segunda-feira, 29 de março de 2021

Atividade de História para 7ª A e B

 

Unidade Escolar: Colégio Estadual Princesa Izabel

Diretor: Wattson Mamedes de Souza

Professora: Rayssa Garcia Silva 

Taquaral de Goiás, 30 de Março de 2021

Série: 7 º A e B

Nome:

CONTEÚDO: A construção da ideia de modernidade e seus impactos na concepção de História.

OBJETIVO: Caracterizar e comparar as dinâmicas de abastecimento e as formas de organização do trabalho e da vida social em diferentes sociedades e períodos, com destaque para as relações entre senhores e servos.

Data de entrega: 30-03-2021

Instrumento avaliativo de História referente ao 1º Bimestre de 2021

- Faça o cabeçalho no caderno

- Copiar e Responder no caderno

- Não precisa copiar textos / as imagens são somente para visualizar, não precisa copia-las

- Dê respostas completas

- Faça letra legível

*Caro aluno (a): Ao realizar as atividades escolha um ambiente agradável, sem barulho. Leia

Silenciosamente os textos, depois leia em voz alta para seus pais e discuta o que foi lido. Em seguida realize as atividades propostas com muito capricho e atenção.

 Pesquise a vontade, viaje nas novas propostas de textos virtuais ...                                                                               ÍNDIOS – OS PRIMEIROS HABITANTES DO BRASIL

Os índios são como nos referimos aos povos originários que habitavam no território nacional antes da chegada dos portugueses, em 1500. Apesar do termo “índio” ser generalizante, os povos indígenas são marcados por uma enorme diversidade cultural. Atualmente, os indígenas lutam politicamente para garantir seu direito de demarcação territorial.

O que é ser índio

Quando estamos falando de índios ou de indígenas, referimo-nos aos primeiros habitantes do Brasil. Eles eram os habitantes originais aqui presentes quando os portugueses chegaram, em 1500. Estima-se que, nessa época, havia de cinco a sete milhões de indígenas.

Os índios possuem ligação direta com os povos que habitavam no Brasil antes da chegada dos portugueses.

Organização das Nações Unidas (ONU) entende os índios como os povos e comunidades que possuem uma ligação histórica com as sociedades antepassadas que viveram no território brasileiro antes da chegada dos portugueses. Esses povos entendem-se como grupos distintos da sociedade nacional, possuindo suas próprias formas de organização|1|.

Essa definição mais técnica é utilizada para entendermos do que estamos falando quando nos referimos aos índios. Aqui no Brasil, a identificação de uma pessoa como indígena ou não segue a linha da auto identificação, no entanto, quando falamos de povos indígenas, uma série de critérios, que dialogam com essa definição da ONU, são utilizados.

A identificação de um povo como indígena no Brasil vale-se de fatores, como|1|:

  • Continuidade histórica com sociedades pré-coloniais: ou seja, a descendência direta de povos que habitavam o Brasil antes de 1500.
  • Sistemas sociais, econômicos e políticos bem definidos: os povos indígenas possuem formas de organização distintas das da sociedade nacional. Essas formas indígenas não são padronizadas, mas marcadas pela diversidade.
  • Identificar-se como diferentes da sociedade nacional: a auto identificação, como vimos, é um critério importante para que um povo ou pessoa possa ser classificado como indígena.

Quando o assunto são os índios, precisamos entender, desde o início, que não estamos falando de apenas um povo, mas de centenas de povos que estão reunidos sob esse termo. A diversidade cultural entre os povos indígenas é impressionante, e o censo do IBGE de 2010 (o último realizado) mostra que atualmente existem 305 etnias diferentes no Brasil, que falam cerca de 274 línguas|2|.

As diferenças culturais, no entanto, não significam que os índios são obrigados a viver separados ou isolados da sociedade. Isso também não significa que eles não têm direito de inserir-se no desenvolvimento tecnológico em que vivemos. Sendo assim, um indígena tem total direito e autonomia de lutar pela preservação de sua cultura e tradições, ter suas terras e fazer o uso de diferentes tecnologias, como o celular.

Um índio não deixa de ser índio por falar português, usar roupas ocidentais ou fazer uso de tecnologia. Muitas pessoas acreditam que os índios não devem fazer uso desses artigos porque elas possuem visões de mundo marcadas pelo desconhecimento e pelo preconceito em relação a eles.

Qual a origem dos índios?

