terça-feira, 18 de maio de 2021

Atividades de Estudo Orientado - 8°A e B - Plano de Ação/SIGAE

Colégio Estadual Princesa Izabel - Taquaral de Goiás-G0    

Diretor: Wattson Mamedes de Souza

Professora: Pabliny Ribeiro Souto                                  

Série: 8ª Ano A e B                                         

Aluna(o): ______________________________________

Data da entrega: Ainda hoje 19/05/2021 até as 23:59 horas da noite.

Atividades de Estudo Orientado referente ao 2ª Bimestre de 2021.

Plano de Ação/SIGAE

INSTRUÇÕES:

1. Preencha o cabeçalho.

2. Dê respostas completas a todas as questões. Faça letra legível.

3. Leia as questões com atenção antes de respondê-las;

UNIDADE TEMÁTICA: Redescobrindo Frankentein na sala de aula.

OBJETO DE CONHECIMENTO: Leitura, interpretação e compreensão de obras literárias, conduzindo os/as alunos/as a dialogar com os gêneros discursivos abordados pelas disciplinas;

CONTEÚDOS RELACIONADOS: Lingua Portuguesa e Estudo Orientado.

TEMA: A HISTÓRIA DE VICTOR FRANKENSTEIN

Resumo do livro Frankestein, escrito por Mary Shelley

     Victor Frankenstein era um rapaz inteligente desde criança. Ele tinha paixão por ciências naturais e estudava tudo sobre o assunto. Depois de muitos anos de estudo, ele resolveu que queria fazer algo que fosse memorável para a humanidade, algo nunca feito antes: construir um ser humano sem utilizar esperma ou óvulos. Para muitos, isso era um sonho impossível, mas não para Victor, ele tinha uma enorme ânsia e vontade para com isso. Durante meses vasculhou cemitérios recolhendo órgãos para realizar sua façanha. Durante todo o seu projeto, ele afastou-se completamente de sua vida social; família e amigos não tiveram qualquer importância. Após aproximadamente dois anos de um trabalho árduo, Victor finalmente conclui sua criatura, mas assim que ela acorda, ele se assusta com o monstro que criou. Ela era tão horrenda que o único impulso do criador foi ir para longe o mais rápido possível. Passado este episódio, a criatura começa a atormentar Victor fazendo aparições esporádicas em sua casa. Certo dia, ela (a criatura) resolve desaparecer e ir para a floresta, onde não tinha dificuldades para encontrar comida e, no meio desta floresta, encontrou uma casa com um celeiro ao lado. A criatura passou muito tempo nesse celeiro observando a família que morava na casa. Com a família, aprendeu a falar, ler, ter sentimentos e ser uma pessoa íntegra. Não apenas um monstro. Depois de muito tempo observando essa família, a criatura decide falar com o senhor da casa, dizer que o amava e que queria ter uma família para chamar de sua. O velho se assusta, mas não consegue vê-lo, pois era cego. Porém, ao chegarem em casa, seus filhos vêem aquela cena estranha e acuam o monstro para fora da casa devido à sua tamanha feiúra. Sentindo-se rejeitado, até mesmo por seu criador, a criatura vai embora do celeiro para começar a matar os entes queridos de Victor, para que assim ele sinta a mesma dor que ele sentia por não ter uma família. O primeiro a ser atacado pelo monstro foi William, o irmão mais novo de Victor. Ao receber uma carta de seu pai, Victor volta à sua terra natal, Genebra, para velar o irmão falecido. Enquanto passeava pelas montanhas ele encontrou sua criatura, que estava completamente diferente desta vez: muito mais articulada do que quando Victor a abandonou. Ela diz que pretende sair da vida de Victor e de todos os seres humanos, mas com uma única condição: que ele construa uma fêmea para ela. Mesmo muito relutante Victor aceita a condição imposta pelo monstro.
      Retornando à sua família, ele encontra Elizabeth, uma amiga de infância a qual sempre amou e a pede em casamento. Logo após isso, ele volta com seu amigo Clerval para a Inglaterra e de lá vai para uma ilha onde começa a construir a fêmea para sua criatura, porém assim que começa seu novo projeto, ele resolve cancelá-lo com medo de que assim ele crie uma geração de monstros que assombrem a humanidade.   O monstro descobre o descumprimento do acordo e fica tão furioso que mata Clerval. Victor é incriminado pelo assassinato, mas consegue provar que não foi o autor e assim volta para a sua família em Genebra e mesmo com medo de que o monstro tente matar Elizabeth, eles se casam. No mesmo dia vão para a lua de mel e na noite de núpcias, enquanto Victor sai para vigiar o lugar, o monstro aparece e estrangula a esposa de seu criador. Desolado, Victor volta para casa e conta a notícia ao seu pai, que fica tão chocado que adoece e morre. Sem mais nenhum parente, Victor resolve ir à caça ao monstro. As pistas seguidas o levam ao Pólo Norte quando encontra um navio que o resgata, pois ele se encontrava com uma aparência muito doentia. Victor, mesmo muito fraco, consegue contar sua história ao Capitão do navio e logo depois morre. O Capitão se surpreende ao encontrar a criatura dentro da cabine do navio chorando pela morte de seu criador. Ela promete continuar seguindo ao Norte e de lá não voltar mais, dando paz a todos os seres humanos.

