Colégio Estadual Princesa Izabel. Taquaral de Goiás, 22 de fevereiro de
2021
Diretor: Wattson Mamede de Souza
Coordenadora: Iêda Martins Cananéia
Professora de Geografia: Rubla Moame
Aluno: 8ºAno A e B <= circule a sua turma
Atividade impressa somente para alunos que realmente não tenham
internet. No caso de fazê-la impressa, circule no cabeçalho a sua turma. Leiam
com atenção o texto para lhes ajudar a responder a atividade.
Conteúdo: Fluxos
populacionais, migrações internacionais.
Para
começar...
Vamos entender
que essa dinâmica da população é importante para compreendermos a distribuição
desigual de riquezas e os problemas de abastecimento e consumo.
Movimentos
Migratórios
Impulsionados
por motivos diversos, como a fome, a conquista territorial, a fuga a
perseguições políticas e religiosas, as crises econômicas, entre outros, os
movimentos migratórios têm se realizado ao longo da história de forma contínua.
Cada época marca
seu motivo. A verdade é que os movimentos de população permitiram o povoamento
do mundo e significaram a expansão de etnias, línguas, religiões e
conhecimento, num emaranhado processo que dá ao mundo atual os traços de grande
diversidade e riqueza cultural que observamos.
As chamadas
Grandes Navegações ou “grandes invasões”, por exemplo, foram responsáveis pela
colonização do continente americano a partir do século XVI; e significaram a
difusão da cultura dos europeus, a qual entrou em choque com as culturas das
comunidades indígenas que já habitavam o território.
Esse
deslocamento populacional foi estimulado pelo expansionismo territorial das
potências europeias da época, que buscavam fontes de matérias-primas e novos
mercados para seus produtos, portanto, tinha motivação geopolítica e
econômica. Essa migração aumentou maciçamente no século XIX e começo do XX.
Paralelamente,
perseguições políticas e religiosas, guerras e crises econômicas foram
responsáveis por grandes deslocamentos humanos da Europa e Ásia para as
Américas. Outras partes do mundo sofreram estimulação migratória mais
localizada, como é o caso da Austrália e Nova Zelândia, onde a perspectiva de
melhoria de condições de vida, com a possibilidade de mobilidade social
(ascensão econômica), incentivou especialmente parte da população da
Grã-Bretanha a emigrar.
Causas das migrações atuais
Os
movimentos migratórios atuais relacionam-se, principalmente, a duas causas:
→ A busca por melhores condições de vida – caracteriza os
deslocamentos populacionais provocados pela miséria que se concentra em algumas
partes do mundo. Portanto, têm caráter econômico, constituindo fluxos ou
correntes migratórias de países pobres para países ricos. Exemplos: pós-década
de 60 (século XX), da Europa Mediterrânea para a Europa Ocidental; na
atualidade, do norte da África para países europeus, de regiões da América
Latina para os EUA e Canadá, do extremo oriente para as Américas. Essas
migrações são vistas como o efeito colateral mais perverso da globalização.
→ A fuga de regiões em
conflito – trata-se de migrações provocadas por guerras locais, portanto, têm
motivação político-bélica, constituindo um verdadeiro êxodo para os países que
recebem os refugiados. Esses deslocamentos ocorrem por uma questão de
sobrevivência às perseguições motivadas por conflitos étnicos e às atrocidades
cometidas contra as populações civis. Os exemplos mais recentes foram os que
ocorreram na Bósnia-Herzegovina e Kosovo.
Mas é no continente africano que se desencadeia a
maior quantidade de movimentos migratórios: são legiões de refugiados vagando
pelo espaço local, à procura de abrigo, fugindo de guerras tribais,
instabilidades políticas, questões raciais e religiosas e golpes militares.
Áreas de repulsão e atração
Hoje, no mundo, podemos identificar algumas áreas
com características de repulsão (países emissores) e de atração (países
receptores) no espaço terrestre, que levam milhares de pessoas a se deslocar.
Como
áreas de repulsão, podemos identificar:
América Latina
México,
América Central e América do Sul
Com seus históricos problemas de desequilíbrio econômico, provocados por
endividamentos e mau gerenciamento do dinheiro público, gerando enormes
bolsões de pobreza.
África
Onde, além da pobreza crônica da população, ocorrem conflitos raciais de
extrema violência dentro dos países artificialmente criados pelos colonizadores
europeus.
Ásia
O continente que concentra o maior contingente absoluto de pobres do
mundo onde as estruturas sociais são profundamente injustas, muitas vezes
exacerbadas pelos sistemas de castas e pelo comportamento religioso.
Leste
Europeu
Onde o fim do socialismo gerou enorme desorganização
econômica, com a eliminação de empregos e benefícios estatais, expondo
diferenças antes controladas pela ideologia política comum, provocando conflitos
étnicos e religiosos.
O desenvolvimento do capitalismo internacional
concentrou, particularmente, a riqueza em algumas regiões do globo, atraindo
as populações empobrecidas que têm grande desejo de participar dos benefícios
decorrentes desse poder.
