Colégio Estadual Princeza Izabel - Taquaral de Goiás-G0
Aluna(o):
___________________________________________________nº:_____________
Diretor: Wattson Mamedes de Souza
Professora: Rayssa Garcia Silva
Data 27-04-2021
Simulado avaliativo de História referente ao 1º Bimestre de 2021
A formação e o funcionamento
das Monarquias europeias
A Formação das Monarquias Nacionais ocorreu durante o período da Baixa
Idade Média, entre os séculos XII e XV, nos países da Europa Ocidental, com
destaque para as monarquias portuguesa, espanhola, francesa e inglesa.
Para compreender como ocorreu esse
processo leia o texto a seguir:
Formação das Monarquias Nacionais
Esse processo ocorreu de maneira similar nos países
europeus, entretanto, em tempos distintos. Em Portugal teve início no século
XII, com a Dinastia de Borgonha (Dinastia Afonsina), sendo mais tarde
consolidada pela Dinastia de Avis.
Na Espanha ocorreu a partir da União dos reinos de
Aragão e Castela, apresentando seu apogeu com a Dinastia de Habsburgo. Ambos
países (Portugal e Espanha) começaram o processo de formação dos estados
nacionais após a expulsão dos Mouros (muçulmanos) que habitavam a península
ibérica desde o século VIII.
Na França, considerada exemplo máximo do
absolutismo europeu, esse processo foi consolidado com a Dinastia Capetíngia e
a Dinastia Valois; e, por fim, na Inglaterra, com a Dinastia Plantageneta e a
Dinastia Tudor. Observe que tanto na Espanha, quanto na França e na Inglaterra,
a formação dos estados nacionais tiveram início no século XV.
Contexto Histórico: Resumo
Com a crise do sistema feudal na Baixa Idade Média
(XI e XV), o crescimento demográfico, o surgimento da burguesia e o
desenvolvimento do comércio, a partir da expansão das rotas marítimas, os
países europeus foram criando seus próprios modelos de centralização política,
donde o rei tornou-se uma das figuras mais importantes ao lado da Igreja e da
nova classe que surgia: a burguesia.
Junto a isso, os ideais mercantilistas dos
quais estavam imbuídos os novos mercadores, comerciantes e profissionais
burgueses, aceleraram o nascimento de um novo sistema econômico: o capitalismo.
Antes de mais nada, devemos ter em conta que esse sistema que surgiu,
tratava-se de um capitalismo primitivo (um pouco diferente do conceito que
temos hoje dele), pautados nos ideais do lucro, monopólio comercial, protecionismo alfandegário
(proteção da economia pela entrada de produtos estrangeiros), metalismo (acúmulo
de metais preciosos), os quais levaram à introdução da moeda como valor de
troca.
Enfim, o sistema feudal e rural (administrado pelos
senhores feudais), foi substituído pelo sistema capitalista, onde o crescimento
das cidades (burgos) e a intensificação do comércio e das feiras livres pela
classe burguesa marcou o período que ficou conhecido como Renascimento
Comercial e Urbano.
Diante disso, os senhores feudais que possuíam grande poder na Idade
Média, começam a perder sua posição, donde o Rei torna-se a figura responsável
por administrar a política e a economia. Esse grande poder atribuído ao Monarca
foi efetivado pelo apoio recebido da nobreza e sobretudo dos burgueses, a nova
classe social que enriquecia cada vez mais, com o desenvolvimento do comércio.
Desde o surgimento e organização da classe burguesa,
eles lutavam pela autonomia das cidades (dominadas ainda pelos senhores
feudais), movimento que ficou conhecido como Movimento Comunal,
referente às Comunas, ou cidades livres, libertadas das mãos dos senhores
feudais.
Foi assim que a crise do sistema feudal e medieval teria sido
solucionada, ou seja, por meio da centralização política nas mãos do Monarca
(Rei), donde ele, como o poder soberano, decretava as leis, arrecadava impostos
bem como organizava os exércitos nacionais. Todas essas características
mediante o poder centrado numa única figura soberana, o Rei, ficou conhecida
como Absolutismo Monárquico.