 

TEXTO: A HISTÓRIA DE VICTOR FRANKENSTEIN -(FRAGMENTO) - MARY SHELLEY

 


 Capitulo IV – O mistério é desvendado (Fragmento)                                  

 

                          Mary Shelley

        [...]

        A partir de então as Ciências Naturais e particularmente a Química tornaram-se minha única ocupação. Lia aqueles livros com ardor e assistia a todas as aulas. O Prof. Waldman – esse era o seu nome – tornou-se um verdadeiro amigo. De mil maneiras facilitou, para mim, os estudos. Eu ganhava força e logo tornei-me tão ardente e ansioso por conhecimentos que, frequentemente, o dia amanhecia enquanto eu ainda estava trabalhando em meu laboratório.

        Dois anos passaram-se dessa maneira. Não fui nenhuma vez a Genebra; estava ocupado, de corpo e alma, na pesquisa de algumas descobertas que desejava fazer. Consegui desenvolver melhorias em alguns instrumentos química, o que me proporcionou grande estima e admiração na Universidade. Quando cheguei a esse ponto, tendo me tornado bem familiarizado com a teoria e prática das Ciências Naturais, minha permanência em Ingolstadt não era mais necessária; Pensei em retornar para meus amigos e minha cidade natal, quando um incidente retornou minha partida.

        Um dos fenômenos que, em especial, tinha atraído minha atenção era o da estrutura do corpo humano; na verdade, de qualquer animal. Sempre me perguntava se o princípio da vida tinha continuidade. Então apliquei-me mais especificamente àqueles ramos das Ciências Naturais que se relacionam com a Fisiologia. Dediquei-me à Anatomia e examinei a causa e o progresso da decadência e, portanto, da morte do corpo humano. Passava dias e noites envolvidos com minhas observações e pesquisas quando, do meio da escuridão uma súbita luz brilhou – tão radiosa e incrível e, no entanto, tão simples que, embora estonteado como tamanho da probabilidade que se abria, fiquei surpreso que, entre tantos homens de gênio que haviam dirigido seus estudos ao mesmo sentido, tenha sido somente eu o escolhido para descobrir um segredo tão maravilhoso.

Depois de dias de trabalho e cansaço extremos, consegui descobrir a causa da geração e da vida. Aliás, mais que isso: tornei-me, eu mesmo, capaz de dar vida à matéria inanimada.

