Colégio Estadual Princesa Izabel. Taquaral de Goiás, 08 de fevereiro de
2021
Diretor: Wattson Mamede de Souza
Coordenadora: Iêda Martins Cananéia
Professora de Geografia: Rubla Moame
Aluno: 8º Ano A
e B <= circule a sua turma
Atividade impressa somente para alunos que realmente não conseguirem
escrever no caderno ou que não tenham internet. No caso de fazê-la impressa,
circule no cabeçalho a sua turma. Leiam o texto com atenção para responder a atividade.
Conteúdo: Fluxos
populacionais, migrações internacionais
Movimentos Migratórios
Impulsionados
por motivos diversos, como a fome, a conquista territorial, a fuga a
perseguições políticas e religiosas, as crises econômicas, entre outros, os movimentos
migratórios têm se realizado ao longo da história de forma contínua.
Cada
época marca seu motivo. A verdade é que os movimentos de população permitiram o
povoamento do mundo e significaram a expansão de etnias, línguas, religiões e
conhecimento, num emaranhado processo que dá ao mundo atual os traços de grande
diversidade e riqueza cultural que observamos.
As
chamadas Grandes Navegações ou “grandes invasões”, por exemplo, foram
responsáveis pela
colonização
do continente americano a partir do século XVI; e significaram a difusão da
cultura dos europeus, a qual entrou em choque com as culturas das comunidades
indígenas que já habitavam o território. Esse deslocamento populacional foi
estimulado pelo expansionismo territorial das potências europeias da época, que
buscavam fontes de matérias-primas e novos mercados para seus produtos,
portanto, tinha motivação geopolítica e econômica. Essa migração aumentou
maciçamente no século XIX e começo do XX.
Paralelamente,
perseguições políticas e religiosas, guerras e crises econômicas foram
responsáveis por grandes deslocamentos humanos da Europa e Ásia para as
Américas. Outras partes do mundo sofreram estimulação migratória mais
localizada, como é o caso da Austrália e Nova Zelândia, onde a perspectiva de melhoria
de condições de vida, com a possibilidade de mobilidade social (ascensão
econômica), incentivou especialmente parte da população da Grã-Bretanha a
emigrar.
Causas das migrações atuais
Os
movimentos migratórios atuais relacionam-se, principalmente, a duas causas:
• A
busca por melhores condições de vida – caracteriza os deslocamentos
populacionais provocados pela miséria que se concentra em algumas partes do
mundo. Portanto, têm caráter econômico, constituindo fluxos ou correntes
migratórias de países pobres para países ricos. Exemplos: pós-década de 60
(século XX), da Europa Mediterrânea para a Europa Ocidental; na atualidade, do
norte da África para países europeus, de regiões da América Latina para os EUA
e Canadá, do extremo oriente para as Américas.
Essas
migrações são vistas como o efeito colateral mais perverso da globalização.
• A
fuga de regiões em conflito – trata-se de migrações provocadas por guerras
locais, portanto, têm motivação político-bélica, constituindo um verdadeiro
êxodo para os países que recebem os refugiados. Esses deslocamentos ocorrem por
uma questão de sobrevivência às perseguições motivadas por conflitos étnicos e
às atrocidades cometidas contra as populações civis. Os exemplos mais recentes
foram os que ocorreram na Bósnia-Herzegovina e Kosovo.
•
Mas é no continente africano que se desencadeia a maior quantidade de
movimentos migratórios: são legiões de refugiados vagando pelo espaço local, à
procura de abrigo, fugindo de guerras tribais, instabilidades políticas,
questões raciais e religiosas e golpes militares.
Áreas de repulsão e atração
Hoje,
no mundo, podemos identificar algumas áreas com características de repulsão
(países emissores) e de atração (países receptores) no espaço terrestre, que
levam milhares de pessoas a se deslocar.
Como áreas de repulsão, podemos
identificar:
a)
América Latina (México, América Central e América do Sul) – com seus históricos
problemas de
desequilíbrio
econômico, provocados por endividamentos e mau gerenciamento do dinheiro
público, gerando enormes bolsões de pobreza.
b)
África – onde, além da pobreza crônica da população, ocorrem conflitos raciais
de extrema violência dentro dos países artificialmente criados pelos
colonizadores europeus.
c)
Ásia – o continente que concentra o maior contingente absoluto de pobres do
mundo onde as estruturas sociais são profundamente injustas, muitas vezes
exacerbadas pelos sistemas de castas e pelo comportamento religioso.
d)
Leste Europeu – onde o fim do socialismo gerou enorme desorganização econômica,
com a eliminação de empregos e benefícios estatais, expondo diferenças antes
controladas pela ideologia política comum, provocando conflitos étnicos e
religiosos.
O
desenvolvimento do capitalismo internacional concentrou, particularmente, a
riqueza em algumas regiões do globo, atraindo as populações empobrecidas que
têm grande desejo de participar dos benefícios decorrentes desse poder.