Como
exemplos dessas áreas de atração, podemos identificar:
América
Anglo-Saxônica
Os EUA e, em menor escala, o Canadá, com suas
ricas economias, são atrativos para as populações latino-americanas,
principalmente mexicanos e centro-americanos que veem na poderosa nação (EUA) a
solução para seus problemas. Veja mais em Imigração Ilegal ao EUA.
Europa
Ocidental
Essa região concentra as principais economias do
continente: Alemanha, França, Itália e Reino Unido, além da Holanda, Suécia e
Suíça. A Europa é circundada por várias regiões com economias problemáticas,
como a África, Oriente Médio, Europa Oriental e, mais distante, o Sul e Sudeste
Asiático.
Quando, nos anos 60 (século XX), os países acima
citados começaram a apresentar um desenvolvimento mais acelerado, libertando-se
dos problemas gerados pela Segunda Guerra Mundial, teve início a imigração. Em
princípio, ela ocorreu na própria Europa (migração intracontinental), dos
países mais pobres, como Portugal, Irlanda, Grécia, Espanha, e Turquia em
direção aos países centrais. Mais tarde, também começaram a chegar os imigrantes
de outros continentes (migração intercontinental), os quais eram bem-vindos à
medida que forneciam mão-de-obra barata, substituindo os trabalhadores locais
em serviços geralmente braçais. O mais típico exemplo foram os turcos migrando
principalmente para a então Alemanha Ocidental.
Entretanto, as crises econômicas e as
transformações na estrutura de trabalho, com a automação, reduziram os
empregos. Surgiram, então, as sombras da xenofobia. A situação ficou pior com
o fim do sistema socialista e o surgimento de grupos europeus orientais
desempregados e empobrecidos. A partir daí, o imigrante estrangeiro passou a
ser visto como um intruso ou concorrente indesejado, levando muitos países a
adotar medidas restritivas.
Japão
Relativamente
recentes nos processos migratórios, os países começaram a se tornar um polo de
atração a partir de seu acelerado crescimento econômico dos anos 70. Inicialmente
os imigrantes provinham das cercanias de China, Taiwan e Coreia do Sul. O
envelhecimento precoce da população, entretanto, serviu de maior atrativo,
levando a um aumento da imigração, com destaque para o brasileiro,
(dekassegui), trabalhador não-qualificado, aproveitado para as tarefas braçais.
Milhares de famílias brasileiras mudaram para o Japão em busca de dólares.
ATIVIDADES
- Quais são as principais áreas de repulsão de
populações no planeta? Por que isto ocorre?
- Explique as principais causas dos movimentos
migratórios no mundo atual.
- De acordo com o texto, quais foram as
consequências das crises econômicas para a imagem dos imigrantes?
- “O
desenvolvimento e o maior acesso ao transporte intercontinental (por
aviões ou navios), somados à facilidade de obtenção de informações sobre
outros países por meio dos veículos de comunicação (televisão, rádio,
internet, etc.), impulsionaram o movimento de pessoas que buscam melhores
condições de vida – nem sempre alcançadas fora do país de origem. Ao
contrário do que se verifica com os fluxos econômicos (dinheiro),
as fronteiras nacionais são reforçadas por governos de muitos países,
principalmente dos desenvolvidos, para a entrada de imigrantes”.
Um
exemplo mundialmente reconhecido de restrição à entrada de imigrantes conforme
mencionado no trecho acima é:
a) ( ) a criação da
União Europeia com número restrito de países.
b) ( ) a construção e
ampliação do Muro do México.
c) ( ) a intervenção
dos Estados Unidos em Cuba.
d) ( ) a deportação
de estrangeiros irregulares no Brasil.
5. “O número de imigrantes que vivem
nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)
aumentou em um terço na última década, apesar da recente queda dos fluxos
migratórios provocados pela crise econômica iniciada em 2008, afirma um
relatório publicado pela entidade nesta segunda-feira. Segundo a OCDE, que
reúne 34 países, a maioria deles ricos, cerca de 110 milhões de imigrantes
viviam nos países-membros da organização em 2009/2010, o equivalente a 9% da
população total”.
Em destaque,
países membros da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico)
Em busca de
melhores condições de vida, muitos imigrantes saem de países pobres em direção
aos territórios de economias desenvolvidas. Essa procura intensifica-se porque
nos países desenvolvidos:
a) ( ) há uma
política de controle e recepção dos grupos imigrantes.
b) ( ) são
registrados baixos índices de xenofobia (aversão a estrangeiros).
c) ( ) a burocracia
facilita a regularização de imigrantes, mesmo que ilegais.
d)
( ) há uma elevada necessidade de mão de obra barata e de baixo
custo.
- Um dos principais tipos de migrações
internacionais existentes é a chamada “fuga
de cérebros”, que consiste:
a)
( ) na perda de trabalhadores com baixa qualificação
técnica para países estrangeiros, geralmente mais desenvolvidos.
b)
( ) na migração sazonal (durante certas épocas
do ano, com tempo limitado) de pesquisadores universitários e
estudantes, como em intercâmbios e cursos de capacitação.
c)
( ) na adoção de políticas internacionais para facilitar o
deslocamento dos profissionais de alta capacidade e boa formação escolar.
d) ( ) no deslocamento em massa de
profissionais especializados e de grande conhecimento para
outros países.