        Sei que todos esperariam ser informados desse segredo. Mas não pode ser. Quando eu chegar ao fim da minha história, será fácil perceber por que jamais revelarei essa descoberta; é por demais perigosa a aquisição de conhecimentos, e o homem que acredita que sua cidade natal é o mundo inteiro é muito mais feliz que aquele que aspira tornar-se maior do que sua natureza permite.

        Hesitei por um longo tempo em relação à maneira com que eu iria aplicar meu poder. Para preparar uma estrutura à qual eu fosse dar vida, com todas as suas fibras intrincadas, músculos e veias, teria de haver um trabalho de inconcebível dificuldade. No começo não sabia se iria tentar a criação de um ser como eu, ou de um animal com uma organização mais simples. Mas a minha imaginação estava por demais exaltada para permitir que eu duvidasse da minha habilidade de dar vida a uma criatura tão complexa e maravilhosa como o homem. Preparei-me para todo tipo de contratempos e dificuldades, mas acreditava que teria sucesso. Foi com essa disposição que iniciei a criação de um ser humano. Como as proporções diminutas de certas partes e órgãos seriam um obstáculo para mim, resolvi que o ser teria uma estatura gigantesca, dois metros e meio de altura. Depois de ter determinado seu tamanho e tendo gasto alguns meses coletando e organizando os materiais, comecei.

        Trabalhei com incansável ardor. Meu rosto tornou-se pálido de tanto estudo, e meu corpo emaciado pelo confinamento. Algumas vezes, à beira da certeza, eu falhava. Ainda assim, agarrava-me à esperança de que no dia seguinte ou na próxima hora eu conseguiria. Num quarto solitário, no alto da casa, separado dos outros apartamentos por um corredor e uma escada, eu tinha a minha oficina de terrível criação.

        Assim foram passando os meses de verão, enquanto eu me entregava, de corpo e alma ao meu projeto. Esqueci dos meus parentes e amigos, a que eu não via há tanto tempo. Sabia que meu silêncio os deixava inquietos, e lembrava-me das palavras do meu pai:

      --- Sei que enquanto você estiver satisfeito consigo, irá pensar em nós com afeição e nos mandará notícia regularmente. Penso que qualquer interrupção em sua correspondência seja uma prova de que você também está negligenciando seus outros deveres.

        Entretanto eu desejava, por assim dizer, adiar tudo o que estivesse relacionado aos meus sentimentos de afeto até que o grande objeto estivesse terminado. Hoje em dia estou convencido de que um ser humano deveria sempre preservar sua mente serena e em paz, nunca permitindo que uma paixão ou um desejo passageiro perturbe sua tranquilidade. Se algo que você faz, mesmo sendo um estudo, enfraquece seus afetos e destrói seu gosto pelos prazeres simples onde nada de mal pode haver, então essa sua atividade não é boa, não convém à mente humana.

 Meu pai não me repreendia em suas cartas; somente perguntava com mais insistência sobre minhas atividades. O inverno, a primavera e um novo verão passaram e eu continuava trabalhando, sem ao menos olhar para as folhas que brotavam e os botões que floresciam. Meu entusiasmo era reprimido pela minha ansiedade, e eu parecia mais alguém condenado à escravidão do que um artista ocupado com a sua obra favorita. Todas as noites eu tinha uma febre baixa e tornava-se extremamente nervoso. Uma folha que caísse de uma árvore me assustava e eu evitava as pessoas como se fosse culpado de um crime. Somente a energia de meu propósito me sustentava e eu acreditava que, assim que minha criação estivesse completa, exercício físico e divertimentos iriam afastar qualquer doença que eu tivesse adquirido.

                        Capítulo V – Nasce o monstro

 

        Era uma hora da madrugada de uma lúgubre noite de novembro quando terminei meu trabalho. A chuva batia contra a vidraça e minha vela estava se extinguindo; minha ansiedade chegava à agonia no instante em que vi os baços olhos amarelos da criatura se abrirem. Respirava pesadamente e um movimento convulsivo agitava seus membros.