Acredita-se que os índios chegaram ao Brasil por meio de grupos humanos que migraram da Ásia até a América na Antiguidade. [1]

A presença inicial do ser humano ao Brasil está diretamente relacionada com a sua chegada ao continente americano. A teoria mais aceita atualmente trabalha com a ideia de que grupos humanos entraram no continente americano pelo Estreito de Bering, que atualmente separa o Alasca (EUA) da Rússia.

Nessa teoria, afirma-se que o ser humano aproveitou o recuo no nível do mar para cruzar essa região há 25 mil anos. Posteriormente, uma segunda leva, vinda da Ásia, teria cruzado esse estreito e então se espalhado pelo continente. Vagarosamente, os seres humanos foram ocupando todo o continente americano, e eventualmente chegaram ao nosso território.

Aqui no Brasil, a presença humana remonta a cerca de 10 mil anos, e o geógrafo Aziz Nacib Ab’Sáber conta que os grupos humanos penetraram o território brasileiro por meio da Amazônia. Nesse período, a Amazônia possuía vastas planícies semiáridas, o que facilitava a locomoção humana|3|. Foi nesse contexto que os indígenas estabeleceram-se aqui, e, a partir de então, eles desenvolveram diferentes culturas, dialetos, visões de mundo etc.

Como vimos, quando os portugueses chegaram ao Brasil, em 1500, havia cerca de sete milhões de índios por todo o território. O historiador Boris Fausto afirma que, desse total, cerca de cinco milhões viviam na Amazônia, e o resto distribuía-se pelo restante das terras brasileiras|4|.

Nesse momento, existiam três grandes áreas de povoação indígena que agrupavam centenas de povos: a Amazônia, o Planalto Central e o litoral brasileiro. Esses locais eram habitados por diferentes povos que tinham seus próprios modos de vida e seu próprio sistema de convívio e guerra uns com os outros. O estilo de vida de milhões de indígenas passou por profundas transformações quando os portugueses chegaram, e a população de milhões deles foi reduzida de maneira drástica.

Por que são chamados de índios?

O termo índio foi estabelecido por Cristóvão Colombo, genovês que chegou à América, em 1492, acreditando que havia chegado à Índia.[2]

O termo índio foi estabelecido pelos europeus quando estes chegaram ao continente americano no final do século XV. Quem o cunhou foi Cristóvão Colombo, genovês que liderou a expedição espanhola que chegou ao Caribe em 1492. Nessa ocasião, Colombo acreditou que havia chegado à Ásia.

Como ele estava à procura da Índia, decidiu nomear as populações que aqui ele encontrou como índios. Essa palavra demonstra o desconhecimento dos europeus com relação à cultura indígena, pois se utilizaram de um mesmo termo para designar diferentes povos. Assim, índio é um nome genérico que reúne todas essas populações que viviam na América e que ainda permanecem aqui.

Até a década de 1970, a utilização dos termos índio ou indígena era considerada por muitos povos indígenas como uma ofensa, uma vez que lembrava todo o histórico de mortandade e escravidão causadas pelos portugueses e porque tais termos eram associados a coisas negativas na mentalidade popular por conta da desinformação e do preconceito.

O surgimento do movimento indígena, a partir dessa década, fez com que esses termos passassem a ser vistos como nomeações que geram identidade, pois foram utilizados para construir alianças entre os diferentes povos, no sentido de unir forças para lutar pela garantia dos seus direitos no Brasil.

Os índios no Brasil atual

Existem quase 900 mil indígenas no Brasil que fazem parte de mais de 300 etnias, um dado da diversidade cultural existente entre esses povos.

O último censo realizado no Brasil mostra que existem 897 mil índios, distribuídos entre as 305 etnias existentes e por todas as regiões do país. Essas etnias são divididas pelos especialistas em quatro grandes grupos, estabelecidos com base no seu dialeto: Macro-JêTupiKarib e Aruak. Ainda assim, existem determinadas etnias que possuem dialetos que não se encaixam nas características de nenhum desses troncos.

Como já vimos, a diversidade é a palavra-chave para entendermos os indígenas, então cada povo possui diferentes formas de organização social, política e econômica e também de relacionar-se com outros povos e com o mundo exterior. Ainda assim, podem existir semelhanças e aproximações entre os povos indígenas.

Atualmente, os indígenas passam por um processo conhecido como retomada, pelo qual eles retornam às suas regiões de origem para exigirem o direito de viver ali e resgatarem sua cultura original. Essa exigência dá-se pelo direito de demarcação das terras, assegurado pela Constituição e que deve ser realizado pelo Estado.

Os indígenas que vivem em terras demarcadas, como os Yanomami, têm direito às riquezas delas, sendo que essa permanência é vitalícia e só em casos de catástrofe ou epidemia é que eles podem ser retirados desses locais. Ainda assim, eles enfrentam diversos desafios para que sejam efetivamente respeitados.

