ou na próxima hora eu
conseguiria. Num quarto solitário, no alto da casa, separado dos outros
apartamentos por um corredor e uma escada, eu tinha a minha oficina de terrível
criação.
Assim foram passando os
meses de verão, enquanto eu me entregava, de corpo e alma ao meu projeto.
Esqueci dos meus parentes e amigos, a que eu não via há tanto tempo. Sabia que
meu silêncio os deixava inquietos, e lembrava-me das palavras do meu pai:
--- Sei que enquanto você estiver
satisfeito consigo, irá pensar em nós com afeição e nos mandará notícia
regularmente. Penso que qualquer interrupção em sua correspondência seja uma
prova de que você também está negligenciando seus outros deveres.
Entretanto eu desejava,
por assim dizer, adiar tudo o que estivesse relacionado aos meus sentimentos de
afeto até que o grande objeto estivesse terminado. Hoje em dia estou convencido
de que um ser humano deveria sempre preservar sua mente serena e em paz, nunca
permitindo que uma paixão ou um desejo passageiro perturbe sua tranquilidade.
Se algo que você faz, mesmo sendo um estudo, enfraquece seus afetos e destrói
seu gosto pelos prazeres simples onde nada de mal pode haver, então essa sua
atividade não é boa, não convém à mente humana.
Meu pai não me repreendia em suas cartas; somente perguntava com
mais insistência sobre minhas atividades. O inverno, a primavera e um novo
verão passaram e eu continuava trabalhando, sem ao menos olhar para as folhas
que brotavam e os botões que floresciam. Meu entusiasmo era reprimido pela
minha ansiedade, e eu parecia mais alguém condenado à escravidão do que um artista
ocupado com a sua obra favorita. Todas as noites eu tinha uma febre baixa e
tornava-se extremamente nervoso. Uma folha que caísse de uma árvore me
assustava e eu evitava as pessoas como se fosse culpado de um crime. Somente a
energia de meu propósito me sustentava e eu acreditava que, assim que minha
criação estivesse completa, exercício físico e divertimentos iriam afastar
qualquer doença que eu tivesse adquirido.
Capítulo
V – Nasce o monstro
Era uma hora da
madrugada de uma lúgubre noite de novembro quando terminei meu trabalho.
A chuva batia contra a vidraça e minha vela estava se extinguindo; minha
ansiedade chegava à agonia no instante em que vi os baços olhos amarelos da
criatura se abrirem. Respirava pesadamente e um movimento convulsivo agitava
seus membros.
Como posso descrever as
minhas emoções diante dessa catástrofe, desse desgraçado que, com tanto cuidado
e esforço eu tinha me empenhado em formar? Seus membros eram proporcionados e
eu tinha selecionado seus traços para serem belos. Belos! Meu Deus! Sua pele
amarela mal cobria a trama de músculos e artérias abaixo; seu cabelo era negro,
lustroso, ondulado; seus dentes brancos perolados. Mas tudo isso somente
formava um contraste mais horrível com seus olhos aguados, que pareciam quase
da mesma cor que as órbitas brancas pardacentas nas quais estavam colocados,
com sua pele enrugada e lábios negros retos.
Eu havia trabalhado por
quase dois anos, com o único propósito de dar vida a um corpo inanimado. Para
isso, me privei de descanso e saúde. Mas, ao terminar, a beleza do sonho
desaparecera e o horror e desgosto encheram meu coração. Incapaz de enfrentar o
aspecto do ser que eu tinha criado, corri para fora do laboratório e fiquei por
um longo tempo andando pelo meu quarto, sem conseguir acalmar minha mente para
poder dormir.
Quando, finalmente, peguei no sono,
não consegui descansar. [...] Acordei sobressaltado, com um suor frio na testa,
os dentes batendo, até que, à luz da lua, vi o monstro olhando fixamente para
mim, em pé ao lado da minha cama. Seus maxilares abriram-se e ele articulou
alguns sons incompreensíveis, com a face arreganhada em um estranho sorriso.
Uma das suas mãos estava esticada, aparentemente querendo segurar-me, mas eu
escapei e fugi pelas escadas. Escondi-me no quintal da casa onde morava,
andando de um lado para o outro em grande agitação, escutando atentamente cada
ruído que por acaso anunciasse a aproximação do cadáver demoníaco a que eu tinha,
tão desgraçadamente, dado vida.
Ah! Nenhum mortal
poderia suportar o horror daquela fisionomia. Uma múmia que vivesse outra vez
não seria tão medonha quanto aquele infeliz. Eu o tinha observado quando ainda
inacabado. Era feio; mas quando aqueles músculos e articulações tornaram-se
capazes de movimento, ficou tão medonho que nem mesmo Dante poderia tê-lo
concebido.
Alternando agitação
externa com langor e fraqueza, passei a noite aterrorizado e sentindo a
amargura do desapontamento. Os sonhos, que tinham sido meu alimento e meu
descanso, eram agora o meu inferno.
[...]
Mary Shelley. Frankenstein. Trad. Cláudia
Lopes. São Paulo: Scipione, 1997. p. 23-28.
Entendendo o texto:
01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:
Emaciado:
Negligenciando:
Lúgubre:
Langor:
02 – O que você achou do texto? Que sensações ele despertou em você?
03 – Como você imagina que essa história termina?
04 – Qual era o objetivo do Dr. Victor Frankenstein?
05 – Qual conflito desequilibra o desenvolvimento da narrativa?
06 – É possível perceber no texto que Victor passou boa parte de sua
vida estudando e se aprimorando em diversas áreas do conhecimento, a fim de
concretizar seu objetivo.
a) Essa atitude de dedicação exclusiva e persistência teve algumas implicações em sua vida pessoal. Que implicações foram essas?
b) Ele se arrependeu de ter se dedicado à realização de
seus objetivos? Identifique um trecho que comprove sua resposta.
07 – O cientista conseguiu a realização de algo jamais conquistado por
um ser humano.
a) Qual foi a grande realização de Victor?
b) Que conhecimentos foram necessários para que o
cientista realizasse seus objetivos?
c) Após
concretizar seus objetivos, o cientista se mostra decepcionado com sua criação.
Explique quais foram os fatores que o levaram a ter esse sentimento.
08-
Faça um desenho e um resumo sobre a história do personagem principal da história, Frankenstein (monstro).
Atenção: Capriche
no desenho. Você deve fazer o desenho e enviar no WhatsApp da professora. Use a
sua criatividade!