        Como posso descrever as minhas emoções diante dessa catástrofe, desse desgraçado que, com tanto cuidado e esforço eu tinha me empenhado em formar? Seus membros eram proporcionados e eu tinha selecionado seus traços para serem belos. Belos! Meu Deus! Sua pele amarela mal cobria a trama de músculos e artérias abaixo; seu cabelo era negro, lustroso, ondulado; seus dentes brancos perolados. Mas tudo isso somente formava um contraste mais horrível com seus olhos aguados, que pareciam quase da mesma cor que as órbitas brancas pardacentas nas quais estavam colocados, com sua pele enrugada e lábios negros retos.

        Eu havia trabalhado por quase dois anos, com o único propósito de dar vida a um corpo inanimado. Para isso, me privei de descanso e saúde. Mas, ao terminar, a beleza do sonho desaparecera e o horror e desgosto encheram meu coração. Incapaz de enfrentar o aspecto do ser que eu tinha criado, corri para fora do laboratório e fiquei por um longo tempo andando pelo meu quarto, sem conseguir acalmar minha mente para poder dormir.

      Quando, finalmente, peguei no sono, não consegui descansar. [...] Acordei sobressaltado, com um suor frio na testa, os dentes batendo, até que, à luz da lua, vi o monstro olhando fixamente para mim, em pé ao lado da minha cama. Seus maxilares abriram-se e ele articulou alguns sons incompreensíveis, com a face arreganhada em um estranho sorriso. Uma das suas mãos estava esticada, aparentemente querendo segurar-me, mas eu escapei e fugi pelas escadas. Escondi-me no quintal da casa onde morava, andando de um lado para o outro em grande agitação, escutando atentamente cada ruído que por acaso anunciasse a aproximação do cadáver demoníaco a que eu tinha, tão desgraçadamente, dado vida.

        Ah! Nenhum mortal poderia suportar o horror daquela fisionomia. Uma múmia que vivesse outra vez não seria tão medonha quanto aquele infeliz. Eu o tinha observado quando ainda inacabado. Era feio; mas quando aqueles músculos e articulações tornaram-se capazes de movimento, ficou tão medonho que nem mesmo Dante poderia tê-lo concebido.

        Alternando agitação externa com langor e fraqueza, passei a noite aterrorizado e sentindo a amargura do desapontamento. Os sonhos, que tinham sido meu alimento e meu descanso, eram agora o meu inferno.

        [...]  

 Mary Shelley. Frankenstein. Trad. Cláudia Lopes. São Paulo: Scipione, 1997. p. 23-28.

 

Entendendo o texto:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

        Emaciado:

        Negligenciando:                                                           

        Lúgubre: 

   Langor: 

02 – O que você achou do texto? Que sensações ele despertou em você?


 

03 – Como você imagina que essa história termina?



04 – Qual era o objetivo do Dr. Victor Frankenstein?

  


05 – Qual conflito desequilibra o desenvolvimento da narrativa?



06 – É possível perceber no texto que Victor passou boa parte de sua vida estudando e se aprimorando em diversas áreas do conhecimento, a fim de concretizar seu objetivo.

 a)       Essa atitude de dedicação exclusiva e persistência teve algumas implicações em sua vida pessoal. Que implicações foram essas?


 

b)   Ele se arrependeu de ter se dedicado à realização de seus objetivos? Identifique um trecho que comprove sua resposta.



 

07 – O cientista conseguiu a realização de algo jamais conquistado por um ser humano.

     a)   Qual foi a grande realização de Victor?


 

     b)   Que conhecimentos foram necessários para que o cientista realizasse seus objetivos?


 

   c)   Após concretizar seus objetivos, o cientista se mostra decepcionado com sua criação. Explique quais foram os fatores que o levaram a ter esse sentimento.


 

08- Faça um desenho e um resumo sobre a história do personagem principal da história, Frankenstein (monstro).

Atenção: Capriche no desenho. Você deve fazer o desenho e enviar no WhatsApp da professora. Use a sua criatividade!