Isso acontece porque existe uma grande pressão de fazendeiros, madeireiros e garimpeiros que querem a exploração irresponsável dos recursos naturais, inclusive sobre terras que historicamente pertencem aos indígenas. Os mencionados Yanomami, por exemplo, tiveram a demarcação de suas terras reconhecida apenas em 1992.

A terra yanomami foi demarcada no estado de Roraima, mas, desde 2007, ela vem sendo constantemente invadida por garimpeiros que exploram ouro e diamante no local. Em 2019, estimou-se que cerca de 20 mil pessoas tenham invadido as terras dos Yanomamis. Os índios veem suas terras serem destruídas pela ganância e são frequentemente ameaçados pelos invasores.

No Brasil existe uma instituição governamental cujo papel é mediar as questões que envolvem os índios brasileiros e garantir a defesa dos seus direitos, trata-se da Fundação Nacional do Índio, a Funai. Os estudos de demarcação das terras indígenas e o desenvolvimento de políticas em benefícios dos indígenas, entre outras ações, são atributos dela.

Modo de vida dos índios

Aqui no Brasil, uma parcela dos indígenas vive em comunidades mais conhecidas como tribos. Essas comunidades organizam-se por meio de uma relação de parentesco ou por interesses comuns e são lideradas por um patriarca ou matriarca. De maneira geral, as comunidades indígenas são enxergadas por eles próprios como grupos que possuem relação de parentesco.

Os índios, em geral, têm uma relação de conexão direta com a natureza e não se enxergam como uma parte separada dela. Essa conexão é completamente diferente da relação com que o homem branco tem com o natural. Um importante representante dos Krenak, Ailton Krenak, conta que, para sua cultura, uma serra que fica próxima da sua aldeia de origem não é enxergada apenas como uma serra qualquer, mas sim como um ser que possui nome e personalidade|5|.

Esse exemplo demonstra como a forma de enxergar o mundo e a natureza para os indígenas é diferente daquela a que nós estamos habituados. Apesar disso, os índios deixaram enormes contribuições para a cultura brasileira. Essas contribuições aconteceram em áreas como alimentação e linguagem e em muitas práticas do cotidiano.

Os índios ainda vivem de tudo aquilo que eles produzem e de tudo o que eles conseguem extrair da natureza. Alguns víveres, como mandioca e milho, são cultivados em pequenas roças. A caça e pesca também são importantes práticas no sustento desses grupos, embora existam determinados povos que não se alimentam de carne vermelha, por exemplo. Atualmente, entre as maiores etnias indígenas do Brasil, estão as seguintes: GuaraniTicunaCaingangueMacuxiGuajajara, Yanomami, entre outras.

Atividade Avaliativa

1. Sobre a cultura indígena, é falso afirmar que:

a) a base de sua economia era o comércio entre as tribos.

b) a antropofagia tinha um caráter ritual.

c) as trocas que ocorriam não tinham a intenção predominante de fazer circular riqueza.

d) o trabalho era comunitário, não existindo trabalho escravo.

e) a economia era natural ou de subsistência.

2. “Impedir o acesso às terras por pequenos produtores e consequentemente incentivar a lavoura de subsistência fugiam ao sentido da colonização mercantilista.”

Analise os objetivos da Coroa portuguesa em relação à colonização de suas terras americanas.

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 3. Leia atentamente e responda.

“Eles não lavram nem criam. Nem há aqui boi ou vaca, cabra, ovelha ou galinha, ou qualquer outro animal que esteja acostumado ao viver do homem. E não comem senão deste inhame, de que aqui há muito, e dessas semente e frutos que a terra e as árvores de si deitam”Pero Vaz de Caminha

O texto relata características do cotidiano de um grupo humano. Indique quem são essas pessoas e as diferenças entre elas e o grupo do qual faz parte o autor do texto.

_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

4. Sobre a escravidão africana na América indique a alternativa correta.

a) Para produzir o açúcar era preciso muita gente para trabalhar; os indígenas, por formarem grandes tribos, foram suficientes para a empreitada.

b) Os negros eram contratados por expedições portuguesas diretamente nas aldeias africanas.

c) Os portugueses selavam alianças com chefes das comunidades nativas, que ficavam responsáveis por capturar os negros e comercializá-los com os europeus.

d) Os holandeses criaram um sistema de feitorias que garantia o comércio de escravos.

e) O comércio de escravos não possuía valor algum para o montante da acumulação de riquezas portuguesas.