A partir disso, foram criados os Estados Nacionais,
os quais apresentavam suas fronteiras, limites dos territórios e o exército
nacional (para segurança da nação). No âmbito econômico, as monarquias
nacionais visavam a unificação dos padrões monetários e também um sistema de
cobrança dos impostos.
Em suma, a união dos interesses políticos dos Reis e os interesses
econômicos da burguesia, foram essenciais para formação das Monarquias ou
Estados Nacionais, extinguindo o domínio dos senhores feudais do período
medieval, dando início a Era Moderna.
Atividades
01. Sobre a centralização política na Europa durante a época moderna, é
correto afirmar que se tratou de um processo
a) ( ) uniforme, ou seja, que
ocorreu no mesmo momento e da mesma forma em diferentes países europeus.
b) ( ) no qual a nascente burguesia
ocupou o poder, e os reis e rainhas tinham pouco poder.
c) ( ) ocorreu de maneira
similar nos países europeus, entretanto, em tempos distintos.
d) ( ) que se iniciou na
Inglaterra, durante o reinado de Henrique VIII, o primeiro a centralizar o
poder.
02. Assinale com (V) para as
alternativas que são características do contexto histórico da formação das
monarquias (F) para as que não são.
a) ( ) crise do sistema feudal
na Baixa Idade Média.
b) ( ) o crescimento demográfico.
c) ( ) o surgimento da
burguesia e o desenvolvimento do comércio.
d) ( ) expansão das rotas
marítimas.
03. A Formação das
Monarquias Nacionais ocorreu durante o período da Baixa Idade
Média, entre os séculos XII e XV, nos países da Europa Ocidental, com destaque
para as monarquias portuguesa, espanhola, francesa e inglesa.
No quadro a seguir anote como ocorreu
esse processo em cada uma dessas monarquias.
Portuguesa |
|
Espanhola |
|
Francesa |
|
Inglesa |
|
04. A centralização política nas mãos do Monarca (Rei), donde ele, como
o poder soberano, decretava as leis, arrecadava impostos bem como organizava os
exércitos nacionais.
Todas essas características mediante o poder centrado numa única figura
soberana, o Rei, ficou conhecida como
- ( )
Absolutismo Monárquico.
- ( )
Renascimento Comercial e Urbano.
- ( )
Movimento Comunal.
- ( )
Capitalismo.
05. Relacione as características
deste período aos seus respectivos significados.
a) Burguesia.
b) Protecionismo alfandegário
c) Capitalismo primitivo
d) Metalismo
e) Movimento Comunal
f) Burgos
( ) novo sistema econômico que surge por meio dos ideais mercantilistas.
( ) acúmulo de metais preciosos.
( ) proteção da economia pela entrada de produtos estrangeiros
( ) referente às Comunas, ou cidades livres, libertadas das mãos dos
senhores feudais.
( ) Cidades.
( ) nova classe que surgia.
06. Quais eram as principais características dos Estados Nacionais e quais
foram os elementos essenciais para formação das Monarquias ou Estados
Nacionais?
Leia o texto a seguir
Conceito de Estado-nação
O conceito de Estado-nação refere-se à forma de organização dos governos
dos Estados Modernos e às organizações sociais que se estabeleceram em torno
deles.
Nação é um termo utilizado para se referir a um grupo de pessoas ou
habitantes que compartilha de uma mesma origem étnica, de um mesmo idioma e de
costumes relativamente homogêneos, ou seja, semelhantes entre os seus pares.
Além de apresentar todos esses aspectos, uma nação para ser considerada como
tal precisa agregar um sentimento de pertença ao todo desse grupo, ou seja, é
preciso haver uma vontade por parte dos indivíduos em formarem uma nação.
O conceito de Estado-nação refere-se à forma de organização dos governos
dos Estados Modernos e às organizações sociais que se estabeleceram em torno
deles.