Como exemplos dessas áreas de atração,
podemos identificar:
a)
América Anglo-Saxônica – os EUA e, em menor escala, o Canadá, com suas ricas
economias, são atrativos para as populações latino-americanas, principalmente
mexicanos e centro-americanos que veem na poderosa nação (EUA) a solução para
seus problemas. Veja mais em Imigração Ilegal ao EUA.
b)
Europa Ocidental – essa região concentra as principais economias do continente:
Alemanha, França, Itália e Reino Unido, além da Holanda, Suécia e Suíça. A
Europa é circundada por várias regiões com economias problemáticas, como a
África, Oriente Médio, Europa Oriental e, mais distante, o Sul e Sudeste Asiático.
Quando,
nos anos 60 (século XX), os países acima citados começaram a apresentar um
desenvolvimento mais acelerado, libertando-se dos problemas gerados pela
Segunda Guerra Mundial, teve início a imigração. Em princípio, ela ocorreu na
própria Europa (migração intracontinental), dos países mais pobres, como
Portugal, Irlanda, Grécia, Espanha, e Turquia em direção aos países centrais.
Mais tarde, também começaram a chegar os imigrantes de outros continentes
(migração intercontinental), os quais eram bem-vindos à medida que forneciam
mão-de-obra barata, substituindo os trabalhadores locais em serviços geralmente
braçais. O mais típico exemplo foram os turcos migrando principalmente para a
então Alemanha Ocidental. Entretanto, as crises econômicas e as transformações
na estrutura de trabalho, com a automação, reduziram os empregos. Surgiram,
então, as sombras da xenofobia. A situação ficou pior com o fim do sistema socialista
e o surgimento de grupos europeus orientais desempregados e empobrecidos. A
partir daí, o imigrante estrangeiro passou a ser visto como um intruso ou
concorrente indesejado, levando muitos países a adotar medidas restritivas.
c)
Japão – relativamente recentes nos processos migratórios, os países começaram a
se tornar um polo
de
atração a partir de seu acelerado crescimento econômico dos anos 70. Inicialmente
os imigrantes provinham das cercanias de China, Taiwan e Coreia do Sul. O
envelhecimento precoce da população, entretanto, serviu de maior atrativo,
levando a um aumento da imigração, com destaque para o brasileiro,
trabalhador
não-qualificado, aproveitado para as tarefas braçais. Milhares de famílias
brasileiras mudaram
para
o Japão em busca de dólares.
ATIVIDADES
1. Quais são as principais áreas de
repulsão de populações no planeta? Por isto ocorre?
2. Explique as principais causas dos
movimentos migratórios no mundo atual.
3. De acordo com o texto, quais foram as
consequências das crises econômicas para a imagem dos imigrantes?
4.
“O desenvolvimento e o maior acesso ao transporte intercontinental (por aviões
ou navios), somados à
facilidade
de obtenção de informações sobre outros países por meio dos veículos de
comunicação (televisão,rádio, internet, etc.), impulsionaram o movimento de
pessoas que buscam melhores condições de vida – nem sempre alcançadas fora do
país de origem. Ao contrário do que se verifica com os fluxos econômicos (dinheiro),
as fronteiras nacionais são reforçadas por governos de muitos países,
principalmente dos desenvolvidos, para a entrada de imigrantes”. Um exemplo
mundialmente reconhecido de restrição à entrada de imigrantes conforme
mencionado no trecho acima é:
a) (
) a criação da União Europeia com número restrito de países.
b) (
) a construção e ampliação do Muro do México.
c) (
) a intervenção dos Estados Unidos em Cuba.
d) (
) a deportação de estrangeiros irregulares no Brasil.
5.
“O número de imigrantes que vivem nos países da Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE) aumentou em um terço na última década, apesar
da recente queda dos fluxos
migratórios
provocados pela crise econômica iniciada em 2008, afirma um relatório publicado
pela entidade nesta segunda-feira. Segundo a OCDE, que reúne 34 países, a Em destaque,
países membros da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico) maioria deles ricos, cerca de 110 milhões de imigrantes viviam nos países-membros
da organização em 2009/2010, o equivalente a 9% da população total”. BBC
Brasil, 03 dez. 2012. Em busca de melhores condições de vida, muitos imigrantes
saem de países pobres em direção aos territórios de economias desenvolvidas.
Essa procura intensifica-se porque nos países desenvolvidos:
a) (
) há uma política de controle e recepção dos grupos imigrantes.
b) (
) são registrados baixos índices de xenofobia (aversão a estrangeiros).
c) (
) a burocracia facilita a regularização de imigrantes, mesmo que ilegais.
d) (
) há uma elevada necessidade de mão de obra barata e de baixo custo.
6.
Um dos principais tipos de migrações internacionais existentes é a chamada
“fuga de cérebros”, que
consiste:
a) (
) na perda de trabalhadores com baixa qualificação técnica para países
estrangeiros, geralmente mais
desenvolvidos.
b) (
) na migração sazonal (durante certas épocas do ano, com tempo limitado) de
pesquisadores
universitários
e estudantes, como em intercâmbios e cursos de capacitação.
c) (
) na adoção de políticas internacionais para facilitar o deslocamento dos profissionais
de alta capacidade e boa formação escolar.
d) (
) no deslocamento em massa de profissionais especializados e de grande
conhecimento para outros
países.