Quando falamos do conceito de Estado, referimo-nos aos mecanismos de
controle político de um governo que rege determinado território. Organizações
como um Parlamento ou um Congresso, instituições legais e um exército
permanente são ferramentas utilizadas por um governo para controlar as várias
esferas que compõem a sociedade de um Estado-nação. Um Estado-nação é
constituído por uma massa de cidadãos que se considera parte de uma mesma
nação. Sob essa perspectiva, podemos afirmar que todas as sociedades modernas
são Estados-nações, isto é, todas as sociedades modernas estão
organizadas sob o comando de um governo instituído que controla e impõe suas
políticas.
Muito embora a entidade do Estado tenha existido em vários momentos de
nossa história, há algumas características que diferenciam os Estados-nações
modernos que observamos hoje daqueles que surgiram em sociedades tradicionais e
não industriais. O sociólogo Anthony Guiddens pontua as principais diferenças
que podemos observar ao compararmos os dois momentos distintos dessa forma de
organização:
Soberania – A Idade Média caracterizou-se pelo absolutismo e pelos governos
monárquicos, nos quais a figura do Estado estava atrelada à figura do Rei.
Porém, os territórios sobre os quais esses Estados tradicionais exerciam
domínio estavam muito mal definidos, e o nível de controle do governo central
era precário, se compararmos com o que vemos hoje. O princípio da soberania de
um Estado, ou o exercício da autoridade absoluta que um governo deve ter sobre
o território ao qual pertence, era ainda mal definido e não era tão relevante
quanto é nos Estados contemporâneos.
Cidadania – A ideia de cidadania, ou seja, a condição de cidadão que aqueles
que detêm o direito de participação na vida política de um Estado possuem, não
existia para a grande maioria dos indivíduos que integrava os Estados
tradicionais. A maior parte da população demonstrava pouco ou nenhum
interesse nos assuntos referentes aos seus governantes.
A bandeira é um dos mais marcantes símbolos de uma nação.
Os direitos políticos, ou o poder de exercer
influência sobre assuntos políticos, eram reservados apenas para uma pequena
parcela da população. Em contrapartida, nos Estados-nações modernos,
a maior parte das pessoas que vive sob a jurisdição de um sistema político é
cidadã, partilhando de direitos e deveres assegurados por seu governo, tendo
ainda o poder de interferência e influência nas decisões políticas de seu
interesse.
Nacionalismo – O sentimento de nacionalismo é um dos pontos mais
característicos de um Estado-nação. Esse sentimento está atrelado a um conjunto
de símbolos e convicções vistos como traços representativos de uma determinada
identidade nacional. O nascimento de um sentimento nacionalista tornou-se uma
das principais fontes de força unificante e mobilizadora. Línguas em comum,
religiosidade e símbolos foram usados como pontos de aglomeração de povos, que
passaram a se ver representados por sua nacionalidade.
Agora vamos voltar aos exercícios
07. Nação é um termo utilizado para se referir a um
grupo de pessoas ou habitantes que compartilha de uma mesma origem étnica, de
um mesmo idioma e de costumes relativamente homogêneos, ou seja, semelhantes
entre os seus pares. Além de apresentar todos esses aspectos, o que mais é
necessário para ser considerado nação?
08. Em relação ao conceito de Estado-nação podemos dizer que:
( ) Estado não é mecanismo de controle político de um governo que rege
determinado território.
( ) Um Estado-nação é constituído por uma massa de
cidadãos que se considera parte de uma mesma nação.
( ) As sociedades modernas não eram Estados-nações.
( ) Os Estados-nações modernos que observamos hoje são completamente
iguais aos das sociedades tradicionais e não industriais.
09. Quais eram as principais diferenças na forma de concepção da
cidadania entre os Estados tradicionais e Estados-nações modernos?
10. Sentimentos característicos de um Estado-nação que está atrelado a
um conjunto de símbolos e convicções vistos como traços representativos de uma
determinada identidade nacional.
a) ( ) Cidadania
b) ( ) Civismo
c) ( ) Soberania
d) ( ) Nacionalismo